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Brasil tem 3 milhões de casos de WhatsApp clonado; veja se você foi vítima

Levantamento da empresa PSafe mostra que o problema diminuiu de 2019 para cá, mas ainda continua fazendo milhões de vítimas no Brasil

WhatsApp: pesquisa reforça a importância de não clicar em links aleatórios recebidos pelo aplicativo (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)

WhatsApp: pesquisa reforça a importância de não clicar em links aleatórios recebidos pelo aplicativo (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 13 de agosto de 2020 às 16h32.

Última atualização em 13 de agosto de 2020 às 17h09.

Uma das regras básicas da internet é que não se deve clicar em links que pareçam falsos, ou que venham de fontes desconhecidas. No entanto, essa continua sendo uma das formas mais simples de invadir dispositivos alheios. Uma pesquisa realizada pelo laboratório digital da startup PSafe, o dfndr lab, revelou que mais de 3 milhões de brasileiros tiveram sua conta do WhatsApp clonada em 2020.

De acordo com o laboratório, apesar do grande número de ataques, o número ainda é 18% menor do que o registrado durante o mesmo período do ano passado. Segundo os especialistas, uma das razões para a queda se dá graças ao uso das redes sociais e de outros de meios de comunicação para divulgar o perigo.

A clonagem do WhatsApp ocorre quando algum usuário consegue que o programa seja aberto em outro terminal que não o smartphone ou o computador do usuário dono da conta.

Há algumas formas de fazer isso. A mais simples exige que o criminoso esteja com o aparelho da vítima em mãos e então abra o WhatsApp Web com a conta do usuário em seu próprio computador. Isso pode acontecer caso a vítima deixe seu celular desprotegido de senhas com outras pessoas.

Outra forma se dá por um golpe virtual em que a própria vítima cede um código de autenticação do WhatsApp para os criminosos que, em geral, enviam mensagens falsas para solicitar esse código. São promoções, prêmios e supostas novas atualizações do app. A vítima recebe uma mensagem do próprio WhatsApp informando um código numérico. Se esse código for repassado, é possível trocar a conta do aplicativo de dispositivo.

De acordo com a PSafe, mais de 40.000 links de redirecionamento para sites falsos, resultando em golpes e roubo de dados, estão ativos e circulando por redes sociais e aplicativos de mensagem, como o próprio mensageiro virtual.

No caso do WhatsApp, é possível verificar se o aplicativo foi clonado caso o usuário perceba mensagens estranhas que foram enviadas pela sua própria conta. Se perceber que o aplicativo foi instalado em outro celular, é possível que a clonagem também tenha ocorrido. Vale também acessar o menu do aplicativo, ir em WhatsApp Web e verificar as sessões ativas. Outra dica é verificar com alguns contatos, principalmente de grupos e conversas ativas, se eles receberam alguma notificação de que seu número de telefone foi alterado.

Mesmo assim, como não é tão fácil notar que seu celular foi clonado — especialmente quando as redes sociais não sofrem algum tipo de alteração aparente —, especialistas passaram a divulgar formas de assegurar que o smartphone está seguro. Verificar se o consumo de bateria está excessivo, se o dispositivo está superaquecendo ou se ficou mais lento sem motivo aparente são algumas das dicas. Veja como saber se seu smartphone foi clonado.

Cuidado com os cliques

Entra ano, sai ano e a principal dica de segurança permanece sendo o cuidado ao clicar em links aleatórios, independentemente de quem enviou a mensagem. Links que prometem soluções milagrosas, dinheiro fácil ou sorteios milionários quase nunca são seguros. O melhor a fazer é ignorar.

Mas, caso a curiosidade continue falando mais alto, o site do laboratório que conduziu a pesquisa realiza a checagem do link. Basta copiar e colar o endereço suspeito na caixa do centro da página e verificar o resultado.

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