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ESG: os melhores compromisso com o planeta do prêmio da EXAME (Patrick Hamilton/AFP/Getty Images/Getty Images)
Rodrigo Caetano
Publicado em 24 de junho de 2022 às 06h00.
Existe uma relação óbvia entre escala e impacto. A sigla ESG surgiu em 2004, de uma provocação do ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan. Ele falava a um grupo de 50 CEOs e perguntou se alguém ali sabia como integrar a sustentabilidade aos critérios de investimentos. James Gifford, economista que fundou o Principles for Responsible Investment (PRI), no mesmo ano participou do grupo de estudos que usou as três letras pela primeira vez em um documento. Em entrevista à EXAME, ele resumiu o que a sigla significa: “Se você tem uma responsabilidade fiduciária, como no caso de um fundo de pensão, não deveria estar pensando num horizonte de nove meses, e sim de nove anos, ou de 20 anos. E, quando se considera esse horizonte, temas como mudanças climáticas, riscos sociopolíticos etc. se tornam relevantes”, afirmou. “Não é sobre ética. O ponto central é a incorporação de fatores socioambientais nos investimentos para gerenciar riscos.” ESG é mais prática do que teoria. O que importa são os resultados, e eles só podem ser alcançados por meio de uma atuação ética e que considere todos os stakeholders. Para todas as empresas, de qualquer setor, o primeiro passo é sempre o compromisso com a agenda. Em seguida, é preciso medir o impacto e, a partir dos dados, definir metas públicas, para que a sociedade acompanhe sua evolução. Nesse processo contínuo, algumas empresas terão mais trabalho; e outras, menos. Alguns setores se beneficiarão das mudanças, outros precisarão reinventar o negócio. Mas tudo começa com a frase “eu me comprometo”.