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Parceria melhora negócios de criadores e frigorífico

Confinamento de animais diminuiu perdas ocasionadas pela seca no interior da Bahia

Produtores construíram um curral em parceria com o frigorífico que compra os animais (Sebrae/BA)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 15h21.

Salvador – Criadores de cabras e ovelhas de Juazeiro (BA) conseguiram reduzir a perda de animais a quase zero. Em parceria com um frigorífico da região, os integrantes da Cooperativa dos Empreendedores Rurais de Cacimba do Silva e Região montaram uma estrutura para confinamento de caprinos e ovinos e uma lavoura de palma, usada na alimentação do rebanho.

A experiência foi sugerida pelo frigorífico Lamm. Os custos da empresa aumentavam na época da seca. As cabras e ovelhas não engordavam e a indústria precisava buscar matéria-prima em outras regiões. Ficava difícil manter o preço que restaurantes e churrascarias de São Paulo pagam pelos cortes.

A palma, que tem muita água na sua composição, é plantada numa área cedida por um dos cooperados. O Lamm custeou a infraestrutura do local, como a instalação de irrigação da plantação, construção do curral, compra de equipamentos e ração, além do pagamento de dois funcionários. Os animais permanecem confinados por 60 dias, prazo médio em que chegam ao peso certo para o abate.

Em 2012, já foram realizados três abates, no total de 161 animais. Na hora do pagamento, o frigorífico desconta os custos do investimento na estrutura, que é dividido entre os cooperados. Cada um paga o equivalente ao número de animais que confinou. “Nessa época de seca, quando o produtor cria animais soltos, a perda é muito grande. No confinamento, a perda praticamente não existe. Além disso, a venda é garantida”, avalia o presidente da cooperativa, Márcio Irivan.

A experiência estimulou o interesse de outros criadores. “A cooperativa tem nove associados, mas passaremos a contar com a parceria de vinte criadores a partir de agora”, conta o diretor do frigorífico Lamm, Marcos Malta. Para receber mais animais, a empresa e os produtores já começaram a ampliar o curral. Os novos animais devem chegar até o fim de março.

A Cooperativa dos Empreendedores Rurais de Cacimba do Silva e Região e o frigorífico Lamm recebem apoio do programa Assistência Gerencial e Tecnológica (Agetec), mantido pelo Sebrae na Bahia e pelo Senar. Para o gestor de projetos do Sebrae no estado, Robério Araújo, “assim como a região já é forte na produção de frutas, também será na produção de carne. O que falta é o ajustamento do sistema de produção e a inserção de iniciativas como essa que sincronizam a produção da caatinga com a contribuição da produção de áreas irrigadas”.

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Salvador – Criadores de cabras e ovelhas de Juazeiro (BA) conseguiram reduzir a perda de animais a quase zero. Em parceria com um frigorífico da região, os integrantes da Cooperativa dos Empreendedores Rurais de Cacimba do Silva e Região montaram uma estrutura para confinamento de caprinos e ovinos e uma lavoura de palma, usada na alimentação do rebanho.

A experiência foi sugerida pelo frigorífico Lamm. Os custos da empresa aumentavam na época da seca. As cabras e ovelhas não engordavam e a indústria precisava buscar matéria-prima em outras regiões. Ficava difícil manter o preço que restaurantes e churrascarias de São Paulo pagam pelos cortes.

A palma, que tem muita água na sua composição, é plantada numa área cedida por um dos cooperados. O Lamm custeou a infraestrutura do local, como a instalação de irrigação da plantação, construção do curral, compra de equipamentos e ração, além do pagamento de dois funcionários. Os animais permanecem confinados por 60 dias, prazo médio em que chegam ao peso certo para o abate.

Em 2012, já foram realizados três abates, no total de 161 animais. Na hora do pagamento, o frigorífico desconta os custos do investimento na estrutura, que é dividido entre os cooperados. Cada um paga o equivalente ao número de animais que confinou. “Nessa época de seca, quando o produtor cria animais soltos, a perda é muito grande. No confinamento, a perda praticamente não existe. Além disso, a venda é garantida”, avalia o presidente da cooperativa, Márcio Irivan.

A experiência estimulou o interesse de outros criadores. “A cooperativa tem nove associados, mas passaremos a contar com a parceria de vinte criadores a partir de agora”, conta o diretor do frigorífico Lamm, Marcos Malta. Para receber mais animais, a empresa e os produtores já começaram a ampliar o curral. Os novos animais devem chegar até o fim de março.

A Cooperativa dos Empreendedores Rurais de Cacimba do Silva e Região e o frigorífico Lamm recebem apoio do programa Assistência Gerencial e Tecnológica (Agetec), mantido pelo Sebrae na Bahia e pelo Senar. Para o gestor de projetos do Sebrae no estado, Robério Araújo, “assim como a região já é forte na produção de frutas, também será na produção de carne. O que falta é o ajustamento do sistema de produção e a inserção de iniciativas como essa que sincronizam a produção da caatinga com a contribuição da produção de áreas irrigadas”.

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