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Brasileiros são os mais dispostos a trocar de operadora

Segundo pesquisa da Nokia, 67% dos consumidores brasileiros mudaram de operadora nos últimos cinco anos

Homem falando ao celular: 48% dos brasileiros mostraram-se dispostos a mudar de operadora nos próximos 12 meses (Gregg Newton/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 18h18.

Rio de Janeiro - Os consumidores brasileiros estão mais propensos a trocar de operadora de celular na comparação com clientes de outros países, segundo estudo divulgado nesta sexta-feira à Reuters pela fabricante de aparelhos Nokia.

Segundo a pesquisa, divulgado nesta sexta-feira à Reuters, 67 por cento dos consumidores brasileiros mudaram de operadora nos últimos cinco anos, e 48 por cento mostraram-se dispostos a mudar nos próximos 12 meses.

No mundo, essa taxa é inferior a 40 por cento. Em países como Rússia e Estados Unidos, é de cerca de 27 por cento, apontou o levantamento, que abordou 12 mil usuários de 11 países.

De acordo com Fernando Carvalho, diretor de estratégia e desenvolvimento de negócios da Nokia para a América Latina, a percepção de qualidade é fator determinante para a decisão de trocar de operadora.

"Isso acontece ao mesmo tempo em que o cliente vai ficando mais sofisticado", disse.

"O cliente brasileiro vai se aproximando do comportamento de clientes europeus ou norte-americanos." A qualidade é principal fator de retenção para 41 por cento dos consumidores, contra 29 por cento em países considerados maduros em telefonia móvel (Espanha, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Coreia do Norte).

A categoria preço e cobrança foi apontada como mais importante para 33 por cento dos usuários no Brasil.

"Desde a privatização, as operadoras no Brasil estão em uma batalha por usuários. Então, a batalha por qualidade é nova. E usuários agora estão dispostos a pagar mais por isso, o que até então não tínhamos visto", disse Carvalho.

Segundo o executivo, é mais fácil para as operadoras disputarem usuários no quesito preço, já que para ter mais qualidade são necessários investimentos maiores em rede, que levam anos para serem concluídos.

"As operadoras no Brasil investem (em redes) no mesmo patamar das operadoras no exterior, de 17 a 19 por cento da receita de serviços", declarou Carvalho.

"Mas o desafio é que crescemos mais rápido em usuários nos últimos anos, e talvez tenhamos uma dificuldade maior de lançar sites (antenas) do que outros países."

A pesquisa apontou também que 63 por cento dos usuários brasileiros de banda larga móvel utilizam celulares como principal telefone, dentro e fora de casa. De acordo com a pesquisa, 82 por cento são usuários de serviços pré-pagos.

Além disso, segundo o levantamento, o percentual de usuários constantes de dispositivos móveis, os chamados "heavy users", subiu de 57 por cento no Brasil em 2012 para 64 por cento em 2013. Em 2011, esse índice era ainda menor, de 46 por cento.

Em países desenvolvidos como a Inglaterra, esse percentual é semelhante ao brasileiro, de 66 por cento. Nos Estados Unidos, o percentual é de 75 por cento, enquanto na Coreia do Sul, de 84 por cento.

O levantamento entende como "heavy user" o consumidor que utiliza pelo menos dois dos seguintes serviços uma vez por semana em um dispositivo móvel: videochamada, mensagens instantâneas e chat, navegação na Internet, download ou upload de arquivos, jogos online, pagamento móvel, TV móvel, serviços baseados em localização, GPS e ou aplicativos de realidade aumentada.

Do total de heavy users, 24 por cento utilizam downloads, uploads e streaming quase diariamente. Além disso, três em cada cinco usuários brasileiros usam aplicativos em seus celulares, sendo email, Facebook e Google os mais populares.

O levantamento mostrou ainda que um terço do consumo de dados ocorre por meio de banda larga móvel e dois terços por meio de redes sem fio WiFi.

A pesquisa ouviu 1,08 mil usuários de smartphones, feature phones e tablets no Brasil. Também foram ouvidos usuários de Itália, Espanha, Canadá, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos, Rússia, China, Quênia e México.

São Paulo -- A divisão de celulares da Nokia acaba de ser comprada pela Microsoft por 7,2 bilhões de dólares. A empresa finlandesa liderou o mercado de celulares durante anos e foi responsável por muitos avanços tecnológicos importantes. Confira alguns de seus produtos mais emblemáticos (na foto, o Nokia 3510, de 2002).
  • 2. 1982 -- Mobira Senator

    2 /18(Reprodução)

  • Veja também

    O Mobira Senator, um dos primeiros telefones portáteis, tinha a forma de uma maleta e pesava cerca de 10 quilos. Funcionava numa rede celular europeia de primeira geração conhecida como NMT-450 (a sigla vem de Nordic Mobile Telephony). Ela foi a primeira rede celular a permitir roaming entre países.
  • 3. 1984 -- Mobira Talkman

    3 /18(Reprodução)

  • O Mobira Talkman trazia diversos aperfeiçoamentos em comparação com o Senator. Para começar, pesava apenas 5 quilos e meio. Além disso, funcionava nas redes celulares NMT-900, que ofereciam melhor qualidade de áudio que as NMT-450. Mas a tecnologia ainda era de primeira geração.
  • 4. 1987 -- Mobira Cityman

    4 /18(Lvova Anastasiya / Wikimedia Commons)

    Mobira Cityman foi a primeira família de celulares da Nokia a ter sucesso amplo. O Citiman 900, um dos modelos mais conhecidos nessa série, pesava 800 gramas e custava o equivalente a 14 mil reais. Era visto como símbolo de status pelos yuppies, os jovens executivos da época (na foto, o Cityman 150).
  • 5. 1992 -- Nokia 1011

    5 /18(Jkbw / Wikimedia Commons)

    O Nokia 1011 (também chamado Mobira Cityman 2000) foi o primeiro celular produzido em larga escala para as redes GSM 900, de segunda geração. A Nokia teve participação importante na criação do GSM, o padrão europeu de telefonia que acabaria se difundindo pelo mundo. O 1011 pesava quase 500 gramas.
  • 6. 1994 -- Nokia 2110

    6 /18(Muzzamo / Wikimedia Commons)

    O Nokia 2110 foi o primeiro celular de sucesso capaz de enviar e receber mensagens de texto. Além de popularizar o SMS, ele foi o primeiro a trazer, como ringtone, a conhecida musiquinha da Nokia (um trecho de “Gran Vals”, do compositor espanhol Francisco Tárrega). Era, ainda, menor e muito mais leve que seus antecessores.
  • 7. 1996 -- Nokia Communicator

    7 /18(Wikimedia Commons)

    Os aparelhos da série Communicator foram percussores dos smartphones. Quando fechados, pareciam celulares comuns. Abertos, exibiam teclado alfanumérico e tela de cristal líquido. Tinham funções de fax, e-mail, SMS, calendário e calculadora, entre outras. A Nokia criou sucessivos modelos dessa série ao longo de 11 anos.
  • 8. 2000 -- Nokia 3310

    8 /18(Discostu / Wikimedia Commons)

    Desenvolvido pela unidade dinamarquesa da Nokia, o 3310 foi um dos celulares de segunda geração mais bem sucedidos, com 126 milhões de unidades vendidas. Capaz de trabalhar em redes GSM de 900 e de 1.800 MHz, foi um dos primeiros aparelhos multibandas. Essa característica facilitou o roaming internacional.
  • 9. 2004 -- Nokia 7710

    9 /18(Skorpion87 / Wikimedia Commons)

    O Nokia 7710 foi o primeiro aparelho da Nokia com tela sensível ao toque e o primeiro com o sistema operacional Symbian. Na Itália, ele foi vendido junto com um receptor de GPS externo, o que fez dele o primeiro smartphone com sistema de navegação. Tinha câmera de 1 megapixels e player de música. A conexão celular era do tipo Edge, 2,5 G.
  • 10. 2005 -- Nokia N90

    10 /18(Divulgação)

    Ao longo de sua história, a Nokia desenvolveu muitos produtos com formatos incomuns. O N90, por exemplo, tinha duas telas, que podiam ser giradas. A câmera também era basculante, o que permitia deixar o smartphone com o aspecto de uma filmadora. O aparelho rodava o sistema Symbian, pesava 173 gramas e era um tanto grandalhão.
  • 11. 2007 -- Nokia N95

    11 /18(Divulgação)

    O N95, lançado no mesmo ano em que o iPhone chegou às lojas, marcou o auge da liderança da Nokia no mercado de smartphones. Nele, a parte inferior podia deslizar sob a tela em duas direções, dando acesso ao teclado numérico ou aos controles de áudio. Tinha duas câmeras (a principal de 5 megapixels), GPS e conexão 3G (enquanto o primeiro iPhone era 2G apenas).
  • 12. 2010 -- Nokia N8

    12 /18(Divulgação)

    O N8 foi o último smartphone de sucesso com o sistema Symbian. Foi, em toda a história da Nokia, o produto com mais encomendas antes do lançamento, o que mostra que, na época, o Symbian ainda tinha muitos fãs. Só no último trimestre de 2010, a empresa vendeu 4 milhões de unidades.
  • 13. 2011 -- Lumia 800

    13 /18(Divulgação)

    O Lumia 800 inaugurou a aliança da Nokia com a Microsoft. Rodava o Windows Phone 7 (sem possibilidade de atualização para Windows Phone 8) e era um smartphone 3G. Foi lançado em poucos países. Mas deu início à série Lumia, que fez o Windows Phone avançar para o terceiro lugar em vendas de smartphones no mundo.
  • 14. 2011 -- Asha

    14 /18(Nokia)

    A linha Asha foi uma tentativa da Nokia de garantir seu lugar no mercado de celulares de baixo custo com acesso à internet, os chamados “feature phones”. A série tem aparelhos 2,5G e 3G. Alguns deles aceitam dois chips de operadoras (na foto, o Asha 308, lançado em 2012).
  • 15. 2012 -- Nokia 808 PureView

    15 /18(Divulgação)

    O exótico Nokia 808 PureView trouxe uma inovadora câmera de 41 megapixels que o deixava gordo, mas fazia fotos muito superiores às de outros celulares. Foi o último smartphone da Nokia com o sistema Symbian, que já estava ultrapassado na época. Apesar da câmera impressionante, o 808 fracassou comercialmente.
  • 16. 2013 -- Lumia 925

    16 /18(Divulgação)

    O smartphone mais poderoso da Nokia, o Lumia 925 (chamado Lumia 928 em alguns países), tem tela de 4,5 polegadas e uma elogiada câmera de 8,7 megapixels com estabilizador óptico de imagens. Conecta-se a redes 4G (incluindo as brasileiras) e, como outros modelos da linha Lumia, é oferecido em diversas cores.
  • 17. 2013 -- Lumia 1020

    17 /18(Divulgação)

    O modelo mais recente da linha Lumia tenta retomar a tecnologia PureView, usada em 2012 no fracassado Nokia 808. O Lumia 1020 tem câmera de 41 megapixels com estabilizador óptico de imagens e um potente flash de xenônio. Ela vem sendo apontada como a melhor câmera de smartphone de todos os tempos.
  • 18. Agora veja smartphones compatíveis com redes 4G no Brasil:

    18 /18(Divulgação / Foursquare)

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