conclusões podem ajudar cidades e comunidades costeiras a se prepararem (kenyai/Creative Commons/Flickr)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2014 às 17h34.
São Paulo - O clima esquenta, as geleiras derretem e os níveis do mar sobem. Mas quanto?
Pesquisadores agora conseguiram prever o nível do mar nos piores cenários: 80cm é o mais provável, chegar a 1,80m tem chance de 5% e a mais de 2m é improvável.
Estes números, publicados na Environmental Research Letters, estabelecem um patamar para um dos mais importantes pontos de incerteza sobre a mudança do clima.
O Painel Intergovernamental da Mudança do Clima (IPCC) realizou estimativas baseadas nas melhores projeções de elevação futura dos níveis do mar em centenas de cenários climáticos, mas não apontaram o limite máximo.
Agora, pesquisadores do Instituto Niels Bohr calcularam o risco do pior cenário. E apontam para três contribuintes em suas conclusões: o derretimento do gelo de terra, a água de subsolo e a expansão térmica do oceano.
O derretimento do gelo de terra é associado em sua maior parte com as duas grandes e quilométricas coberturas de gelo da Groenlândia e da Antártica, mas também às geleiras de montanhas.
Além disso, grandes quantidades de água de subsolo, bombeadas para beber e uso agrícola em muitas partes do mundo, leva de volta o recurso ao solo e ele flui para o oceano.
Finalmente, quando o clima esquenta, o oceano aquece e a água se expande e ocupa mais espaço.
As conclusões do estudo podem ajudar cidades e comunidades costeiras a se prepararem e fazerem as adaptações necessárias para enfrentar as mudanças climáticas em curso.