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Financiamento colaborativo ajuda a tirar negócios do papel

Especialista explica como as redes de relacionamento podem viabilizar projetos no Brasil

O objetivo do financiamento colaborativo é que o projeto apoiado mobilize redes de amigos e colaboradores para viabilizar o negócio (Germano Luders)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 15h53.

São Paulo - Manter a mente aberta é fundamental quando o assunto é crowdfunding. Isso porque o conceito de financiamento colaborativo é novo no país e desconhecido para a maioria dos empreendedores .

Uma das pioneiras no Brasil é a empresa Catarse, inspirada na Kickstarter, referência em crowdfunding no mundo. O modelo segue o pensamento de negócios colaborativos, conectados às mídias sociais e que promovem mudanças na sociedade. “Queremos mostrar que com pouco dinheiro é possível apoiar boas ideias”, disse Luiz Otavio Ribeiro, um dos fundadores da Catarse. Ele apresentou uma palestra nesta quinta-feira, no espaço Like a Boss, do Sebrae, na Campus Party.

O objetivo do financiamento colaborativo é que o projeto apoiado mobilize redes de amigos e colaboradores para viabilizar o negócio. As pessoas, diz Ribeiro, podem contribuir com R$ 10, R$ 20, R$ 1 mil, sem limite de contribuição. Não é um investimento, mas sim um “mecenato virtual”, segundo o empresário. O foco da Cartase são projetos criativos de diversas áreas da economia e cultura, como teatro, música, jornalismo, tecnologia, design, entre outros.

O empreendedor interessado tem 60 dias para alcançar a meta de investimento definido no projeto - caso consiga, 12% fica com a Catarse e, se não atingir 100% do estipulado, os colaboradores recebem o dinheiro de volta em forma de crédito. “Nós temos uma curadoria que aprova os projetos. Não queremos apenas boas ideias, mas projetos que indiquem um resultado final. Por isso, os colaboradores não financiam capital de giro ou projetos de cunho filantrópico. Os projetos precisam provar que serão sustentáveis”.

Criada há um ano, a Catarse já cadastrou 50 mil usuários, tem 16 mil apoiadores diferentes e teve um total de 20 mil contribuições. A taxa de aprovação dos projetos chega a 51% e mais de R$ 1,5 milhão foram investidos nos 154 projetos aprovados em um ano. “Mais do que uma empresa de financiamento colaborativo, queremos ser a melhor plataforma do mundo de crowdfunding. Por isso, abrimos o código da plataforma para quem quiser usar. Já há seis plataformas no mundo que usam o código da Cartase”.

Como exemplo da importância do financiamento colaborativo para a sociedade, Ribeiro citou uma empresa de Porto Alegre que decidiu colocar adesivos nos pontos de ônibus da cidade, com informações sobre as linhas que passam naquela estação. Eles conseguiram arrecadar R$ 1.500 para o projeto, embora tenham pedido apenas R$ 500, e foram contratados pela prefeitura municipal. A empresária Eliane Duarte participou da palestra na Campus Party e disse ter interesse no crowdfunding. Ela está formatando com o marido um projeto e quer conseguir financiamento utilizando as redes de relacionamento do casal.

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São Paulo - Manter a mente aberta é fundamental quando o assunto é crowdfunding. Isso porque o conceito de financiamento colaborativo é novo no país e desconhecido para a maioria dos empreendedores .

Uma das pioneiras no Brasil é a empresa Catarse, inspirada na Kickstarter, referência em crowdfunding no mundo. O modelo segue o pensamento de negócios colaborativos, conectados às mídias sociais e que promovem mudanças na sociedade. “Queremos mostrar que com pouco dinheiro é possível apoiar boas ideias”, disse Luiz Otavio Ribeiro, um dos fundadores da Catarse. Ele apresentou uma palestra nesta quinta-feira, no espaço Like a Boss, do Sebrae, na Campus Party.

O objetivo do financiamento colaborativo é que o projeto apoiado mobilize redes de amigos e colaboradores para viabilizar o negócio. As pessoas, diz Ribeiro, podem contribuir com R$ 10, R$ 20, R$ 1 mil, sem limite de contribuição. Não é um investimento, mas sim um “mecenato virtual”, segundo o empresário. O foco da Cartase são projetos criativos de diversas áreas da economia e cultura, como teatro, música, jornalismo, tecnologia, design, entre outros.

O empreendedor interessado tem 60 dias para alcançar a meta de investimento definido no projeto - caso consiga, 12% fica com a Catarse e, se não atingir 100% do estipulado, os colaboradores recebem o dinheiro de volta em forma de crédito. “Nós temos uma curadoria que aprova os projetos. Não queremos apenas boas ideias, mas projetos que indiquem um resultado final. Por isso, os colaboradores não financiam capital de giro ou projetos de cunho filantrópico. Os projetos precisam provar que serão sustentáveis”.

Criada há um ano, a Catarse já cadastrou 50 mil usuários, tem 16 mil apoiadores diferentes e teve um total de 20 mil contribuições. A taxa de aprovação dos projetos chega a 51% e mais de R$ 1,5 milhão foram investidos nos 154 projetos aprovados em um ano. “Mais do que uma empresa de financiamento colaborativo, queremos ser a melhor plataforma do mundo de crowdfunding. Por isso, abrimos o código da plataforma para quem quiser usar. Já há seis plataformas no mundo que usam o código da Cartase”.

Como exemplo da importância do financiamento colaborativo para a sociedade, Ribeiro citou uma empresa de Porto Alegre que decidiu colocar adesivos nos pontos de ônibus da cidade, com informações sobre as linhas que passam naquela estação. Eles conseguiram arrecadar R$ 1.500 para o projeto, embora tenham pedido apenas R$ 500, e foram contratados pela prefeitura municipal. A empresária Eliane Duarte participou da palestra na Campus Party e disse ter interesse no crowdfunding. Ela está formatando com o marido um projeto e quer conseguir financiamento utilizando as redes de relacionamento do casal.

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