Cerveja artesanal vira negócio lucrativo
Catarinenses investem em sabor diferenciado da bebida para conquistar mercado no Brasil e exterior
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.
Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 15h06.
Brasília - A empresa nasceu do sonho de juntar o agradável ao rentável. Apaixonado por cerveja, o catarinense Juliano Mendes se juntou ao pai, Jarbas, e ao irmão, Bruno, para criar a própria bebida.
De 1997 a 2002, a família viajou por diversos países e visitou mais de 50 cervejarias ao redor do mundo com o intuito de conhecer melhor o produto. Ao voltarem ao Brasil, decidiram criar uma cerveja artesanal, que em 2002 passou a ser desenvolvida por um mestre cervejeiro com mais de 30 anos de experiência trazido da Alemanha.
A Eisenbahn , que começou pequena e familiar, cresceu. Nos últimos oito anos, a família lançou 14 cervejas e chopes com a marca, recebeu inúmeros prêmios e homenagens internacionais. Em 2008, a grife foi comprada pelo segundo maior fabricante de cervejas do Brasil.
A Eisenbahn é um dos exemplos de empresas que começaram pequenas e despontaram no mercado. Juliano, um dos fundadores, reconhece que o voo tão alto surpreendeu até mesmo os criadores.
"Na época, praticamente não existia um mercado de cervejas premium no Brasil. Não imaginávamos chegar tão longe, fornecendo para todo o País e para os Estados Unidos e ainda ganhando tantos prêmios internacionais", afirma o empreendedor, que hoje é consultor de cervejas especiais do Grupo Schincariol.
<hr> <p class="pagina"><strong>Harmonização das cervejas</strong><br>Um dos motivos para o sucesso, na opinião do gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae (UAI), Enio Pinto, é a paixão que a família tinha pelo negócio. "É preciso afinidade com a área em que se vai atuar.</p>
O dinamismo dos pequenos negócios é muito grande. Se não há afinidade, o empreendedor não se mantém atualizado das novidades do mercado e nem acompanha as tendências", afirma.
O diferencial da cerveja, na opinião de Juliano, é o fato de ela ser voltada ao público apreciador da alta gastronomia e que tem prazer em degustar a bebida. A escolha do gosto, segundo ele, é feita com o objetivo de harmonizar a cerveja com pratos bem elaborados.
"Queremos contribuir para uma experiência gastronômica mais rica. Nunca nos preocupamos em tropicalizar as receitas. Seguimos a tradição e produzimos produtos fiéis aos estilos criados na Europa centenas de anos antes", afirma.
Para atingir o objetivo, o grupo se preocupou em disseminar a cultura cervejeira no Brasil por meio de palestras, degustações e concursos entre produtores artesanais.
Atualmente, a função de dar continuidade às metas da marca é do Grupo Schincariol. Em 2010 será lançada mais uma cerveja com a grife Eisenbahn: a São Sebá, vencedora da 3ª edição do Concurso Mestre Cervejeiro.
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