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Teddy: ao lado do BTG, fintech mira empresas em futuro do open banking

Fundada em 2020, a Teddy Open Banking quer facilitar a conexão entre grandes bancos e empresas; fintech também lança plataforma voltada a bancários autônomos

Wagner Ferreira, CEO da Teddy Open Banking: fintech quer facilitar conexão entre bancos e empresas (Teddy Open Banking/Divulgação)
MC

Maria Clara Dias

Publicado em 27 de agosto de 2021 às 09h00.

Última atualização em 27 de agosto de 2021 às 10h46.

Algumas empresas decidiram olhar para o open banking, sistema que permite o compartilhamento de informações financeiras entre pessoas e bancos, como oportunidade de negócio. É o caso da Teddy Open Banking, fintech que chega ao mercado para auxiliar bancos na relação com empresas de pequeno, médio e grande porte a partir do lançamento do novo sistema do Banco Central.

Depois de duas décadas no mercado financeiro e com passagens por algumas das principais instituições financeiras do país, Wagner Ferreira decidiu que era hora de apostar em uma startup capaz de solucionar os principais problemas de comunicação entre essas instituições e pequenas e médias empresas. Diante disso, a fintech fundada em 2020 surge como solução para grandes bancos no relacionamento e oferta de serviços e produtos para empresas, o famoso B2B, com serviços de câmbio, pagamentos, investimentos, entre outros.

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Para sair do papel, a fintech contou com um investimento inicial de 2 milhões de reais e, pouco mais de um ano após o início das operações, movimentou mais de 40 milhões de reais, entre operações de câmbio e crédito. A empresa também já nasceu com grandes parcerias com bancos como C6, BV e BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a EXAME).

Facilitar a vida de bancões que miram o segmento corporativo não é a única intenção da Teddy. O racional por trás da proposta da startup também está na percepção de que, com mais tecnologia, os profissionais do setor enfrentam uma onda crescente de desemprego. Com isso, a plataforma permite a esses bancários o acesso a diferentes produtos financeiros, de maneira autônoma.

"Entendemos que o open banking vem para complementar a vida do cliente final e trazer mais competitividade ao sistema, mas também tem potencial para geração de empregos”, diz Wagner Ferreira, fundador da Teddy Open Banking. “É uma estratégia para se aproximar do "open banking do futuro" ”.

O início da vigência da segunda fase do sistema serviu de justificativa para que a empresa anunciasse o lançamento de um novo produto, que chega ao mercado em setembro. Trata-se da Teddy 360, uma plataforma onde agentes autônomos terão acesso a produtos de instituições parceiras e também a serviços desenvolvidos pela própria fintech. Além disso, haverá uma ferramenta de análise sobre o perfil dos consumidores finais com o propósito de recomendar os melhores produtos para cada cliente.

“Nunca existiu um open banking para os gerentes. Esse profissional sempre perdeu oportunidades de vender produtos por uma impossibilidade do próprio banco onde ele trabalhava”, diz o fundador. Com a plataforma, a Teddy quer permitir que esses ex-bancários possam oferecer até 15 produtos financeiros para clientes, mesmo sem vínculo com qualquer uma das 22 instituições parceiras.

No portfólio de serviços estão consórcios, maquininhas de cartão, mercado livre de energia, capital de giro, antecipação de recebíveis, financiamento de veículos, mesa de câmbio e home equity – carro-chefe da empresa.

Com o novo produto, a expectativa é chegar até o fim do ano com 100 bancários registrados e multiplicar isso por 100 já em 2022, com 1.000 profissionais "É um número tímido. Achamos que isso será bem maior”.

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