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Hackers podem invadir carros conectados, mostra estudo

Segundo informe americano, quase todos os carros "inteligentes", capazes de se conectar à internet, são vulneráveis a ataques de hackers

Computador de bordo de um Mercedes-Benz: construtores "não fizeram seu trabalho para nos proteger", diz documento (Thomas Kienzle/AFP)

Computador de bordo de um Mercedes-Benz: construtores "não fizeram seu trabalho para nos proteger", diz documento (Thomas Kienzle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 08h50.

Washington - Quase todos os carros "inteligentes", capazes de se conectar à internet, são vulneráveis a ataques de hackers, que podem roubar dados pessoais ou assumir o controle do automóvel, alerta um informe divulgado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

Há falhas de segurança "em quase todos os veículos (conectados) no mercado", diz o documento, preparado pela equipe do senador democrata Ed Markey sobre uma base de dados reunidas entre 16 grandes empresas automotoras americanas.

"Apesar de estarmos mais conectados do que nunca nos nossos veículos, nossos sistemas informáticos e de proteção de dados têm muito pouca proteção", afirmou Markey em um comunicado.

Os construtores "não fizeram seu trabalho para nos proteger", acusou.

"Há uma clara ausência de medidas apropriadas para proteger os motoristas de hackers que poderiam assumir o controle de um veículo ou daqueles que desejam reunir e utilizar dados pessoais do condutor", destacou o informe.

Os hackers podem acessar o veículo por intermédio de conexões sem fio Bluetooth, do sistema de assistência à distância OnStar, de um vírus em um "smartphone" Android (Google) conectado ao veículo ou até mesmo de um CD infectado lido por um sistema de áudio do veículo, detalhou o documento.

O informe também citou estudos anteriores que mostram como os hackers poderiam tomar o controle de alguns carros populares e fazer com que acelerem ou freiem bruscamente, girem, toquem a buzina, liguem e apaguem as luzes, desativem os freios, etc.

Os construtores, destacou, tomaram poucas medidas ou nenhuma após a divulgação de estudos que expuseram estas vulnerabilidades entre 2013 e 2014.

Duas alianças de construtores adotaram recentemente códigos de boa conduta, mas o informe observa que não são muito claros.

"Para manter a confiança dos nossos clientes, precisamos contar com uma proteção sólida dos dados privados dos consumidores e dos veículos", declarou à AFP a Aliança de Construtores de Automóveis, sediada nos Estados Unidos.

Os construtores se comprometeram a "fornecer proteções reforçadas das informações mais sensíveis", que vão "além das adotadas em outros setores", assegurou.

O informe se baseia em dados entregues por BMW, Chrysler, Ford, General Motors, Honda, Hyundai, Jaguar Land Rover, Mazda, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan, Porsche, Subaru, Toyota, Volkswagen e Volvo.

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