Baterias sob capô captam energia para reduzir consumo
Os carros híbridos da próxima geração combinam energia elétrica e gasolina de novas formas e estão surgindo como uma alternativa de baixo custo
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2015 às 22h03.
Nova York - Os carros híbridos da próxima geração, que combinam energia elétrica e gasolina de novas formas, estão surgindo como uma alternativa de baixo custo para os consumidores à medida que as baterias se tornam mais baratas e mais eficientes.
Os conjuntos de baterias dos veículos elétricos, carregados com células de íon de lítio, atualmente custam em torno de US$ 496 o quilowatt-hora, uma queda de 60 por cento em relação a 2010.
Esse valor poderia descer para US$ 175 em cinco anos, segundo Sam Jaffe, analista do setor na Navigant Consulting Inc.
Os chamados sistemas micro-híbridos, com componentes pequenos alimentados por baterias que ligam e desligam os motores nos semáforos, estão disponíveis há vários anos.
A adição da tecnologia que armazena a energia criada quando o motorista pisa no freio ajudará a tornar os sistemas de parada e partida mais eficientes, dobrando a economia de combustível para cerca de 15 por cento, segundo a Johnson Controls Inc., fabricante de peças que está desenvolvendo a nova tecnologia.
“As fabricantes de automóveis querem espremer o máximo de eficiência possível do motor de combustão interna”, disse MaryAnn Wright, vice-presidente da Johnson Controls, que produz baterias de íon de lítio e de chumbo-ácido. “Essas tecnologias colocadas juntas custarão uma fração dos veículos elétricos”.
Em janeiro, a Johnson Controls e a Toshiba Corp. revelaram um sistema do tamanho de uma caixa de sapatos no Salão Internacional do Automóvel Norte-Americano, em Detroit, que lança uma carga para a bateria cada vez que o freio é acionado. A expectativa é que a produção seja iniciada em 2018.
Os novos sistemas estão surgindo no momento em que a indústria automotiva enfrenta uma meta americana de chegar ao desempenho médio de 54,5 milhas por galão (23,1 quilômetros por litro) até 2025. Juntamente com a Johnson Controls e a Toshiba, o projeto promete beneficiar fabricantes de baterias como A123 Systems LLC, BYD Co. e Panasonic Corp.
Economia de combustível
Embora os híbridos tradicionais rodem com eletricidade até atingirem velocidades mais elevadas, os conjuntos maiores de baterias necessários para isso aumentam o peso e o custo.
O uso de componentes elétricos menores em micro-híbridos oferece uma economia de combustível similar em um conjunto mais leve e barato, segundo Wright.
“Pode não ser tão sexy, mas vai gerar resultado”, disse Wright.
Uma tecnologia anterior de partida e parada já foi adotada por fabricantes de carros como General Motors Co. e Ford Motor Co. As baterias mais baratas estão tornando os sistemas mais eficientes e entre eles há alguns que desligam e ligam os motores com maior frequência.
O volume maior de fabricação, o aumento da capacidade de armazenagem e as vendas crescentes estão ajudando a reduzir os preços das baterias, disse o Morgan Stanley em um relatório, em julho. A Tesla Motors Inc., de Elon Musk, é uma força motriz nessa tendência: ele está desenvolvendo uma “fábrica gigante” de baterias, de US$ 5 bilhões, que poderá empurrar os custos para menos de US$ 100 o quilowatt-hora em 10 anos.
Próximos passos
O valor está se aproximando do limite necessário para tornar os veículos plug-in competitivos sem subsídios, disse Jason Black, chefe de energia e meio ambiente do Battelle Memorial Institute, um grupo de pesquisa de Columbus, Ohio.
“Você teria que baixar até a faixa de US$ 100 para ver o emprego em grande escala”, disse Black, que anteriormente era engenheiro de sistemas da General Electric Co.
O próximo passo significativo para os sistemas micro-híbridos incluirá sistemas de freios regenerativos melhores e o uso de baterias para dar energia a mais funções, como o ar-condicionado. Cerca de um em cada seis carros construídos em todo o mundo combinará motores elétricos e de combustão até 2025, disse a Robert Bosch GmbH, maior fabricante de autopeças do mundo, no mês passado.
A Panasonic estima que os volumes de fabricação e a demanda por suas baterias subirão rapidamente, começando por volta de 2018. A empresa japonesa de eletrônicos fabrica as baterias usadas no Model S, da Tesla, e é sócia da megafábrica que está em construção perto de Reno, em Nevada.
“Estamos mudando para as baterias para carros e para uso industrial porque elas podem produzir um maior valor agregado e são menos afetadas por quedas de preço”, disse a Panasonic em um comunicado em sua sede em Osaka.
Nova York - Os carros híbridos da próxima geração, que combinam energia elétrica e gasolina de novas formas, estão surgindo como uma alternativa de baixo custo para os consumidores à medida que as baterias se tornam mais baratas e mais eficientes.
Os conjuntos de baterias dos veículos elétricos, carregados com células de íon de lítio, atualmente custam em torno de US$ 496 o quilowatt-hora, uma queda de 60 por cento em relação a 2010.
Esse valor poderia descer para US$ 175 em cinco anos, segundo Sam Jaffe, analista do setor na Navigant Consulting Inc.
Os chamados sistemas micro-híbridos, com componentes pequenos alimentados por baterias que ligam e desligam os motores nos semáforos, estão disponíveis há vários anos.
A adição da tecnologia que armazena a energia criada quando o motorista pisa no freio ajudará a tornar os sistemas de parada e partida mais eficientes, dobrando a economia de combustível para cerca de 15 por cento, segundo a Johnson Controls Inc., fabricante de peças que está desenvolvendo a nova tecnologia.
“As fabricantes de automóveis querem espremer o máximo de eficiência possível do motor de combustão interna”, disse MaryAnn Wright, vice-presidente da Johnson Controls, que produz baterias de íon de lítio e de chumbo-ácido. “Essas tecnologias colocadas juntas custarão uma fração dos veículos elétricos”.
Em janeiro, a Johnson Controls e a Toshiba Corp. revelaram um sistema do tamanho de uma caixa de sapatos no Salão Internacional do Automóvel Norte-Americano, em Detroit, que lança uma carga para a bateria cada vez que o freio é acionado. A expectativa é que a produção seja iniciada em 2018.
Os novos sistemas estão surgindo no momento em que a indústria automotiva enfrenta uma meta americana de chegar ao desempenho médio de 54,5 milhas por galão (23,1 quilômetros por litro) até 2025. Juntamente com a Johnson Controls e a Toshiba, o projeto promete beneficiar fabricantes de baterias como A123 Systems LLC, BYD Co. e Panasonic Corp.
Economia de combustível
Embora os híbridos tradicionais rodem com eletricidade até atingirem velocidades mais elevadas, os conjuntos maiores de baterias necessários para isso aumentam o peso e o custo.
O uso de componentes elétricos menores em micro-híbridos oferece uma economia de combustível similar em um conjunto mais leve e barato, segundo Wright.
“Pode não ser tão sexy, mas vai gerar resultado”, disse Wright.
Uma tecnologia anterior de partida e parada já foi adotada por fabricantes de carros como General Motors Co. e Ford Motor Co. As baterias mais baratas estão tornando os sistemas mais eficientes e entre eles há alguns que desligam e ligam os motores com maior frequência.
O volume maior de fabricação, o aumento da capacidade de armazenagem e as vendas crescentes estão ajudando a reduzir os preços das baterias, disse o Morgan Stanley em um relatório, em julho. A Tesla Motors Inc., de Elon Musk, é uma força motriz nessa tendência: ele está desenvolvendo uma “fábrica gigante” de baterias, de US$ 5 bilhões, que poderá empurrar os custos para menos de US$ 100 o quilowatt-hora em 10 anos.
Próximos passos
O valor está se aproximando do limite necessário para tornar os veículos plug-in competitivos sem subsídios, disse Jason Black, chefe de energia e meio ambiente do Battelle Memorial Institute, um grupo de pesquisa de Columbus, Ohio.
“Você teria que baixar até a faixa de US$ 100 para ver o emprego em grande escala”, disse Black, que anteriormente era engenheiro de sistemas da General Electric Co.
O próximo passo significativo para os sistemas micro-híbridos incluirá sistemas de freios regenerativos melhores e o uso de baterias para dar energia a mais funções, como o ar-condicionado. Cerca de um em cada seis carros construídos em todo o mundo combinará motores elétricos e de combustão até 2025, disse a Robert Bosch GmbH, maior fabricante de autopeças do mundo, no mês passado.
A Panasonic estima que os volumes de fabricação e a demanda por suas baterias subirão rapidamente, começando por volta de 2018. A empresa japonesa de eletrônicos fabrica as baterias usadas no Model S, da Tesla, e é sócia da megafábrica que está em construção perto de Reno, em Nevada.
“Estamos mudando para as baterias para carros e para uso industrial porque elas podem produzir um maior valor agregado e são menos afetadas por quedas de preço”, disse a Panasonic em um comunicado em sua sede em Osaka.