BlackBerry enfrenta exigências quanto a espionagem e pornografia
A fabricante do BlackBerry está disposta a bloquear sites pornográficos e a permitir que espiões do governo tenham acesso a comunicações de seus usuários
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2010 às 10h49.
Nova Delhi e Dubai - A Research in Motion, fabricante do BlackBerry, está disposta a bloquear sites pornográficos e permitir que espiões do governo tenham acesso a comunicações de seus usuários, informaram jornais nesta terça-feira, depois da surpreendente proibição a seus principais serviços no Golfo Pérsico.
O cobiçado sigilo do BlackBerry vem atraindo atenção cada vez maior desde domingo, quando os Emirados Árabes Unidos anunciaram planos para bloquear os serviços de e-mail, mensagens instantâneas e acesso à Web do BlackBerry a partir de 11 de outubro.
Como os Emirados Árabes Unidos, o governo da Índia vem pressionando a RIM por motivos de segurança nacional, e a empresa pode permitir que autoridades de segurança indianas monitorem os serviços do BlackBerry, segundo o jornal Economic Times.
A RIM também "aprovou inicialmente" o bloqueio de cerca de 3 mil sites pornográficos, a pedido do Ministério das Comunicações do Kuwait, informou o jornal kuaitiano al-Jarida.
O Kuwait também tem preocupações de segurança, segundo a publicação, que afirmou que o governo do país estava trabalhando com a RIM e outras empresas de telecomunicações em "controles legais que, por um lado, garantam a segurança nacional e, por outro, os direitos dos cidadãos quanto ao uso dos aparelhos."
A Arábia Saudita também solicitou que os fornecedores de serviços de telecomunicações bloqueiem o uso de programas de mensagens instantâneas, informaram fontes do setor à Reuters.
Ao contrário de rivais como Nokia e Apple, a RIM controla suas redes telefônicas, que transmitem mensagens cifradas por meio de centros no Canadá e Reino Unido.
Isso tornou o BlackBerry popular como meio seguro de comunicação, mas preocupa os serviços de inteligência, que temem que o sistema possa ser utilizado por organizações militantes.
Os Emirados Árabes Unidos reforçaram seus esforços de segurança desde a detenção, em 2009, de dois homens que instalaram uma bomba em um shopping center com quase 4 mil lojas, em Dubai.
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