Invisto e Acate lançam fundo de R$ 100 milhões para investir em startups
O fundo de Florianópolis, com apoio da associação catarinense, está em busca de investidores para poder apoiar 12 empresas de inovação iniciantes
Carolina Ingizza
Publicado em 1 de dezembro de 2020 às 14h10.
Última atualização em 1 de dezembro de 2020 às 16h43.
Depois de encerrar o ciclo de investimento do seu primeiro fundo de 45 milhões de reais, a gestora Invisto, de Florianópolis, esta constituindo um novo fundo com o apoio da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia). O objetivo é investir 100 milhões de reais em 12 startups iniciantes.
A Invisto foi fundada no começo de 2020 a partir da fusão das empresas Bzplan e da unidade de venture capital da FIR Capital. Liderada por Marcelo Wolowski, a gestora tem como foco alavancar investimentos em empresas com foco em tecnologia e inovação. No seu primeiro fundo, oito startups receberam investimento, entre elas a Gofind, a HeroSpark e a MobLee.
Segundo Wolowski, a aproximação com a Acate foi natural e pode ajudar a trazer investidores entre os seus mais de 1.400 associados. “A Acate é hoje uma das principais referências em empreendedorismo, inovação e fomento ao crescimento de startups e scale ups. Essa combinação de esforços é essencial para ajudar a impulsionar os negócios e apoiar o ecossistema de empresas tecnológicas de Santa Catarina ”, afirma.
Apesar de estar focado em estimular negócios na região Sul do país, o novo fundo da Invisto não será exclusivo para empresas da região. O objetivo é oferecer o primeiro investimento externo das startups, com cheques que variam de 2 a 5 milhões de reais. A gestora não busca empresas de terminados setores, mas dá preferência por negócios B2B, que têm como clientes outras empresas.
“Vemos muitos fundos hoje com cheques que cobrem de 500.000 a 1 milhão de reais, e outros que cobrem séries A, com valores entre 10 a 15 milhões. A nossa visão é a de que existe um espaço para seed justamente no valor entre 2 a 5 milhões de reais”, afirma o sócio-diretor.
Dos 100 milhões, a Invisto espera alocar 36 milhões em aportes iniciais em 12 empresas. O resto do capital será usado para reinvestir nas startups do portfólio que estiverem crescendo. “Sentimos falta de ter essa margem no primeiro fundo. As empresas precisaram ir ao mercado captar com outros fundos para crescer”, diz Wolowski.
O objetivo da Invisto é começar a investir já em março. “Queremos trazer bons empreendedores, com tecnologias diferenciadas, e ajudá-los com a nossa experiência”, afirma Wolowski.