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Faturamento das MPEs cai em agosto, diz Sebrae-SP

Bruno Caetano, diretor-superintendente da entidade, explicou que isso se deve a uma piora no desempenho da economia brasileira


	Dinheiro: receita real das MPEs recuou 8,9% em agosto, na comparação anual
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Dinheiro: receita real das MPEs recuou 8,9% em agosto, na comparação anual (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2014 às 15h40.

São Paulo - O faturamento das micro e pequenas empresas (MPEs) do estado de São Paulo caiu em agosto, acumulando o sexto recuo consecutivo neste ano, segundo dados apresentados pela Sebrae-SP.

Bruno Caetano, diretor-superintendente da entidade, explicou que isso se deve a uma piora no desempenho da economia brasileira.

A receita real das MPEs recuou 8,9% em agosto, na comparação anual. A piora ocorreu em todos os setores. O faturamento caiu 3,5% na indústria, 16,6% no comércio e 1,6% em serviços.

Em nota, Caetano explicou que as micro e pequenas empresas dependem fortemente do mercado interno, que por sua vez sofre com inflação relativamente alta, juros mais elevados e limitações na concessão de crédito.

"As consequências aparecem no caixa dos pequenos negócios, já que o consumidor fica mais cauteloso na hora de ir às compras", escreveu.

A receita total dessas empresas somou R$ 47,4 bilhões em agosto, segundo números que já desconsideram a inflação. Em agosto do ano passado o volume era R$ 4,6 bilhões maior.

Em julho deste ano o faturamento foi R$ 1,7 bilhão menor, mas a comparação fica comprometida porque o mês de julho teve menos dias úteis por causa da Copa do Mundo.

Entre janeiro e agosto, a receita real das MPEs está 1,2% menor na comparação com o mesmo período do ano passado.

Esse é o primeiro resultado negativo neste ano no acumulado de 2014. Já o pessoal ocupado nas MPEs no estado de São Paulo subiu 0,2% nesta mesma base de comparação, embora o rendimento real tenha apresentado queda de 0,2%.

A parcela de donos de micro e pequenas empresas que esperam apenas manter o faturamento dos negócios nos seis meses seguintes aumentou, passando de 49% em setembro de 2013 para 56% em setembro deste ano.

Os que acreditavam em melhora caíram de 32% para 28%, e os que esperavam piora subiram de 6% para 9%.

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