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AirAsia: avião subia muito rápido antes de desaparecer do radar

Avião caiu no Mar de Java no dia 28 de dezembro com 162 pessoas

airasia (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 14h33.

O avião da AirAsia que se acidentou no Mar de Java no final do ano passado estava subindo a uma velocidade extraordinariamente rápida antes de mergulhar e desaparecer do radar, informou o ministro do Transporte da Indonésia nesta terça-feira.

Ignasius Jonan afirmou ao parlamento que dados do radar mostram que a aeronave Airbus A320 subia a uma velocidade de 6 mil pés por minuto logo antes de desaparecer.

"É muito raro para aviões comerciais, que geralmente sobem a uma velocidade de 1 mil, 2 mil pés por minuto", ele disse. "Isto só pode ser feito por um avião de caça". Segundo o ministro, ainda não se sabe qual foi o motivo para o avião subir tão rapidamente.

Em seu último contato com os controladores de tráfego, os pilotos do voo 8501 da AirAsia pediram para subir dos 32 mil pés em que estavam para uma altura de 38 mil pés, e evitar assim um acúmulo de nuvens.

No entanto, eles tiveram permissão negada por causa do tráfego pesado na região. Quatro minutos depois, a aeronave desapareceu. Nenhum sinal de socorro foi recebido.

Uma ascensão muito rápida pode levar o avião a perder a sustentação (estol). Em 2009, o Airbus A330 da Air France que desapareceu no Oceano Atlântico durante um voo entre o Rio de Janeiro e Paris parece ter entrado no mesmo estado antes de cair.

Justin Dubon, porta-voz da Airbus, afirmou nesta terça-feira (20) que ainda é muito cedo para comentar sobre possíveis similaridades entre os dois acidentes.

Equipes de busca localizaram ao menos nove grandes objetos, incluindo a fuselagem do avião e sua cauda. As caixas pretas da aeronave também foram recuperadas e são analisadas no momento.

"Até o momento, conseguimos transcrever metade do gravador de voz do cockpit", afirmou Nurcahyo Utomo, comissário do Comitê Nacional de Segurança do Transporte.

"Ainda é cedo para tirar qualquer conclusão, porque não sabemos o que está na outra metade". Segundo Utomo, não há sinais de terrorismo nem qualquer outra voz dentro do cockpit que não seja as do piloto e copiloto. 

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