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Inclusão como estratégia

A fintech Z1, de cartões de crédito, investiu num time diverso e permitiu aos clientes usar o nome social nos documentos para deixá-los à vontade

Thiago Achatz, Mateus Craveiro, Sophie Secaf e João Pedro Thompson, da Z1: em busca de jovens (Divulgação/Divulgação)

Thiago Achatz, Mateus Craveiro, Sophie Secaf e João Pedro Thompson, da Z1: em busca de jovens (Divulgação/Divulgação)

Num mercado competitivo como o das fintechs, a Z1 acredita em atributos culturais para destacar uma empresa novata na jornada de encantamento dos clientes. A startup dedicada a criar contas bancárias gratuitas e cartões para jovens decidiu que o posicionamento indiscutível seria em favor da diversidade. O esforço no tema começou da porta para dentro, com iniciativas focadas em inclusão na seleção de funcionários. Hoje, as mulheres, cis e trans, compõem quase 70% da equipe; pessoas pretas e pardas são a maioria. A diversidade e o sucesso de programas como o Retifica Z1, para custear a mudança do nome social em documentos de funcionários transgênero, viraram estratégia no contato com os clientes. Quem quiser pode ter o nome social gravado nos cartões de crédito da Z1. As mensagens da empresa podem vir em linguagem neutra, se desejado. Por trás de tudo isso está Caio Vasconcelos, líder da experiência do cliente e pessoa trans. “Todos os atendentes são treinados para lidar com diferentes realidades”, diz. Segundo Sophie Secaf, que fundou a empresa em 2020 ao lado de Thiago Achatz, Mateus Craveiro e João Pedro Thompson, por trás do desejo por mais inclusão está também o olhar atento ao que o público jovem considera importante — e os valores requisitados às empresas, como diversidade e inclusão. Para ela, os benefícios são como uma espécie de “bônus”. “Corremos, sim, o risco de não agradar a todos, mas é assim que decidimos trabalhar, e essa é uma conduta que percebemos ser muito valorizada pelos jovens que nos procuram e se tornam clientes fiéis”, diz. Em novembro, a fintech recebeu um aporte de 55 milhões de reais liderado pelo fundo Kaszek, num sinal de que mais gente aposta na liberdade de gênero como estratégia de encantamento de clientes.  


(Publicidade/Exame)

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