Grupo traz franquia norte-americana de ‘Subway da pizza’ ao Brasil
Fundada em 2012 na Califórnia, a Pizza Studio tem hoje 42 unidades, em quatro países, e espera faturar 56 milhões de dólares em 2018
Mariana Desidério
Publicado em 4 de novembro de 2018 às 06h00.
Última atualização em 4 de novembro de 2018 às 06h00.
São Paulo - Escolher o sabor do pão, o recheio, molhos e temperos. Todo mundo sabe como funciona um pedido no Subway , fast food com maior número de restaurantes no mundo. A proposta da Pizza Studio é semelhante, mas em vez de lanches de metro, o cliente monta uma pizza.
A rede de franquias norte-americana chegou ao Brasil no meio do ano pelas mãos do Grupo Drumattos, dono das redes Camarão e Cia e Camarada Camarão. Fundada em 2012 na Califórnia, a Pizza Studio tem hoje 42 unidades, em quatro países, e espera faturar 56 milhões de dólares em 2018. A marca cresce cerca de 25% ao ano.
Apesar de copiar o modelo faça você mesmo do Subway, a Pizza Studio diz que investe em ingredientes de melhor qualidade para não cair na vala comum do fast food. “Nosso molho de tomate é importado e temos receitas exclusivas”, afirma o empreendedor. O resultado é um produto com preço entre 20 e 30 reais – a pizza é individual.
A Pizza Studio se coloca no segmento do fast casual, espécie de meio termo entre o fast food e o chamado casual dinning, onde se posicionam os restaurantes tradicionais. “As pessoas estão mais preocupadas em comer melhor, tanto é que as cadeias de fast food estão buscando produtos de melhor qualidade. Do outro lado, os restaurantes de casual dinning muitas vezes são caros para o bolso, especialmente em meio à crise. Por isso, a tendência do fast casual, que fica no meio do caminho, tem crescido”, afirma Raphael Mattos, CEO da Pizza Studio no Brasil.
No cardápio, o cliente da Pizza Studio pode ser tradicional, ou arriscar um pouco mais. Há opções de massa tradicional, de ervas finas e apimentada. Nos molhos, há a opção de tomate para os conservadores, e barbecue para os ousados. E nos recheios, a abobrinha e o peperoni dividem espaço com batata, almôndega e até abacaxi. A pizza fica pronta em três minutos.
Uma curiosidade: nos Estados Unidos, o costume é comer a pizza com a mão. Mas o brasileiro está acostumado a usar talheres. A solução para abrasileirar o modelo foi distribuir luvas aos clientes. Mattos garante que a aceitação da solução tem sido boa.
O risco do negócio é ser apenas mais um restaurante na praça de alimentação. Em São Paulo, uma concorrente semelhante, a Pizza Makers, já tem nove lojas com a proposta de faça a sua pizza. Mattos se mostra confiante e aposta na vantagem de poder aproveitar a experiência da marca dos Estados Unidos. “Optamos por trazer uma marca de fora pelo conceito que eles têm, pela experiência em processos e por podermos aproveitar o know how que eles acumularam”, afirma. Até agora, o grupo investiu 1,6 milhões de reais para implantar a Pizza Studio no Brasil.
A rede tem hoje duas lojas abertas em Recife. A primeira loja, operada pelo Grupo Drumattos, abriu em agosto. No mês seguinte, a segunda loja, franqueada, já estava operando. A velocidade na abertura da franqueada é motivo de alerta, uma vez que o modelo teve pouco tempo para ser testado no Brasil. Mattos explica que o primeiro franqueado já atuava com outras marcas do grupo e se interessou pelo negócio.
A próxima unidade será aberta em um posto de gasolina em Goiânia, e vai operar 24 horas, com o objetivo de conquistar o público da madrugada aos finais de semana. Mas o foco principal da rede são as praças de alimentação e lojas de rua. A meta é chegar ao final de 2019 com 20 lojas.
Quem tiver interesse em abrir uma unidade deve estar preparado para desembolsar 350 mil reais, sendo 60 mil reais de taxa de franquia. O faturamento esperado de uma unidade é de 130 mil reais e a lucratividade é de 15%. O prazo de retorno do investimento é de 24 a 36 meses.