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Como o franqueamento americano é diferente do brasileiro

Especialista ressalta diferenças entre ter uma franquia nos Estados Unidos e ter uma franquia em território nacional


	Empreendedora em seu negócio: EUA continuam sendo o maior exportador mundial de franquias
 (Thinkstock)

Empreendedora em seu negócio: EUA continuam sendo o maior exportador mundial de franquias (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 12h32.

O mercado americano x o brasileiro
Respondido por Lyana Bittencourt, especialista em franquias

O franchising teve o seu grande desenvolvimento nos EUA, hoje um mercado maduro que pode ser comprovado analisando-se o ranking das dez maiores franquias do mundo, no qual a maioria são empresas americanas.

Top 10 Global Franchises - Rankings

Posição Nome da franquia País de origem
1 Subway Estados Unidos
2 McDonald's Estados Unidos
3 KFC Estados Unidos
4 Burger King Estados Unidos
5 7 Evelen Estados Unidos
6 Hertz Estados Unidos
7 Pizza Hut Estados Unidos
8 ace Hardware Corporation Estados Unidos
9 Wyndham Hotels and Resorts Estados Unidos
10 Groupe Casino França

Fonte: Franchise Direct

Os EUA continuam sendo, de longe, o maior exportador mundial de franquias. Se compararmos o número de franqueadores de outros países que entram nos EUA, ainda temos um número pequeno em comparação com as centenas de novos conceitos de franquia criados naquele país.

Por estar entre os maiores mercados consumidores do mundo, nos EUA praticamente qualquer indústria pode utilizar o sistema de franquias para expansão de seus negócios.

Uma grande vantagem do franchising americano para potenciais franqueados é o fato de que se pode abrir o negócio com recursos de instituições financeiras, além de conseguir pagar o financiamento com o próprio resultado do negócio. No Brasil é muito diferente: as taxas de juros do financiamento inviabilizam o resultado das franquias.

Os pequenos e médios empreendedores brasileiros precisam de recursos próprios para abrir um negócio, muitas vezes oriundos de muitos anos de economias que são fruto do seu trabalho, ou com ajuda de amigos e familiares, ou até mesmo abrindo a operação com um ou mais sócios. 

A velocidade com que os franqueadores americanos incorporam tecnologias em seus negócios é muito maior do que no Brasil, e isso é cultural. As empresas implantam seus projetos de expansão com franquias melhor estruturadas, em especial no quesito tecnologia e capacitação.

Também é um aspecto cultural o fato de que os franqueados americanos são mais suscetíveis a seguirem regras, o que para o franchising é muito bom. Com isso, a tendência é de existir menos conflitos além da manutenção do padrão do negócio - esse aspecto é o que mais sofre quando temos indisciplina na rede.

Já no aspecto da legislação aplicada ao franchising, a americana tem características peculiares, lá cada estado tem sua legislação, o que gera a necessidade da empresa franqueadora adaptar seus contratos para cada novo estado que vai entrar - o que exige também uma gestão de contrato muito mais cuidadosa. Diferente do Brasil, em que temos uma única lei que torna a gestão dos contratos mais simples.

Apesar de termos nos inspirando na legislação e no franchising americano, podemos dizer que o Brasil tem uma situação mais confortável, pelo menos neste quesito.

Lyana Bittencourt é especialista em franchising e diretora de Marketing e Desenvolvimento do Grupo Bittencourt.

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