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Padaria corta gastos com medidas simples e sustentáveis

Conscientização ambiental é a receita do sucesso de empresa do Recife

A Com.Pão Delicatessen produz diariamente 4 mil lanches (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2012 às 16h00.

Brasília – A paulista Leonor Beatriz Funari, 62 anos, aposentou o giz, o quadro negro e a sala de aula para virar uma bem sucedida empresária do ramo de panificação no Recife (PE).

A mudança de profissão começou como brincadeira do irmão, que morava na capital pernambucana, e foi levada a sério pela professora de geografia. Toda vez que ia visitar o parente, Leonor detestava os pães vendidos e reclamava bastante. “O pão daqui era muito ruim ”, lembra.

Um dia, meu irmão pediu que eu parasse de reclamar e aprendesse a fazer pão. Foi o que Leonor fez. Em 2002, largou a vida de professora em São Paulo para se aventurar no Nordeste.

Tinha R$ 50 mil da rescisão no bolso para colocar a mão na massa. Trouxe na bagagem um padeiro paulista especializado em pães italianos, tendo como carro chefe o ciabatta. Assim nasceu a panificadora Com.Pão Delicatessen, que começou com 8 funcionários e receita de R$ 450. Hoje, a empresa tem 50 empregados e um faturamento mensal de R$ 300 mil.

À época da inauguração, o desperdício estava presente na empresa em grande escala. Água, energia, farinha e ovos consumiam o lucro. Em 2009, Leonor procurou o Sebrae em Pernambuco para aprender a colocar a casa em ordem.

Participou do curso Produção Mais Limpa, para aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, por meio da diminuição ou eliminação de resíduos, ou ainda reciclagem. “O Sebrae foi o passaporte para que eu transformasse minha empresa em um negócio sustentável. Com isso, consegui crescer ao invés de quebrar ”, celebra.


Remanejamento

A partir daí, a empresária adotou medidas simples, mas eficazes, que fizeram a diferença no bolso. Com a troca do freezer por uma câmara fria e a reforma do quadro de luz, conseguiu reduzir em 25% a conta de energia.

Além disso, mostrou aos funcionários a importância de diminuir o gasto com água, resultado comemorado com a queda de 50% do consumo.

Leonor não parou aí. As garrafas PET, o alumínio, o vidro e o papelão são doados para cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Já o lixo é separado e entregue aos criadores de suínos.

A Com.Pão Delicatessen produz diariamente 4 mil lanches e, em média, 150kg de pão francês e 50kg de pão ciabatta. Para dar conta do recado, Leonor abriu uma indústria para ajudar na produção da padaria, que só aumenta.

“Preservar o meio ambiente com medidas simples foi a receita do meu sucesso. Sou muito obstinada e o Sebrae tem papel fundamental na minha história empresarial”, destaca.

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Brasília – A paulista Leonor Beatriz Funari, 62 anos, aposentou o giz, o quadro negro e a sala de aula para virar uma bem sucedida empresária do ramo de panificação no Recife (PE).

A mudança de profissão começou como brincadeira do irmão, que morava na capital pernambucana, e foi levada a sério pela professora de geografia. Toda vez que ia visitar o parente, Leonor detestava os pães vendidos e reclamava bastante. “O pão daqui era muito ruim ”, lembra.

Um dia, meu irmão pediu que eu parasse de reclamar e aprendesse a fazer pão. Foi o que Leonor fez. Em 2002, largou a vida de professora em São Paulo para se aventurar no Nordeste.

Tinha R$ 50 mil da rescisão no bolso para colocar a mão na massa. Trouxe na bagagem um padeiro paulista especializado em pães italianos, tendo como carro chefe o ciabatta. Assim nasceu a panificadora Com.Pão Delicatessen, que começou com 8 funcionários e receita de R$ 450. Hoje, a empresa tem 50 empregados e um faturamento mensal de R$ 300 mil.

À época da inauguração, o desperdício estava presente na empresa em grande escala. Água, energia, farinha e ovos consumiam o lucro. Em 2009, Leonor procurou o Sebrae em Pernambuco para aprender a colocar a casa em ordem.

Participou do curso Produção Mais Limpa, para aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, por meio da diminuição ou eliminação de resíduos, ou ainda reciclagem. “O Sebrae foi o passaporte para que eu transformasse minha empresa em um negócio sustentável. Com isso, consegui crescer ao invés de quebrar ”, celebra.


Remanejamento

A partir daí, a empresária adotou medidas simples, mas eficazes, que fizeram a diferença no bolso. Com a troca do freezer por uma câmara fria e a reforma do quadro de luz, conseguiu reduzir em 25% a conta de energia.

Além disso, mostrou aos funcionários a importância de diminuir o gasto com água, resultado comemorado com a queda de 50% do consumo.

Leonor não parou aí. As garrafas PET, o alumínio, o vidro e o papelão são doados para cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Já o lixo é separado e entregue aos criadores de suínos.

A Com.Pão Delicatessen produz diariamente 4 mil lanches e, em média, 150kg de pão francês e 50kg de pão ciabatta. Para dar conta do recado, Leonor abriu uma indústria para ajudar na produção da padaria, que só aumenta.

“Preservar o meio ambiente com medidas simples foi a receita do meu sucesso. Sou muito obstinada e o Sebrae tem papel fundamental na minha história empresarial”, destaca.

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