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Como são feitas as bombas indetectáveis da Al Qaeda

O governo americano anunciou nesta semana que irá reforçar a segurança em aeroportos que tenham voos diretos para os EUA. Saiba por quê.

Avião: veículo é alvo vulnerável a bombas que não contenham grandes quantidades de metal (Getty Images/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2014 às 12h07.

São Paulo - O governo americano anunciou nesta semana que irá reforçar a segurança em aeroportos com voos diretos para os EUA. O motivo é um tipo de bombas que não é percebido por detectores de metal e vem sendo usada por terroristas da Al Qaeda .

Em geral, os artefatos são feitos à base de tetranitrato de pentaeritrina (PETN, em inglês). Da família da nitroglicerina, a substância química é um pó branco que funciona como potente explosivo - mesmo quando usado em pequenas quantidades.

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O que os terroristas vêm fazendo é combinar o PETN e detonadores com a menor quantidade possível de metal em suas bombas. Para isso, usam o mínimo de fios e pensam artefatos cuja explosão depende de energia oriunda de outros dispositivos - como celulares.

"Sistemas elétricos caseiros podem ser facilmente feitos com quantidades muito pequenas de metal", afirmou o especialista em bombas Sidney Alford em entrevista ao site New Scientist.

Por trás das bombas

De acordo com a BBC, Ibrahim Hassan Tali Al-Asiri é o principal nome por trás da popularização deste tipo de bomba. Mais conhecido como Abu Saleh, o árabe já fazia parte da Al Qaeda em 2009.

Em agosto daquele ano, seu irmão mais novo Abdullah se matou num ataque terrorista na Arábia Saudita portando uma bomba que continha 100 gramas de PETN. Desde então, vários artefatos usando a mesma tecnologia foram usados em ataques da Al Qaeda.

Um exemplo é o caso de Umar Farouk Abdulmutallab, nigeriano que, em 25 de dezembro de 2009, tentou explodir um avião usando uma cueca que continha PETN. Sem sucesso, a tentativa de atentado aconteceu num voo que ia de Amsterdan para Detroit - segundo a CNN.

Impressora

Em 2010, uma impressora contendo PETN em seu toner foi descoberta em um avião pela polícia de Dubai. No gadget, um circuito elétrico conectado a um chip de celular foi pensado para funcionar como detonador - conforme noticiou a BBC.

No mesmo ano, o governo americano instituiu a verificação de 100% da carga embarcada em aviões de passageiros por meio de avançadas máquinas de raio X e outras medidas. Tudo por conta do medo das chamadas bombas não-metálicas ou indetectáveis.

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