Por imposição do embargo econômico americano, Cuba é proibida de utilizar outras conexões internacionais (Mikhail Popov/Stock Exchange)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2013 às 19h14.
São Paulo – A partir de hoje, 118 salas de navegação estão disponíveis em toda a ilha para que os cubanos consigam acessar a internet.
Por hora, os cidadãos devem pagar uma quantia de 4,5 pesos cubanos conversibles, o que equivale a 4,5 dólares, para conexão irrestrita. Caso desejem acessar sites nacionais, o valor cai para 0,6 dólares.
A ampliação do acesso foi possível graças à instalação de um cabo submarino de fibra óptica ligado a partir da Venezeula, que é uma aliada de Cuba desde quando o ex-presidente Hugo Chávez tornou-se presidente do país, em 1999.
Por imposição do embargo econômico americano, Cuba é proibida de utilizar outras conexões internacionais.
Consultados pela agência EFE, os cubanos elogiaram a qualidade da conexão, mas reclamaram do preço do serviço, que é considerado muito caro. O salário médio em Cuba é estimado em cerca de 20 dólares mensais.
Os habitantes da ilha também não tiveram nenhum problema em relação à restrição de acesso a sites. Era possível acessar jornais estrangeiros e periódicos de Miami, que historicamente adotam uma linha editorial anti-castrista, além do blog Geração Y, escrito por Yoani Sánchez, crítica ao governo socialista liderado por Raúl Castro.
Por enquanto, o governo ainda não estenderá a ampliação do serviço de internet para todas as residências cubanas. Atualmente, apenas alguns profissionais conseguem ter acesso à rede, como médicos, professores, jornalistas e artistas.