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Depois do Brasil, escola de tecnologia Ironhack vai para a América Latina

Companhia captou 4 milhões de dólares de fundo espanhol

Ironhack; empresa recebe aporte de 4 milhões de dólares de fundo espanhol (Ironhack/Divulgação)

Lucas Agrela

Publicado em 11 de julho de 2019 às 12h49.

Última atualização em 11 de julho de 2019 às 12h53.

São Paulo – A escola espanhola de tecnologia e programação Ironhack chegou ao mercado brasileiro no ano passado e, agora, irá expandir sua operação para mais países na América Latina . Em primeira mão, EXAME noticia que a empresa recebeu um aporte de 4 milhões de dólares em rodada de investimento liderada pelo fundo espanhol JME Venture Capital. O aporte também contou com a participação dos fundos All Iron Ventures e Brighteye Ventures. Essa é a segunda captação de fundos em dois anos e, com isso, a escola atinge financiamento de 7 milhões de dólares.

Em entrevista a EXAME, Ariel Quiñones, cofundador da Ironhack, afirma que a meta da empresa com seus cursos de curta duração é recolocar pessoas no mercado de trabalho. "Muitos dos trabalhos atuais serão transformados pela tecnologia. Por isso, oferecemos nossos cursos para o público em geral e também trabalhamos com nossos parceiros corporativos para treinar equipes de profissionais. Há uma forte demanda por ensino de tecnologia em países como o Brasil. Se você estiver qualificado com as competências corretas, não há desemprego", disse Quiñones. "As pessoas não terão apenas um emprego durante a vida toda. Elas terão que se reinventar a cada cinco anos."

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A empresa não informa quais serão os próximos países a receber unidades da sua escola. No entanto, abrir mais unidade no Brasil é uma possibilidade.

Mais de 3 mil profissionais já se formaram em seus cursos que têm duração de 10 ou 28 semanas, segundo dados divulgados pela própria empresa. Em nível global, a escola diz que 85% dos alunos conseguem emprego no setor menos de três meses após a graduação. Um dos segredos da alta taxa de empregabilidade é que a Ironhack promove um dia de contratação no fim do curso e chama empresas da área para buscar novos talentos recém-formados.

Uma pesquisa de mercado da consultoria americana IDC indica que haverá um déficit de 161 mil profissionais de TI no Brasil capacitados para atender o mercado digital até o fim deste ano.

De acordo com o relatório "Technology, jobs, and the future of work", da consultoria McKinsey, cerca de 60% dos empregos têm, ao menos, 30% de chances de ser automatizados pela tecnologia. Com isso, as pessoas mais qualificadas trabalhando com tecnologia serão as beneficiadas. Em razão dessa tendência, escolas de tecnologia e bootcamps (cursos intensivos de ensino de tecnologia) se multiplicam pelo mundo. Ao Brasil, só nos últimos anos, chegaram companhias como a Ironhack, a Digital House e a Le Wagon. Na América Latina, já despontam empresas como a peruana Laboratória, que oferece ensino de tecnologia para mulheres.

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