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Oakberry levanta R$ 90 milhões para levar açaí mundo afora

Rede de franquia concluiu a primeira captação desde a fundação; empresa vai investir na fabricação própria de açaí e na ida para novos mercados em 2022

Oakberry: R$ 90 milhões para financiar expansão global (Eduardo Frazão/Exame)
MC

Maria Clara Dias

Publicado em 29 de dezembro de 2021 às 17h50.

Última atualização em 29 de dezembro de 2021 às 18h32.

A rede de franquia Oakberry, que vende açaís em lojas e quiosques, acredita no potencial da fruta brasileira mundo agora. Agora, a empresa acaba de levantar uma quantia milionária para acelerar seus planos de internacionalização. A Oakberry anunciou uma captação de 90 milhões de reais em uma rodada envolvendo dois fundos de investimento (FIPs) com 80 clientes da gestora Kilima Asset e do escritório Monte Bravo.

O cheque vai permitir à Oakberry uma nova ofensiva em terras gringas. Mesmo vendendo uma fruta tipicamente brasileira, grande parte da receita da rede de 500 lojas vem de outros países. Prova disso é que a Oakberry deve encerrar o ano de 2021 faturando 150 milhões de reais no exterior, 20 milhões mais do que no Brasil.

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Fundada em 2016 pelo empreendedor Georgios Frangulis, hoje a rede já atua em mais de 20 países, entre eles Estados Unidos e Austrália — os dois principais mercados internacionais para a marca desde 2018. Com a capitalização, a proposta é ampliar o número de lojas nesses países e também escolher novos locais estratégicos pelo mundo. Dois deles serão México e Reino Unido.

Em linhas gerais, a intenção é inaugurar pelo menos 320 novas unidades no ano que vem, sendo 170 delas fora do Brasil.

Em outra frente, a captação — que é também a primeira feita pela empresa desde a fundação — irá inaugurar uma nova fase industrial na Oakberry. A ideia é substituir um modelo terceirizado de produção do açaí e investir em uma fabricação própria já em 2022, a partir da inauguração de uma fábrica em Manaus.

Ter controle de toda a cadeia de fornecedores e produção deve elevar os ganhos da rede, criando uma nova linha de receita. Em boa medida, os custos reduzidos com a produção proprietária também devem ajudar a baratear os preços pagos pelos franqueados da rede, que até então compravam matéria-prima direto dos fornecedores terceirizados da Oakberry.

"Vamos investir em uma fábrica própria, no Norte do Brasil. De forma a garantir qualidade e preço aos franqueados, que são fundamentais para o negócio”, disse Georgios Frangulis, CEO da Oakberry. “Com a captação, esperamos ganhar ainda mais força no exterior. Com unidades próprias, inclusive, em regiões estratégicas. A estimativa é abrir 170 unidades fora e 150 aqui no Brasil em 2022".

O açaí na pandemia

Com o isolamento social e as intempéries enfrentadas pelo comércio, especialmente o varejo físico, a Oakberry teve de se reinventar. A resposta encontrada por Frangulis foi reverter um faturamento que até então vinha 100% de quiosques em shopping centers para um modelo digital que incentiva o consumo por delivery — responsável por 35% da receita da empresa —, em aplicativos como iFood e Uber Eats.

Em 2022, o relaxamento da quarentena e a vacinação incentivam uma retomada. A regra agora será apostar em um modelo que une físico e digital, no Brasil e fora dele.

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