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Cidades indianas são as mais poluídas, diz estudo da OMS

O estudo de 1.600 cidades descobriu que a poluição do ar piorou desde que uma pesquisa menor, em 2011, especialmente nos países mais pobres

Trânsito na Índia (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 12h15.

Um trabalho da Organização Mundial de Saúde (OMS) para medir a poluição em cidades ao redor do mundo descobriu que Nova Déli possui o ar mais sujo, enquanto as medições de Pequim têm dados conflitantes.

O estudo de 1.600 cidades descobriu que a poluição do ar piorou desde que uma pesquisa menor, em 2011, especialmente nos países mais pobres, mostrou que os habitantes das cidades estão expostos a maiores riscos de câncer, acidente vascular cerebral e doenças cardíacas.

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A poluição do ar matou cerca de 7 milhões de pessoas em 2012, tornando-se o maior risco ambiental à saúde no mundo, afirmou a OMS no mês passado.

Treze das 20 cidades mais sujas são indianas, com Nova Déli, Patna, Gwalior e Raipur nos quatro primeiros lugares. A capital indiana teve uma média anual de 153 microgramas de partículas pequenas, conhecidas como PM2.5, por metro cúbico.

Pequim ficou em 77º lugar com uma leitura de 56 PM2.5, pouco mais de um terço do nível de poluição de Déli.

Especialistas da OMS disseram que os dados chineses são de 2010, o ano mais recente disponibilizado para a análise pela China. Mas o governo da cidade de Pequim começou a publicar dados de PM2.5 por hora em janeiro de 2012.

Um ano após ter começado a publicação de dados, Pequim registrou a pior qualidade da história, segundo o Greenpeace, com uma leitura de PM2.5 tão elevada que chegou a 900 em uma ocasião.

O governo de Pequim disse no mês passado que as concentrações de PM2.5 tiveram uma média diária de 89,5 microgramas por metro cúbico em 2013, 156 por cento maior do que os padrões nacionais. Tal leitura coloca Pequim no 17º lugar no ranking da OMS.

De outro lado, 32 cidades registraram um nível PM2.5 inferior a 5. Três quartos dessas cidades são canadenses, incluindo Vancouver, uma outra é Hafnarfjordur, na Islândia ,e outras sete são norte-americanas.

Epecialistas da OMS insistem que a pesquisa não tem a intenção de identificar e envergonhar as cidades mais poluídas, já que as cidades envolvidas enviaram informações voluntariamente.

Maria Neira, diretora da OMS para Saúde Pública, Ambiental e Determinantes Sociais da Saúde, disse que o objetivo é "desafiar" as cidades. Ela acredita que a pesquisa irá ajudá-las a tornarem-se mais transparentes sobre a poluição do ar.

A diretora da OMS rejeitou qualquer sugestão de que a China possa estar manipulando os dados e disse que o país está se tornando muito mais sofisticado sobre a coleta de dados de poluição do ar, com um novo impulso para limpar as grandes cidades.

"Estamos debatendo com a China, colocando na mesa a questão da poluição do ar. Nossa diretora-geral (Margaret Chan) foi recentemente lá e ela declarou que a China é um dos países com maiores problemas com a poluição do ar. Vamos continuar as discussões sobre isso para garantir que medidas relevantes sejam tomadas para reduzir a poluição do ar."

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