São Paulo - A confeitaria Ofner, no mercado há 58 anos, voltou a investir em novas lojas no final do ano passado e pretende manter o ritmo de ao menos duas unidades ao ano até 2015. A mais recente inauguração foi a do Centro Empresarial Berrini, que estraia a atuação da rede nesse tipo de ponto. “Isso é uma coisa que deve acontecer muito em São Paulo ainda”, diz Laury Roman, diretor comercial da marca.

Segundo o executivo, as novas lojas abertas no final do ano passado e as próximas unidades devem contribuir com quase metade do crescimento real de 12% que a marca projeta para esse ano. “Como as lojas foram abertas mais no final do ano, vamos sentir o impacto delas agora”, explica. Apesar de não comentar valores, a empresa afirma que no ano passado o crescimento real foi de 6%.

A rede mantém a estratégia de continuar expandindo aos poucos, em São Paulo e com lojas próprias. “O modelo de franquias não foi adequado para o negócio. Passou a ser um apêndice e a franquia teria que ser o negócio principal”, defende. A próxima abertura deve acontecer no final do mês, no shopping Center Norte. “A gente se concentrou na zona sul mas São Paulo já não tem mais essa divisão. Temos lojas na zona leste e agora na zona norte”, diz.

As novas unidades devem receber investimentos entre R$ 400 mil e R$ 700 mil, de acordo com o tamanho da loja, localização e adaptação do ponto. “Ainda há espaço para 20 ou 30 lojas só em São Paulo”, conta. Hoje, a rede conta com 19 pontos de venda, incluindo quiosques em shoppings.

Roman explica que o bom movimento do Natal dá sinais de que a Páscoa deve ser ainda melhor. “Vamos vender palomas [a versão pascal do panetone] como nunca. Esperamos um crescimento de 15% nesta Páscoa”, afirma. Em dezembro, foram produzidas pela empresa 350 toneladas de panetone em um mercado de 70 mil toneladas.

A fábrica, localizada no bairro do Socorro, região sul da cidade, tem capacidade para a produção de 80 toneladas de produtos, entre chocolates, doces, sorvetes e salgados. Criada em 1952, a rede começou com a imigrante húngara Ana Ofner produzindo doces para os familiares e, hoje, emprega 515 funcionários diretos.