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Depois de patinete, Rappi passa a oferecer táxis em seu aplicativo

Em parceria com a Wappa, startup colombiana entra no competitivo nicho de transporte para consolidar sua estratégia de ser um “superaplicativo”

Rappi: São Paulo é a primeira cidade em que a startup testa o serviço de mobilidade urbana com carros (Rappi/Divulgação)

Rappi: São Paulo é a primeira cidade em que a startup testa o serviço de mobilidade urbana com carros (Rappi/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 17 de dezembro de 2019 às 08h00.

Última atualização em 18 de dezembro de 2019 às 15h50.

A startup colombiana Rappi lança nesta terça-feira, 17, uma nova funcionalidade em seu aplicativo: o serviço de transporte de passageiros. Além das já conhecidas entregas de produtos de supermercado, comida, farmácia e pet shop, a companhia irá oferecer a seus clientes, por meio de uma parceria com a empresa brasileira Wappa, o serviço de táxi e, no futuro próximo, o de transporte em carros particulares.

A entrada nesse mercado, disputado por empresas como Uber, 99 e Cabify, é motivada pelo desejo da companhia de se consolidar como um superaplicativo na América Latina. Fernando Vilela, diretor de crescimento e marketing da Rappi no Brasil, explica que o objetivo da startup com a parceria é oferecer uma nova opção para o usuário do aplicativo.

A longo prazo, a companhia quer dominar os dois segmentos de compra que possuem maior possibilidade de recorrência, alimentação e transporte. “Queremos facilitar a vida do usuário concentrando os serviços em um único aplicativo, para que ele concentre as atividades em um lugar só e simplifique sua fatura do cartão de crédito.”

Operação em parceria

A Wappa, parceira da colombiana para esse serviço, foi fundada há 18 anos por Armindo Mota. O empreendedor deixou sua carreira no mercado financeiro para criar uma empresa de gestão de transporte de grandes companhias.

A Wappa opera com taxistas regularizados e, desde 2018, possui também frota de carros particulares nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba para o atendimento ao mercado corporativo e ao público geral. Hoje, a empresa está presente em 1.500 cidades no Brasil, tem mais de 200.000 motoristas cadastrados na plataforma e cresce 35% ao ano.

Nesse primeiro momento de parceria com a Rappi, os táxis serão oferecidos somente na cidade de São Paulo. “Vamos entender primeiro a demanda, arrumar eventuais problemas, para depois entrar em outras capitais onde a Rappi opera”, diz Armindo Mota, fundador e presidente da Wappa.

A empresa planeja estar em todas as demais cidades em que a Rappi atua dentro de três meses, incluindo com seu serviço de transporte por carro particular, no modelo da Uber. “Essa parceria tem potencial para dobrar a quantidade de corridas que a Wappa faz mensalmente”, diz Mota.

Apesar de a Wappa cuidar de toda a logística do transporte, o usuário não precisará deixar o aplicativo da Rappi. O botão para pedir táxi foi incluído na plataforma, assim como foi feito com o de aluguel de patinetes. A ideia é oferecer praticidade para o usuário habituado a utilizar o app, mas o preço da corrida será o do taxímetro.

Conquistar o cliente

São Paulo é a primeira cidade em que a Rappi testa o serviço de mobilidade urbana com carros. Nos outros sete países em que atua, há apenas uma parceria com a Grow para que o cliente possa alugar patinetes elétricos por meio do aplicativo. “Começamos por São Paulo porque o Brasil é um país prioritário para a companhia, tentamos solucionar os desafios do mercado brasileiro”, diz Vilela.

O desafio agora é comunicar para o usuário como funciona o novo serviço que está sendo disponibilizado e fazer os ajustes necessários para atender a demanda. “Precisamos entender a resposta do usuário para melhorar o serviço em tempo recorde, garantindo a qualidade”, explica o diretor de crescimento da Rappi.

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