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WeWork entrega documentos confidenciais para seu IPO

Imobiliária tecnológica afirma ter entregado versão atualizada de suas informações financeira à SEC, espécie de comissão de valores mobiliários americana

WeWork: empresa segue a toada de startups com avaliações bilionárias, ou unicórnios, que realizaram ou realizarão ofertas iniciais públicas de ações neste ano (Germano Lüders/Exame)

WeWork: empresa segue a toada de startups com avaliações bilionárias, ou unicórnios, que realizaram ou realizarão ofertas iniciais públicas de ações neste ano (Germano Lüders/Exame)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 30 de abril de 2019 às 06h00.

Última atualização em 30 de abril de 2019 às 06h00.

A WeWork deu mais um passo em sua oferta pública inicial de ações (IPO), a antecipada estreia no mercado financeiro. A empresa de espaços de coworking dotados de tecnologia entregou uma versão atualizada de suas informações financeiras para a Securities and Exchange Commission (SEC), espécie de Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos Estados Unidos.

Seus dados econômicos, consolidados em um documento chamado S-1, ainda não estão disponíveis para consulta. A WeWork começou a dar entrada na papelada em dezembro do ano passado, junto aos aplicativos americanos de mobilidade urbana Lyft e Uber. A Lyft estreou na bolsa neste mês; o Uber deve comercializar suas ações nas próximas semanas.

A WeWork segue a toada de startups com avaliações bilionárias, ou unicórnios, que realizaram ou realizarão ofertas iniciais públicas de ações neste ano. A imobiliária tecnológica está avaliada em 46 bilhões de dólares e já captou 12,8 bilhões de dólares em aportes.

O unicórnio WeWork

Criada em 2010, a WeWork possui mais de 400 mil membros em seus mais de 425 prédios, espalhados por 100 cidades de 27 países. Presente no Brasil desde julho de 2017, a WeWork tem 16 mil membros em 19 espaços físicos divididos entre São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

A imobiliária tecnológica atende empreendedores (um a quatro empregados, 16% dos clientes WeWork); empresas em crescimento (cinco a 500 empregados, 43%) até grandes companhias (mais de 500 empregados, 41%), incluindo mais de um terço da Global Fortune 500, lista das maiores corporações do mundo.

Por mais que se defina como uma “comunidade”, a WeWork ganha dinheiro mesmo é com a locação ou sublocação de imóveis. O negócio aluga ou compra propriedades e as transforma de acordo com seus ideais. Depois, divide o espaço em estações e as comercializa para membros por preços maiores do que os custos. A tecnologia é usada para escolher o melhor local de abertura de espaços de coworking; para desenhar os espaços; e para precisar a quantidade ideal de salas de acordo com o uso.

A WeWork afirma que seus clientes poupam em média 35% dos custos com aluguel anualmente, com escritórios 2,5 vezes mais eficientes em termos espaciais. A metragem por pessoa em um prédio da WeWork está em 4,64 m², ante 23,23 m² em um escritório tradicional, diz a empresa de análises CB Insights.

Assim como Lyft e Uber, a WeWork ainda é um unicórnio com altas taxas de crescimento, altas apostas de investidores e altos prejuízos. Em 2018, a WeWork dobrou suas receitas em relação ao ano anterior, chegando a 1,8 bilhão de dólares. Mas, no mesmo período, registrou perdas de 1,9 bilhão de dólares. O fundador do negócio, Adam Neumann, já disse que usar “métricas convencionais” com a WeWork é “perder o ponto” do negócio.

De acordo com a CB Insights, a WeWork é a segunda startup no modelo de captação por venture capital mais bem avaliada dos Estados Unidos, atrás apenas da Uber. Ambas possuem o desafio de continuarem as queridinhas dos investidores em Wall Street.

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