Após decisão judicial, Uber deixará de operar na Colômbia
Governo proibiu aplicativo depois de um processo aberto pela Cotech, empresa de telecomunicações que presta serviços para táxis
EFE
Publicado em 11 de janeiro de 2020 às 11h32.
Última atualização em 11 de janeiro de 2020 às 11h44.
Bogotá - A Uber anunciou na sexta-feira que deixará de operar na Colômbia no próximo dia 31 de janeiro, uma decisão que ocorre depois de uma decisão judicial que proíbe o funcionamento do aplicativo em todo o país.
"Em cumprimento à surpreendente decisão produzida pela Superintendência de Indústria e Comércio (SIC) no último dia 20 de dezembro, a partir das 0h de 1º de fevereiro, o Uber deixará de funcionar na Colômbia", informou a empresa em comunicado.
Na nota, a Uber afirma que considera a decisão da SIC arbitrária, contrária ao ordenamento jurídico colombiano e viola o devido processo e direitos constitucionais.
"A Uber respeita a lei e as decisões das autoridades. No entanto, decisões como esta respondem também à ausência de uma regulamentação do serviço de mobilidade colaborativa por meio de plataformas tecnológicas na Colômbia", disse a empresa.
A SIC determinou a proibição do funcionamento do Uber depois de um processo aberto pela empresa Cotech S.A, que presta serviço de telecomunicações para uma companhia de táxis.
A Uber lembrou hoje que foi a primeira empresa a oferecer no país uma "alternativa de mobilidade inovadora e confiável", lamentando que a Colômbia seja "o primeiro país do continente a fechar as portas para a tecnologia".
A decisão da SIC não afeta o aplicativo Uber Eats, de entrega de comida a domicílio. Por isso, a companhia norte-americana seguirá operando na Colômbia, interrompendo apenas o serviço de transporte de passageiros.
A Uber já entrou com um recurso contra a decisão da SIC e prometeu usar todos os meios legais para defender o direito de milhões de usuários de se moverem pelas cidades colombianas.
Quase 90 mil motoristas estão cadastrados na plataforma na Colômbia, segundo a Uber, que planeja acusar o país de violar um tratado de livre-comércio assinado com os Estados Unidos.
A empresa começou a operar na Colômbia em 2013 e está presente em ao menos 12 cidades.