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Daniel Salles
Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 05h04.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 13h48.
É de imaginar que comprar uma mala, do início da pandemia até aqui, é uma das últimas coisas que passam pela cabeça de alguém. Com o turismo internacional ainda longe de decolar por culpa do coronavírus, para que alguém vai querer um novo acessório do tipo? No caso daquelas malas mais imponentes, que são fatalmente despachadas nos aeroportos, só se for para atravancar o armário de casa.
Sem revelar números, fabricantes confirmam que a procura por peças do gênero despencou no ano passado. Mas se dizem confiantes de que se trata de fenômeno passageiro. “Que o turismo será retomado não há dúvida”, observa Michel Cheval, presidente da Montblanc no Brasil. “E nossos clientes já voltaram a fazer planos de viagens longas.”
A subsidiária da maison alemã, no entanto, afirma que a procura por bolsas e até por malas menores, aquelas que nenhuma companhia aérea veta na cabine do avião, se manteve em alta. Diz Cheval: “São modelos que ganharam um novo papel com a quarentena, que tornou as viagens de final de semana mais frequentes e possibilitou que o trabalho seja desempenhado em qualquer lugar, inclusive no sítio ou na praia”. Em outras palavras, malas e bolsas passaram a ser vistas como aliadas tanto para o lazer quanto para o trabalho — e ao mesmo tempo.
“Não achamos que as pessoas voltarão a viajar tanto quanto antes por enquanto”, declarou, no final do ano, Alexandre Arnault, CEO da Rimowa. “Mas elas ainda precisam ir do ponto A ao B, seja para trabalhar, seja para ver a família ou qualquer outra coisa. E, nessas viagens, realmente acho que nossa marca pode estar presente como no passado.” Em dezembro, a grife lançou uma linha sob medida para o atual contexto, a Personal. Na bolsa de mão da família não vão caber aqueles casacos pesados para temporadas no inverno europeu. Mas pode apostar que os itens essenciais do dia a dia ficarão perfeitamente acomodados.