Apple começa a barrar apps que violam privacidade
O UDID é um código que armazena desde dados simples, como pontuações de jogos, até informações relativas ao comportamento e ao histórico de navegação do usuário
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2012 às 17h16.
São Paulo - A Apple começou esta semana a rejeitar o desenvolvimento de aplicativos que acessem os UDIDs (códigos de identificação únicos de cada iPhone e iPad) para recolher informações dos aparelhos de usuários. A decisão da empresa se dá em meio a crescentes protestos do Congresso norte-americano e da mídia global sobre questões relacionadas à invasão de privacidade.
O UDID é um código alfanumérico único existente em cada aparelho da Apple, que armazena desde dados simples, como pontuações de jogos, até informações mais complexas relativas ao comportamento e ao histórico de navegação do usuário.
Com isso, o UDID pode ser uma ferramenta útil para rastrear o comportamento do consumidor. Com o agravante de que, ao contrário dos cookies existente em navegadores comuns, que podem ser apagados, o UDID é permanente e não pode ser modificado, o que faz com que o dispositivo sempre possa rastrear o mesmo aparelho – e, portanto, o mesmo usuário – de alguma forma.
O código vem sendo utilizado por empresas de marketing móvel, jogos, networks, analistas e testadores de apps para levantar dados que permitam acompanhar a performance de seus produtos (quantidade de downloads, somas financeiras movimentadas) e outras informações relacionadas ao uso dos apps nos aparelhos.
O problema é que o escrutínio de informações provenientes dos UDIDs representa um risco à privacidade dos usuários, por estar ligado a históricos de navegação e mesmo de chamadas telefônicas feitas a partir dos iPhones. Este fato vem levantando cada vez mais protestos de usuários e de associações de defesa do consumidor.
A Apple já havia divulgado um comunicado aos desenvolvedores de apps informando que implementaria mudanças em sua política de privacidade, mas a pressão da opinião pública parece estar fazendo com que a fabricante norte-americana adiante seus planos.
Na semana passada, dois congressistas dos EUA, Henry Waxman e G. K. Butterfield, enviaram cartas a 34 desenvolvedores de apps para iOS questionando como eles acessavam, coletavam e armazenavam dados privativos dos consumidores.
Duas equipes de aprovação de aplicativos da Apple (de um total de dez) já começaram a rejeitar aplicativos que se valham de informações provenientes dos UDIDs. Segundo o site TechCrunch, esse número deve crescer para quatro na próxima semana, e ir aumentando gradualmente até o completo banimento da prática.
Análise
O UDID é considerado uma ferramenta fundamental para o acompanhamento do mercado de aparelhos iOS. Vários serviços de publicidade móvel precisam do UDID para segmentar suas ofertas ou comprovar resultados aos anunciantes, especialmente downloads gerados. O impacto da decisão da Apple, portanto, será grande.
São Paulo - A Apple começou esta semana a rejeitar o desenvolvimento de aplicativos que acessem os UDIDs (códigos de identificação únicos de cada iPhone e iPad) para recolher informações dos aparelhos de usuários. A decisão da empresa se dá em meio a crescentes protestos do Congresso norte-americano e da mídia global sobre questões relacionadas à invasão de privacidade.
O UDID é um código alfanumérico único existente em cada aparelho da Apple, que armazena desde dados simples, como pontuações de jogos, até informações mais complexas relativas ao comportamento e ao histórico de navegação do usuário.
Com isso, o UDID pode ser uma ferramenta útil para rastrear o comportamento do consumidor. Com o agravante de que, ao contrário dos cookies existente em navegadores comuns, que podem ser apagados, o UDID é permanente e não pode ser modificado, o que faz com que o dispositivo sempre possa rastrear o mesmo aparelho – e, portanto, o mesmo usuário – de alguma forma.
O código vem sendo utilizado por empresas de marketing móvel, jogos, networks, analistas e testadores de apps para levantar dados que permitam acompanhar a performance de seus produtos (quantidade de downloads, somas financeiras movimentadas) e outras informações relacionadas ao uso dos apps nos aparelhos.
O problema é que o escrutínio de informações provenientes dos UDIDs representa um risco à privacidade dos usuários, por estar ligado a históricos de navegação e mesmo de chamadas telefônicas feitas a partir dos iPhones. Este fato vem levantando cada vez mais protestos de usuários e de associações de defesa do consumidor.
A Apple já havia divulgado um comunicado aos desenvolvedores de apps informando que implementaria mudanças em sua política de privacidade, mas a pressão da opinião pública parece estar fazendo com que a fabricante norte-americana adiante seus planos.
Na semana passada, dois congressistas dos EUA, Henry Waxman e G. K. Butterfield, enviaram cartas a 34 desenvolvedores de apps para iOS questionando como eles acessavam, coletavam e armazenavam dados privativos dos consumidores.
Duas equipes de aprovação de aplicativos da Apple (de um total de dez) já começaram a rejeitar aplicativos que se valham de informações provenientes dos UDIDs. Segundo o site TechCrunch, esse número deve crescer para quatro na próxima semana, e ir aumentando gradualmente até o completo banimento da prática.
Análise
O UDID é considerado uma ferramenta fundamental para o acompanhamento do mercado de aparelhos iOS. Vários serviços de publicidade móvel precisam do UDID para segmentar suas ofertas ou comprovar resultados aos anunciantes, especialmente downloads gerados. O impacto da decisão da Apple, portanto, será grande.