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Como encontrar uma boa ideia de negócio

Veja dicas para fazer a escolha certa e ver seu empreendimento prosperar

Lâmpadas e ideia (Dreamstime.com)

Lâmpadas e ideia (Dreamstime.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 05h00.

São Paulo – Uma ideia pode parecer excelente na cabeça do empreendedor. A confirmação, no entanto, só vem quando ela sai do papel. Este é o processo mais difícil de quem quer abrir um negócio. É preciso provar que a oportunidade é mesmo viável.

Especialista em startups e fundador da Aceleradora, Yuri Gitahy diz que o primeiro passo é descobrir se você tem um perfil empreendedor e, então, partir para o projeto. Fazer cursos juda a analisar se aquela ideia pode mesmo virar negócio um dia.

Para o consultor do Sebrae-SP, Jorge Pereira, conhecer melhor os processos do negócio, daquilo que fica atrás do balcão e que o cliente não vê. Confira a seguir dicas de como identificar e encontrar uma boa ideia de negócio.

1. Busque um mercado

Ter demanda é a premissa básica de quem empreende, seja uma startup de alta tecnologia ou um comércio. Para encontrar uma oportunidade, é preciso saber o que as pessoas precisam e procuram. Procure conhecer os mercados fornecedor, concorrente e consumidor. “Tem que trocar ideias, sair e ver o que falta”, diz Pereira.

2. Converse muito

Guardar para si uma ideia não é a melhor decisão. O melhor é compartilhar o projeto com as pessoas certas e ouvir a opinião delas para saber como aperfeiçoá-lo. Gitahy comenta que é difícil que alguém copie sua ideia apenas ouvindo o projeto. “O segredo para reduzir essa chance a zero é convencer qualquer um de que você é a melhor pessoa para executar o projeto”.


Comece a falar sobre seu projeto com pessoas mais próximas e de confiança, como familiares e amigos. Embora eles não sejam tão críticos, isso te ajudará a praticar a apresentação. Siga para conhecidos e experientes no mercado relacionado à ideia, como um ex-chefe. Eles te darão sugestões de como aprimorá-la.

Depois de pesquisar bem, fale com algumas pessoas que topem fazer parte do seu negócio. O nível de interesse delas servirá de indicador para saber se a ideia tem chances. Já com a prática da apresentação, participe de um meetup. O especialista em startups comenta que, se o projeto continuar viável, inscreva-se para participar de sessões de open pitch para apresentá-lo. “Se seu trabalho estiver bem feito, um investidor irá procurá-lo por conta própria para saber mais”, diz Gitahy.

3. Afinidade não é tudo

Afinidade não é o fator principal na hora de escolher seu negócio, mas ajuda na hora de pesquisar e se aprofundar no assunto. Segundo o consultor do Sebrae/SP, quem abre um negócio que gosta costuma ter mais sucesso do que quem só busca retorno financeiro.

4. Pesquise no mundo

Conhecer diferentes mercados e países traz a informação de que a mesma ideia já existe de alguma forma em outro lugar, o que faz com que o seu negócio seja um concorrente atrasado, segundo Gitahy.


Uma característica importante em boas ideias é como ela vai gerar valor. Criar uma inovação ajuda a se destacar da concorrência e abrir mercados, mas pode também aumentar os custos. Por isso, às vezes, compensa aproveitar um modelo de sucesso lá fora e adaptar à realidade local. “Você não tem como saber exatamente que sua ideia é uma inovação até que você consiga colocá-la em prática e testar seus resultados”, alerta Gitahy.

5. É viável e escalável?

Mais do que inspirador, seu negócio deve ser é viável e escalável. A viabilidade do processo de produção, custos e receita devem estar no plano de negócios.

Já a ideia de ser escalável depende do equilíbrio de produção e demanda. É importante estabelecer o limite financeiro e operacional para cada etapa. Mesmo com tais limites, o negócio não deixa de ser escalável, apenas requer um período para aumentar o capital de giro e fazer novos investimentos.

6. Administre o tempo

Quando a ideia for amadurecida e o plano de negócios estiver pronto, o tempo se torna um fator importante. “Em startups, o tempo é crucial e cada dia conta para chegar a um produto que gere receita. Isso acontece porque durante a procura de uma inovação é importante ter algo que sustente os custos da empresa sem fugir demais da proposição inicial”, comenta Gitahy.

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