O que dizem analistas sobre a melhor estratégia na bolsa no ano que começa (Cyla Costa/Exame)
Guilherme Guilherme
Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 05h33.
Última atualização em 14 de janeiro de 2021 às 11h57.
O que saber antes de investir na bolsa em 2021:
O Ibovespa teve uma forte recuperação a partir de novembro passado, subindo 33% até a primeira semana de 2021, quando atingiu seu recorde. Mas a maior liquidez internacional e a manutenção da taxa de juro brasileira nos menores patamares da história sustentam um cenário de otimismo para a bolsa neste ano novamente.
A provável liberação de diferentes vacinas contra o novo coronavírus, o que deve levar à normalização da atividade econômica, e as mostras de que a volta do investidor estrangeiro à B3 deve perdurar também alimentam o otimismo. Nos últimos três meses de 2020, estrangeiros colocaram 62,1 bilhões de reais na bolsa brasileira, um movimento que continuou a ser verificado no início de 2021.
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Esse mix de fatores justifica os investidores aumentarem sua exposição a ativos de risco — especialmente ações, no Brasil e no exterior — se estiverem em busca de uma rentabilidade que supere o CDI.
Os analistas do mercado financeiro esperam que a Selic termine 2021 em 3,25% ao ano, segundo o último boletim Focus, o que significaria uma elevação de 1,25 ponto percentual em relação ao nível atual. Nada que tire a atratividade da renda variável.
No entanto, se os principais motores para a bolsa neste ano se assemelham aos do início de 2020, antes que a infecção de covid-19 se materializasse como o principal risco, as apostas de bancos e corretoras para as ações mais promissoras estão diferentes.
“Vemos 2021 como um ano para ‘stock picking’ [escolher ações com lupa]. Há muitos ativos com potencial de alta expressivos”, diz Daniel Utsch, gestor de ações da Fator Administração de Recursos.
Especialistas apontam que os papéis mais penalizados em 2020 por causa da pandemia ficaram baratos e tendem a se beneficiar mais da retomada da atividade econômica. São ações de bancos, construção civil e shopping centers. Destacam-se empresas como Itaú Unibanco, Cyrela e Iguatemi.
O forte rali nos últimos dois meses das produtoras de matérias-primas — minério de ferro, petróleo e aço, cujos produtos são cotados em dólar — tende a se estender.
Na opinião de analistas da EXAME Research, o braço de análise de investimentos da EXAME, 2021 será “o ano das commodities” com a retomada do crescimento da China e com a continuação da política de estímulos dos bancos centrais em todo o mundo, em especial do americano Federal Reserve (Fed).
A eleição do democrata Joe Biden e a vitória de seu partido na Câmara e no Senado alimentam apostas em estímulos ainda maiores à frente. Veja a seguir as nove ações mais recomendadas por oito bancos e corretoras para 2021.