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Banco do Brasil é o primeiro a lançar Pix no WhatsApp

Iniciativa pioneira mira expansão do Pix no Brasil

Com funcionalidade, é possível realizar tudo dentro do app de mensagens instantâneas (Paulo Whitaker/Reuters)

Com funcionalidade, é possível realizar tudo dentro do app de mensagens instantâneas (Paulo Whitaker/Reuters)

KS

Karina Souza

Publicado em 23 de novembro de 2020 às 20h28.

Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 10h41.

O Banco do Brasil é o primeiro do país a lançar uma funcionalidade que permite o uso do Pix pelo WhatsApp. Tudo funciona de forma bastante simples, pelo chat: basta adicionar o número 61-4004-0001 aos contatos e iniciar uma conversa pelo aplicativo de mensagens, digitando a palavra "PIX". Em seguida, o assistente virtual irá oferecer as opções disponíveis (cadastramento de chaves, enviar e receber valores ou escanear um QR Code, por exemplo) e basta selecionar a função desejada para finalizar o serviço.

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O serviço funciona 100% integrado ao aplicativo de mensagens e, portanto, não é necessário migrar para nenhum outro app durante o contato com a instituição financeira. De olho em quem tem dificuldade para digitar no celular, o banco também permite realizar transações com comando de voz, a partir do envio de áudios para o BB no WhatsApp.

A aposta do banco faz sentido. Em um país no qual mais de 160 milhões de pessoas usam o aplicativo para quase tudo — de refeição a remédios — facilitar a trajetória digital que o Pix proporciona por meio do WhatsApp parece uma estratégia acertada. De acordo com um levantamento da MindMiners, 33% dos usuários recorrem ao aplicativo para tirar dúvidas e buscar informações sobre produtos; 27% usam o app para realizar compras e 24% dizem também contratar serviços.

“O Pix vai levar a uma revolução para o varejo e vão surgir muitas fintechs com novos modelos de negócios. E com o open banking, ainda mais”, diz Stéphanie Fleury, especialista em educação financeira.

E essa revolução pode ser quantificada. De acordo com estimativas da consultoria Oliver Wyman, em dez anos, o Pix vai representar 22% de todas as operações bancárias no país — sendo responsável por pelo menos 8% delas a partir do ano que vem.

Banner azul do BTG Pactual com letras brancas sobre deixar medo de investir de lado

(BTG Pactual Digital/Divulgação)

Nessa corrida, vence quem tiver a maior vantagem — e os bancos estão "correndo atrás do prejuízo" em relação às fintechs. De acordo com um levantamento do BC, o Nubank lidera a lista de registro de chaves, seguido por Mercado Pago (4,73 milhões de chaves), PagSeguro (4,31 milhões), Bradesco (3,71 milhões) e Caixa (2,49 milhões).

O Banco do Brasil não é o único a lançar novas iniciativas. O Santander também ofereceu benefícios para quem cadastrar celular ou e-mail na chave utilizada na instituição. Dessa forma, os clientes garantiriam dez dias sem juros que têm no cheque especial do banco também para os pagamentos instantâneos do Pix.

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