Buscas na web podem ajudar a descobrir efeitos de remédios
Entidade americana está discutindo com o Google como o motor de busca poderia ajudar a identificar efeitos colaterais anteriormente desconhecidos dos remédios
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2015 às 22h17.
A Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês) está discutindo com o Google como o motor de busca poderia ajudar a agência a identificar efeitos colaterais anteriormente desconhecidos dos medicamentos.
Funcionários da agência realizaram uma teleconferência em 9 de junho com um pesquisador sênior do Google que foi um dos autores de um artigo acadêmico publicado em 2013 sobre o uso de dados de consultas para identificar reações adversas a drogas, segundo um registro da reunião publicado no site da FDA que não tinha sido divulgado no passado.
Pesquisadores da Microsoft também dizem que vêm trabalhando informalmente com a agência há vários anos para a detecção de efeitos colaterais de drogas.
O porta-voz da FDA Chris Kelly descreveu a reunião como uma apresentação e uma chance “para que a agência inicie uma discussão sobre como poderíamos colaborar com o Google na identificação de dados sobre ocorrências adversas empregando suas tecnologias e seus dados”.
A agência não quis disponibilizar funcionários para entrevistas e Kelly não quis comentar sobre as reuniões da FDA com outras companhias. Um porta-voz da Google não fez comentários.
Especialista
O cientista do Google na teleconferência foi Evgeniy Gabrilovich. Sua biografia no site da Google sobre pesquisa diz que ele é um cientista sênior de pesquisa especializado na mineração de dados.
Ex-funcionário da Yahoo, Gabrilovich foi um dos autores de um artigo acadêmico publicado dois anos atrás que empregou dados da Yahoo para identificar reações suspeitas a drogas.
A análise, com base em 176 milhões de consultas feitas no Yahoo em 2010, demonstrou que os dados das buscas podem ajudar a descobrir reações a drogas “que por enquanto não foram descobertas pelos mecanismos existentes”, segundo o artigo.
O documento foi publicado na revista acadêmica Journal of Medical Internet Research e avaliado por colegas.
Antes que uma droga seja aprovada pela FDA, as únicas pessoas que a recebem são pacientes cuidadosamente seletos inscritos em testes clínicos – na maioria dos casos, uns poucos milhares de pessoas. Depois de chegarem ao mercado, os medicamentos podem chegar a centenas de milhares de pessoas.
Algumas delas tomarão pílulas adicionais ou terão condições afetadas pela droga.
A evidência de efeitos colaterais negativos pode levar os órgãos reguladores a mudarem as advertências de segurança ou a prescrever práticas para uma droga.
Em casos raros, preocupações com a segurança podem provocar a remoção completa de um medicamento do mercado, como aconteceu como o analgésico Vioxx.
Além da discussão com o Google, há sinais de que a FDA está expandindo sua busca de novas fontes de informação e métodos de monitorar a segurança das drogas no mercado.
No mês passado, a agência anunciou uma colaboração com a PatientsLikeMe, uma rede on-line de pacientes.
E no ano passado, um pesquisador da FDA foi um dos autores de um artigo acadêmico sobre a monitoração da segurança das drogas no Twitter.
O artigo acadêmico de Gabrilovich, o cientista do Google, analisou a forma em que as buscas para sintomas tão comuns como “câimbras”, “aumento de peso” ou “cansaço” diferiam entre as pessoas que também procuravam o nome de um remédio.
Embora fosse provável que sintomas sérios que apareciam pouco depois do início do tratamento fossem efeitos colaterais conhecidos e informados à FDA, os pesquisadores descobriram que os dados das buscas tinham muito mais chances de revelar reações que “aparecem muito depois do começo do tratamento, daí que sua associação à droga costume ser ignorada”.
A Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês) está discutindo com o Google como o motor de busca poderia ajudar a agência a identificar efeitos colaterais anteriormente desconhecidos dos medicamentos.
Funcionários da agência realizaram uma teleconferência em 9 de junho com um pesquisador sênior do Google que foi um dos autores de um artigo acadêmico publicado em 2013 sobre o uso de dados de consultas para identificar reações adversas a drogas, segundo um registro da reunião publicado no site da FDA que não tinha sido divulgado no passado.
Pesquisadores da Microsoft também dizem que vêm trabalhando informalmente com a agência há vários anos para a detecção de efeitos colaterais de drogas.
O porta-voz da FDA Chris Kelly descreveu a reunião como uma apresentação e uma chance “para que a agência inicie uma discussão sobre como poderíamos colaborar com o Google na identificação de dados sobre ocorrências adversas empregando suas tecnologias e seus dados”.
A agência não quis disponibilizar funcionários para entrevistas e Kelly não quis comentar sobre as reuniões da FDA com outras companhias. Um porta-voz da Google não fez comentários.
Especialista
O cientista do Google na teleconferência foi Evgeniy Gabrilovich. Sua biografia no site da Google sobre pesquisa diz que ele é um cientista sênior de pesquisa especializado na mineração de dados.
Ex-funcionário da Yahoo, Gabrilovich foi um dos autores de um artigo acadêmico publicado dois anos atrás que empregou dados da Yahoo para identificar reações suspeitas a drogas.
A análise, com base em 176 milhões de consultas feitas no Yahoo em 2010, demonstrou que os dados das buscas podem ajudar a descobrir reações a drogas “que por enquanto não foram descobertas pelos mecanismos existentes”, segundo o artigo.
O documento foi publicado na revista acadêmica Journal of Medical Internet Research e avaliado por colegas.
Antes que uma droga seja aprovada pela FDA, as únicas pessoas que a recebem são pacientes cuidadosamente seletos inscritos em testes clínicos – na maioria dos casos, uns poucos milhares de pessoas. Depois de chegarem ao mercado, os medicamentos podem chegar a centenas de milhares de pessoas.
Algumas delas tomarão pílulas adicionais ou terão condições afetadas pela droga.
A evidência de efeitos colaterais negativos pode levar os órgãos reguladores a mudarem as advertências de segurança ou a prescrever práticas para uma droga.
Em casos raros, preocupações com a segurança podem provocar a remoção completa de um medicamento do mercado, como aconteceu como o analgésico Vioxx.
Além da discussão com o Google, há sinais de que a FDA está expandindo sua busca de novas fontes de informação e métodos de monitorar a segurança das drogas no mercado.
No mês passado, a agência anunciou uma colaboração com a PatientsLikeMe, uma rede on-line de pacientes.
E no ano passado, um pesquisador da FDA foi um dos autores de um artigo acadêmico sobre a monitoração da segurança das drogas no Twitter.
O artigo acadêmico de Gabrilovich, o cientista do Google, analisou a forma em que as buscas para sintomas tão comuns como “câimbras”, “aumento de peso” ou “cansaço” diferiam entre as pessoas que também procuravam o nome de um remédio.
Embora fosse provável que sintomas sérios que apareciam pouco depois do início do tratamento fossem efeitos colaterais conhecidos e informados à FDA, os pesquisadores descobriram que os dados das buscas tinham muito mais chances de revelar reações que “aparecem muito depois do começo do tratamento, daí que sua associação à droga costume ser ignorada”.