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Quem são os investidores anjos brasileiros

Saiba quem são os investidores que estão financiando jovens negócios inovadores no país

Parceiro estratégico (Stock.xchng)
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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2011 às 18h02.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h31.

São Paulo – Responsável pelo primeiro aporte em uma jovem empresa, o investidor anjo é uma figura cada vez mais comum no Brasil. Nos últimos dois anos, comunidades de anjos surgiram e se fortaleceram no país, criando oportunidades para o financiamento de novas ideias. Mais do que colocar dinheiro na empresa – os investimentos costumam variar de R$ 50 mil até R$ 1 milhão –, o principal papel deste investidor é ajudar a empresa a decolar, colaborando no aperfeiçoamento do modelo de negócio e dos produtos e serviços oferecidos, apresentando o empreendedor a contatos que podem ajudar a alavancar o negócio e apoiando-o na gestão do empreendimento. Por isso, na hora de procurar um investidor anjo, é fundamental certificar-se de que ele tem o perfil ideal para apoiá-lo nesta jornada. Entenda qual é o seu histórico, suas habilidades e identifique o tipo de investimentos que ele costuma fazer. Assim, mais do que um financiador, você poderá encontrar um parceiro estratégico para o seu negócio. Confira a seguir alguns perfis diferentes de investidores anjos que estão atuando no mercado brasileiro.
  • 2. Pierre Schürmann

    2 /8(Ricardo Benichio/INFO EXAME)

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    Membro da família Schürmann, célebre por ter dado a volta ao mundo em um veleiro, Pierre Schürmann é o típico empreendedor em série. Cursou Administração de Empresas nos Estados Unidos e, depois de trabalhar por um período no mercado financeiro, voltou ao Brasil, onde fundou o Zeek!.  Criado em 1997, o mecanismo de buscas foi vendido no ano seguinte à StartMedia, por R$ 1,8 milhão. “Acabei me apaixonando pela internet”, conta ele. No ano 2000, Schürmann fundou uma incubadora de negócios online, a Ideia.com. Chegou a captar R$ 7 milhões para investir nos negócios incubados, mas com o estouro da bolha, projeto acabou morrendo. Ao longo da última década, fundou duas empresas de marketing de experiência, a Conectis e a Experience Club, sendo que a primeira foi comprada pelo Grupo Contexto. “Sempre gostei de startar negócios”, diz. Há cerca de dois anos, Schürmann decidiu começar a atuar como investidor anjo, emprestando sua experiência em fundar e vender negócios a outros empreendedores. “Fui para São Francisco aprender mais sobre esse mercado e me contaminei”, brinca. A Bossa Nova Anjos, fundada por ele, faz investimentos entre R$ 50 a R$ 600 mil. Áreas de interesse: internet e tecnologia da informação Empresas investidas: Navegg, B2Capital, Fashionly Organização a que pertence: Bossa Nova Anjos
  • 3. Cassio Spina

    3 /8(Renato Pizzutto/INFO CANAL)

  • Formado em Engenharia Eletrônica, Cássio Spina começou a carreira de empreendedor com apenas 19 anos, fundando uma empresa especializada em software de comunicação de dados. Alguns anos mais tarde, aos 26, criou a Trellis, fornecedora de equipamentos de rede, negócio ao qual se dedicaria durante quase duas décadas. À frente do negócio, captou recursos do fundo SPTech e liderou a aquisição de diversas outras empresas menores do ramo, até deixar o cargo de CEO no ano passado. Foi quando começou a se dedicar integralmente à atividade de investidor anjo. “Era uma forma de continuar participando ativamente da criação de novos negócios”, destaca. Para o investidor, a existência de um bom time de empreendedores é o fator decisivo para investir em um negócio. “Tem que acreditar muito, ter garra e força. Isso é ate mais importante que a própria ideia, que pode acabar mudando no meio do caminho”, detalha. Áreas de interesse: diversas Empresas investidas: Inova Drinks e TWT Digital Organização a que pertence: São Paulo Anjos e Anjos do Brasil
  • 4. Alcinda Nascimento

    4 /8(Divulgação)

    Uma das poucas mulheres entre os anjos brasileiros, a bióloga Alcinda Nascimento vem de uma trajetória de 20 anos de indústria farmacêutica. Chefiou as áreas de inovação e pesquisa e desenvolvimento de multinacionais como Roche e Novartis. Envolvida com as atividades de investidora há cerca de um ano e meio, também atua como consultora de inovação e parcerias e estratégicas para grandes companhias. “Tive que deixar a indústria para pode me dedicar. É uma atividade que consome bastante tempo porque você tem que se envolver de verdade”, destaca. Para Alcinda, a principal contribuição que um investidor pode trazer para o negócio apoiado é o capital intelectual. “Ajudamos o empreendedor a identificar possíveis correções de rumo e a selecionar oportunidades de colaboração”, diz a investidora. Áreas de interesse: saúde Empresas investidas: não revela Organização a que pertence: São Paulo Anjos
  • 5. Marcelo Amorim

    5 /8(Divulgação)

    Um dos primeiros funcionários da Microsoft no Brasil, Marcelo Amorim é especialista em criar e vender negócios de tecnologia. Depois de ajudar a instalar as operações da empresa de Bill Gates no país, Amorim fundou três empresas e vendeu todas ao longo das últimas duas décadas. “Não criei os negócios com a pretensão de vender, mas foi acontecendo desta forma”, conta. No início de 2009, decidiu se aventurar no mercado de investimentos. “Passei quatro meses nos Estados Unidos fazendo cursos e entendendo como funcionava o ecossistema de financiamento ao empreendedorismo”, diz. De volta ao Brasil, fundou o grupo de investidores anjo Jacard Investimentos. Antes de fazer um investimento, Amorim analisa seis pontos principais: qual o problema endereçado pelo negócio, qual a solução proposta para ele, por que ela é diferente das outras, quem é o time por trás do projeto, se a solução é escalável e quando dinheiro será necessário para viabilizá-la. Áreas de interesse: Ti, software e serviços Empresas investidas: Skedo, Acelera10 e Zuggi Organização a que pertence: Jacard Investimentos
  • 6. Antonio Botelho

    6 /8(Divulgação)

    Com uma sólida formação – incluindo pós-graduações na Sorbonne e no MIT –, Antonio Botelho interessou-se inicialmente pelo mundo do capital de risco como campo de pesquisa acadêmica. Professor de disciplinas ligadas a Inovação e Tecnologia da Informação durante mais de 25 anos, decidiu investigar a importância do investimento anjo na cadeia de financiamento da inovação. Durante seus estudos, acabou enxergando a oportunidade de atuar como investidor. “Fora do Brasil, é muito comum que professores se tornem investidores. Por aqui, ainda é um pouco raro”, conta. Diferentemente de outros investidores, que procuram focar em uma única área, sua estratégia é diversificar o portfólio: já investiu em educação, limpeza e agora avalia investimentos na área de saúde. Áreas de interesse: diversas Empresas investidas: Descomplica e Ambiente Renovado Organização a que pertence: Gávea Angels
  • 7. Fernando Campos

    7 /8(Divulgação)

    Com formação em finanças e administração, Fernando Campos intercalou experiências em grandes empresas com negócios próprios ao longo da trajetória profissional. Durante sua última ocupação, como especialista em avaliação de projetos e fusões e aquisições na Coca-Cola, tocava em paralelo um negócio de produtos esportivos. “Desde criança eu tinha meus pequenos negócios”, lembra. Aficionado por tecnologia, aprendeu a programar por hobby e, em 1999, criou uma versão brasileiro do PayPal. O projeto não foi em frente, mas Campos decidiu voltar a investir em negócios da área de tecnologia no início de 2010, agora como anjo. “Fiz um curso sobre Venture Capital em Berkeley para entender melhor o mercado”, conta. Para o investidor, uma das características fundamentais de um empreendedor é mostrar capacidade de execução. “Até olho projetos no papel, mas só entro depois de um teste de conceito ou um protótipo”, diz. Áreas de interesse: software, Sas, mobilidade, consumer web Empresas investidas: Portal Absoluta Organização a que pertence: Gávea Angels e Floripa Angels
  • 8. Marcelo Cazado

    8 /8(Divulgação)

    Fundador da Floripa Angels, uma das redes pioneiras de investidores anjo no Brasil, Marcelo Cazado decidiu incentivar o desenvolvimento deste mercado no país em 2007, após fazer um mestrado na Universidade de Sussex, na Inglaterra. “Estudando a razão pela qual alguns países cresciam e outros ficavam estagnados, concluímos que países que incentivavam a atividade empreendedora eram os que mais cresciam”, resume. Fazendo pesquisas no Google, descobriu que faltavam associações de anjos no Brasil e decidiu desbravar a área. Além de administrar a Floripa Angels, Cazado apoia jovens empreendedores inexperientes na gestão do negócio em troca de uma fatia da empresa. “Já cheguei a colocar dinheiro, mas o que tenho a oferecer é principalmente capital intelectual e participação ativa no dia-a-dia do negócio”, destaca. Áreas de interesse: tecnologia Empresas investidas: Bokess Organização a que pertence: Floripa Angels
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