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Empreendedor mineiro desenvolve mini-carro versátil

Veículo permite 12 adaptações para o transporte de passageiros, cargas e funções diversas

Equipamento pode ser adaptado para diversos setores como o aéreo, de mineração, agropecuária, serviços urbanos e condomínios (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2012 às 09h24.

Belo Horizonte - Com apenas 2,8 metros de comprimento, o mini-carro criado pelo mineiro Montovani Garcia e chamado de Mamute pode carregar até três vezes mais peso que uma caminhonete comum. O veículo custa R$ 50 mil, consome 1,8 litros de diesel por hora de serviço e está na etapa inicial de produção.

De acordo com Garcia, proprietário do grupo Price, o equipamento pode ser adaptado para diversos setores como o aéreo, de mineração, agropecuária, serviços urbanos e condomínios. O modelo tem como opcionais bancos revestidos, freio a disco nas quatro rodas e até ar condicionado. "Ele também tem condições de puxar um avião King Air", enfatiza Garcia.

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A ideia do carro surgiu há três anos, depois que o empresário presenciou uma cena constrangedora no aeroporto. Um casal teve dificuldades de subir as escadas de acesso ao avião por conta do excesso de peso. Pensando em resolver problemas como esse, Garcia criou o protótipo da plataforma do mini-carro, semelhante aos que carregam as malas até as aeronaves. Com adaptação de uma espécie de esteira rolante, os passageiros idosos, obesos e com alguma deficiência física poderiam ser transportados facilmente até o avião.

Não satisfeito, Garcia teve outras ideias que poderiam ser adaptadas à invenção. Hoje são 12 modelos com funções diferentes, dentre elas, transporte de carga, bagagem e serviços aeroportuários, com a opção de cabine dupla. Com adaptação de tanques para aspersão de líquidos como água e fertilizantes, poderia ser usado no abastecimento de aeronaves ou mesmo para coleta de dejetos do processo de higienização de toaletes das aeronaves e de banheiros químicos. Também pode ser adaptado para varrer ruas, vielas e becos estreitos e de difícil acesso e para ajudar no socorro de equipamentos e veículos com falta de bateria.

"Tudo começa com um carro base e a partir daí fazemos as adaptações de acordo com a necessidade do cliente. O projeto passa por um estudo de viabilidade e é produzido mediante a demanda", conta o inventor, que participou de uma rodada de negócios promovida pelo Sebrae em Minas Gerais em agosto.

No encontro, que reuniu 610 fornecedores de micro e pequenas empresas mineiras e mais de 100 grandes compradores nacionais e internacionais, uma empresa de aviação se interessou pelo produto. "A rodada foi uma boa oportunidade para negociar diretamente com possíveis compradores. A expectativa de negócios foi de aproximadamente R$ 1 milhão, mas ainda temos que aguardar a análise da proposta. Enquanto isso, já recebemos uma encomenda de 29 carros para outra empresa do setor", diz Garcia.

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