Conselho da Alstom aprova associação com General Electric
Um acordo está tomando forma sobre preço que o governo vai pagar para adquirir 20 por cento da Alstom do grupo de construção Bouygues
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2014 às 16h15.
O Conselho da Alstom aprovou a associação com a General Electric neste sábado enquanto o governo francês chegava perto de um acordo com a acionista Bouygues sobre a última grande parte do negócio.
Um acordo está tomando forma sobre preço que o governo vai pagar para adquirir 20 por cento da Alstom do grupo de construção Bouygues, disseram duas fontes familiarizadas com as discussões, acrescentando que o negócio provavelmente será finalizado no domingo.
Bouygues, GE e Alstom se recusaram a comentar a venda de participação em curso, apesar de a diretoria do grupo industrial francês ter aprovado o plano por unanimidade.
O acordo da GE "não se dirige apenas aos interesses da Alstom e dos seus acionistas, mas também fornece garantias em relação a preocupações expressas pelo Estado francês", disse a Alstom em comunicado.
Mais cedo neste sábado, o presidente francês, François Hollande, fez mais pressão sobre a Bouygues, dizendo a repórteres em Paris que uma falha na tentativa de chegar a um preço poderia ameaçar a associação.
"Se esta venda não for em frente a um preço aceitável para o governo, seria necessário repensar a aliança na forma que ela acabou de ser anunciada", disse Hollande.
Na sexta-feira, o governo apoiou o acordo proposto com a GE, que avalia os negócios de energia da Alstom em 12,35 bilhões de euros (16,77 bilhões dólares), rejeitando uma oferta rival da Siemens com a Mitsubishi que tinha anteriormente incentivado, à medida que ministros buscavam garantias em empregos domésticos e atividades consideradas estratégicas.
O anúncio encerrou uma batalha de dois meses pela Alstom, que havia se tornado fortemente politizada logo que os primeiros relatos de uma associação com a GE foram divulgados em abril.
Mas a luz verde oficial permanece sujeita a condições estritas acordadas com GE, bem como à compra do governo da participação da Bouygues na Alstom.
(Por Gilles Guillaume e Elizabeth Pienau)