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Bluetooth 4.0 gasta menos energia e é 17 vezes mais eficiente

Empresas já trabalham para aproveitar essa nova especificação, que não é compatível diretamente com os modelos atuais

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.

São Paulo - O Bluetooth Low Energy é a próxima geração de Bluetooth que promete consumir menos bateria e chega a ser 17 vezes mais eficiente do que a chamada Classic Bluetooth, já existente. Diversas organizações já trabalham para criar maneiras de aproveitar essa nova especificação, a versão 4.0, que não é compatível diretamente com os modelos atuais.

"O Low Energy tem foco em conexões rápidas e poderá ser usado em locais aonde o Bluetooth não era adaptado devido a algumas limitações, como alcance e consumo de energia", explica Claudio Takahasi, pesquisador da área de Software e Interface de Usuário do Instituto Nokia de Tecnologia.

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Takahasi é contribuidor do BlueZ, um projeto open source presente na maioria das distribuições Linux. “O diferencial do Low Energy é a simplificação do hardware, que permite menor consumo de bateria. A ideia é reduzir a complexidade ao mínimo; por exemplo, não existem mais conexões simultâneas”, diz.

O INdT contribui para o BlueZ com o objetivo de prover serviços para que terceiros venham a desenvolver aplicações. "Nós desenvolvemos o suporte básico, toda a parte de API, para que alguém consiga desenvolver um sensor Low energy, por exemplo", explica o pesquisador.

Como não é compatível com as versões atuais, o Bluetooth 4.0 precisa de um hardware especifico. Gradualmente, deverão aparecer no mercado unidades dual mode, capazes de suportar o Bluetooth tradicional e Low energy.

"Essa tecnologia, com melhor transmissão e baixo consumo, permite a criação de sensores interoperáveis. Diferentemente de hoje, com hardwares proprietários que não se comunicam, você começa a ter sensores que conversam", diz Takahashi.

As aplicações variam. Na área de saúde, por exemplo, sapatos e cintas de frequência cardíaca ou balanças poderiam interagir com o celular, permitindo um monitoramento melhor das condições do paciente.

"Também podemos pensar em inúmeros casos de uso para a automatização de casa. Podemos desenvolver casas realmente inteligentes e controlar sensores com um único aparelho. Com o Bluetooth tudo começa a ficar padrão e, em breve, todos os fabricantes vão passar a utilizar o Low Energy", diz Takahashi.

E quando poderemos ver algumas dessas aplicações aparecendo no mercado? "No final deste ano, ou início do ano que vem, qualquer desenvolvedor com hardware poderá começar a criar. Qualquer um que trabalhe com open source, com Linux, com BlueX, vai poder desenvolver", diz.

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