Cartão e aplicativo do N26: banco possui 2,3 milhões de clientes na União Europeia (N26/Divulgação)
Mariana Fonseca
Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 17h09.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2019 às 17h10.
Em breve, o Nubank ganhará seu primeiro concorrente de peso que não está na categoria de bancos tradicionais. A alemã N26, assim como a fintech dos cartões roxinhos, é uma instituição financeira que aposta nos millenials e em uma operação completamente móvel.
Depois de conquistar a União Europeia, o N26 está de olho no mercado brasileiro. O anúncio foi feito no Mobile World Congress (MWC), o maior evento da indústria móvel e que acontece neste ano em Barcelona (Espanha). A primeira expansão será para os Estados Unidos, no primeiro semestre de 2019, e o Brasil “virá logo depois”, reporta o TechCrunch.
Em comunicado, o N26 afirma que o Brasil é o próximo passo lógico para sua estratégia de expansão, com o objetivo de alcançar 100 milhões de clientes globalmente nos próximos anos. O país é o quarto maior mercado de internet no mundo, com 87 milhões de usuários nos smartphones.
O N26 foi fundado pelos empreendedores Valentin Stalf e Maximilian Tayenthal em 2013. O produto, porém, só foi lançado em 2015.
Pelo aplicativo, é possível colocar administrar cartões com pagamentos internacionais sem taxas, pela bandeira Mastercard; colocar limites de gasto; realizar saques; e fazer transferências nacionais e internacionais. Segundo o site da fintech, criar sua conta leva oito minutos.
Hoje, o N26 possui 2,3 milhões de clientes em 24 mercados europeus. Esses consumidores possuem mais de um bilhão de euros em suas contas, transacionando 1,5 bilhão de euros mensalmente. Em toda sua história, o N26 transacionou mais de 20 bilhões de euros.
Quem assume a operação no Brasil é Eduardo Prota, que fundou a startup de caronas Tripda, aconselhou negócios como a gigante de agricultura Monsanto e o aplicativo de transações Social Bank e liderou a plataforma de inovação aberta da empresa de pagamentos Cielo. Segundo Prota, o N26 vai oferecer um pacote de “serviços bancários acessíveis”, tudo via dispositivos móveis.
O banco digital alemão ainda precisa de uma licença do Banco Central para oferecer tais serviços no Brasil, porém. Enquanto isso não acontece, procura uma instituição financeira local. É um esquema similar ao da startup de pagamentos Neon, ligada ao Banco Votorantim.