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A crise de 2008 foi uma bênção, diz Elie Horn, da Cyrela

Para o empresário, o mercado estava descontrolado e a crise mostrou a importância de crescer de forma sólida

O empresário Elie Horn durante a CEO Summit: “sou super workaholic, graças a Deus" (Endeavor/Denis Ribeiro)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 13h27.

São Paulo – Um pouco tímido e teimando em afastar o microfone da boca, o empresário Elie Horn arrancou gargalhadas e aplausos dos empreendedores que assistiram seu painel no CEO Summit, em São Paulo.

Em conversa com a jornalista Cris Correa, Horn, que costuma ser avesso a entrevistas, falou com franqueza sobre negócios, empreendedorismo e religião.

Horn chegou ao Brasil aos 10 anos, vindo da Síria, e começou vendendo produtos de porta em porta. Ainda jovem, entrou no mercado imobiliário comprando e revendendo apartamentos e, mais tarde, terrenos.

“Começamos com uma torre, fomos crescendo pouco a pouco, até o IPO em 2005. Fizemos outros IPOs em 2006 e 2009. O dinheiro jorrava abundante”, diz.

Conhecido por ser workaholic, a ponto de marcar reuniões aos domingos pela manhã, hoje o empresário é presidente do conselho da Cyrela , figura na lista de bilionários brasileiros e pretende doar 60% da sua fortuna.

“Sou super workaholic, graças a Deus. Eu vou morrer trabalhando e produzindo. A aposentadoria é uma covardia em relação a sociedade. Se você tem algo a dar, não pode ir a um resort jogar golf, sem retribuir”, conta.

Ao contrário de outros empresários que sentem calafrios ao falar de crise, Horn acredita que ela ajuda o mercado. “A crise de 2008 veio e foi uma bênção e a gente viu que o mundo não era só crescer, que tinha que se consolidar. A gente levou algumas pancadas por uns dois ou três anos, mas a gente não quer mais ter um boom. É muito negativo ter muito dinheiro quando você nunca teve dinheiro. O mercado de construção perdeu o controle, havia questão de preço, de mão de obra. Hoje é mais calmo, mais sólido. Acho melhor trabalhar em época de calma do que de boom”, afirma.

Perguntado sobre as expectativas para 2015, Horn se mostra tranquilo. “Temos cash flow que nos permite sobreviver por quatro anos. 2015 vai ser difícil, mas graças a Deus faz parte da vida”, diz.

Hoje, dois dos seus três filhos dividem a presidência da empresa, mas Horn continua participando ativamente das atividades, inclusive visitando pessoalmente todos os prédios prontos antes da entrega como sempre fez.

“O que mudou é que agora visito os terrenos depois de comprados e não antes. Trabalho uma hora a menos por dia, faço mais esportes e mais contatos filantrópicos”, diz.

Para o empresário, fazer o bem é sua missão na vida. “Eu queria que no meu túmulo se escrevesse ‘esse homem tentou fazer o bem’. É mais dignificante do que ganhar dinheiro. O bem é fundamental para o homem. Faça o bem”, aconselha.

Se a ideia é ficar rico, Horn também tem um conselho: “para você ganhar dinheiro, trabalhe muito e gaste pouco”.

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São Paulo – Um pouco tímido e teimando em afastar o microfone da boca, o empresário Elie Horn arrancou gargalhadas e aplausos dos empreendedores que assistiram seu painel no CEO Summit, em São Paulo.

Em conversa com a jornalista Cris Correa, Horn, que costuma ser avesso a entrevistas, falou com franqueza sobre negócios, empreendedorismo e religião.

Horn chegou ao Brasil aos 10 anos, vindo da Síria, e começou vendendo produtos de porta em porta. Ainda jovem, entrou no mercado imobiliário comprando e revendendo apartamentos e, mais tarde, terrenos.

“Começamos com uma torre, fomos crescendo pouco a pouco, até o IPO em 2005. Fizemos outros IPOs em 2006 e 2009. O dinheiro jorrava abundante”, diz.

Conhecido por ser workaholic, a ponto de marcar reuniões aos domingos pela manhã, hoje o empresário é presidente do conselho da Cyrela , figura na lista de bilionários brasileiros e pretende doar 60% da sua fortuna.

“Sou super workaholic, graças a Deus. Eu vou morrer trabalhando e produzindo. A aposentadoria é uma covardia em relação a sociedade. Se você tem algo a dar, não pode ir a um resort jogar golf, sem retribuir”, conta.

Ao contrário de outros empresários que sentem calafrios ao falar de crise, Horn acredita que ela ajuda o mercado. “A crise de 2008 veio e foi uma bênção e a gente viu que o mundo não era só crescer, que tinha que se consolidar. A gente levou algumas pancadas por uns dois ou três anos, mas a gente não quer mais ter um boom. É muito negativo ter muito dinheiro quando você nunca teve dinheiro. O mercado de construção perdeu o controle, havia questão de preço, de mão de obra. Hoje é mais calmo, mais sólido. Acho melhor trabalhar em época de calma do que de boom”, afirma.

Perguntado sobre as expectativas para 2015, Horn se mostra tranquilo. “Temos cash flow que nos permite sobreviver por quatro anos. 2015 vai ser difícil, mas graças a Deus faz parte da vida”, diz.

Hoje, dois dos seus três filhos dividem a presidência da empresa, mas Horn continua participando ativamente das atividades, inclusive visitando pessoalmente todos os prédios prontos antes da entrega como sempre fez.

“O que mudou é que agora visito os terrenos depois de comprados e não antes. Trabalho uma hora a menos por dia, faço mais esportes e mais contatos filantrópicos”, diz.

Para o empresário, fazer o bem é sua missão na vida. “Eu queria que no meu túmulo se escrevesse ‘esse homem tentou fazer o bem’. É mais dignificante do que ganhar dinheiro. O bem é fundamental para o homem. Faça o bem”, aconselha.

Se a ideia é ficar rico, Horn também tem um conselho: “para você ganhar dinheiro, trabalhe muito e gaste pouco”.

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