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6 opções para driblar a falta de ponto comercial

Com altos preços e disputa acirrada, empresas procuram alternativas ao tradicional ponto comercial

Loja do Starbucks em conteiners (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2012 às 06h00.

São Paulo - Quando se pensa em ponto comercial é mais fácil lembrar de dificuldades do que de soluções. A combinação da escassa disponibilidade com os altos valores praticados nos últimos tempos tem obrigado, especialmente pequenos empreendedores com menos capital inicial, a apostar em alternativas até então impensadas.

Para o professor de Marketing do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) Silvio Laban, não há esperança pela queda dos preços cobrados em grandes e conhecidos pontos comerciais. “Não parece haver sinal de que os preços caiam no curto prazo, mas isso vai depender de como a economia vai se comportar este ano e, isso, ainda é imprevisível.”

O presidente da Fran Systems, consultoria em desenvolvimento de negócios e de franquias, Batista Gigliotti, relaciona alguns fatores que influenciaram no aumento astronômico dos preços de imóveis , em especial os comerciais. “Com a economia aquecida, o crescimento da população e o aumento do poder de compra de classes sociais antes abastadas, a procura por comércio aumentou. Porém a quantidade de shoppings não atende a demanda e a velocidade com que são construídos novos não é na mesma velocidade do mercado.”

Além da valorização dos shoppings, os conhecidos polos de compras em ruas também sofreram vertiginosos aumentos na procura. “Com a diminuição dos índices de criminalidade, as pessoas se sentem mais à vontade para fazer comprar nas ruas”, afirma Gigliotti.

Segundo Gigliotti, no entanto, apesar das adversidades, sempre há oportunidades em qualquer lugar do mercado. “É preciso apenas ver se o que você pode pagar, em função da lucratividade, é o que o mercado está pedindo no imóvel que você deseja”. O bom ponto, portanto, é aquele em que as contas fecham, independente de ser em um local alternativo.


Veja, abaixo, boas opções de para encontrar um ponto comercial fora da estratégia habitual:

1.Áreas compartilhadas

Destacadas por Gigliotti como uma nova tendência, buscar pontos em pequenos polos, que tenham até 10 lojas, pode ser uma boa alternativa para quem deseja fugir das opções mais caras. “Tem centros de vizinhança crescendo muito. São complementares, geradores de tráfego conjunto”, afirma o consultor. Um dos grandes exemplos desse tipo de inciiativa compartilhada é o Conjunto Nacional, na Avenida Paulista.

2.Pontos revitalizados

Ruas de comércio antigo, que perderam a importância, mas têm recebido investimentos governamentais para retomar o fôlego, também são boas opções. O consultor Batista Gigliotti cita algumas regiões de São Paulo, antes abandonadas, mas que hoje tem apresentado um crescimento. “É o caso de locais do Centro, com a revitalização promovida pelo governo, bem como Diadema, antes considerada uma cidade com nível social baixo, mas cuja realidade está mudando”.

3.Regiões inexploradas

O consultor da Fran Systems destaca que todas as cidades com mais de 800 mil habitantes passam por transformações constantes no que diz respeito à valorização de pontos. A lógica vale na hora de investir em uma região até então nunca explorada, mas que pode vir a ser um polo, como Itaquera, com o estádio que deve receber jogos da Copa do Mundo.

“Terminais de ônibus e metrô são uma ótima opção, já que você não precisa gerar o fluxo, mas aproveita o que o local já disponibiliza”, diz. Um bom gerador de tráfego de pessoas do qual o empreendedor pode se aproveitar são as farmácias 24 h ou locais próximos a agências bancárias.


Segundo o professor de marketing do Insper, a decisão entre fazer um local virar um ponto comercial ou investir em algum sobre o qual já se tenha mais informações e menos risco depende da disponibilidade financeira e do tipo de negócio que se pretende abrir.

4.Internet

Usar o ponto comercial só como uma vitrine e utilizar a internet para vender é uma das opções que barateiam os custos com ponto comercial. “Para apostar nesse modelo, o ponto não precisa ser grande e reduz gastos”, diz o professor do Isper.
O consultor também acredita na ideia de que mais é menos. Segundo ele, é necessário introduzir tecnologias para melhorar o uso dos espaços. “Coisas estão cada vez mais compactas e todos terão que repensar seus negócios”.

5.Identifique negócios compatíveis com polos

Como destaca Laban, uma rua cujo comércio de materiais de construção predomina aceita alguns outros negócios. “O empreendedor poderia aproveitar o fluxo de pessoas naquela região e ver outras oportunidades”. Além de apostar em ruas com força em um tipo de mercado, o professor sugere aproveitar ou tentar atrair o movimento também para as transversais e paralelas.

6.Pontos mortos

Não são apenas as lojas prontas, em pontos já conhecidos ou dedicados a um negócio, que podem servir de ponto para o seu comércio. “Não é um ponto. Está em uma localização com certo fluxo e a pessoa foi lá e fez uma loja”, ressalta Silvio Laban. Entre os espaços que podem ser aproveitados, o especialista cita estacionamentos desativados ou em uso como o de supermercados e até terrenos baldios. “Um empreendedor pode limpar um terreno, montar uma estrutura e montar ali um ponto”. Outra possibilidade é a instalação dos pontos en conteiners, como a loja da Starbucks (foto). Vale lembrar que a regularização do ponto na prefeitura é essencial.

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São Paulo - Quando se pensa em ponto comercial é mais fácil lembrar de dificuldades do que de soluções. A combinação da escassa disponibilidade com os altos valores praticados nos últimos tempos tem obrigado, especialmente pequenos empreendedores com menos capital inicial, a apostar em alternativas até então impensadas.

Para o professor de Marketing do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) Silvio Laban, não há esperança pela queda dos preços cobrados em grandes e conhecidos pontos comerciais. “Não parece haver sinal de que os preços caiam no curto prazo, mas isso vai depender de como a economia vai se comportar este ano e, isso, ainda é imprevisível.”

O presidente da Fran Systems, consultoria em desenvolvimento de negócios e de franquias, Batista Gigliotti, relaciona alguns fatores que influenciaram no aumento astronômico dos preços de imóveis , em especial os comerciais. “Com a economia aquecida, o crescimento da população e o aumento do poder de compra de classes sociais antes abastadas, a procura por comércio aumentou. Porém a quantidade de shoppings não atende a demanda e a velocidade com que são construídos novos não é na mesma velocidade do mercado.”

Além da valorização dos shoppings, os conhecidos polos de compras em ruas também sofreram vertiginosos aumentos na procura. “Com a diminuição dos índices de criminalidade, as pessoas se sentem mais à vontade para fazer comprar nas ruas”, afirma Gigliotti.

Segundo Gigliotti, no entanto, apesar das adversidades, sempre há oportunidades em qualquer lugar do mercado. “É preciso apenas ver se o que você pode pagar, em função da lucratividade, é o que o mercado está pedindo no imóvel que você deseja”. O bom ponto, portanto, é aquele em que as contas fecham, independente de ser em um local alternativo.


Veja, abaixo, boas opções de para encontrar um ponto comercial fora da estratégia habitual:

1.Áreas compartilhadas

Destacadas por Gigliotti como uma nova tendência, buscar pontos em pequenos polos, que tenham até 10 lojas, pode ser uma boa alternativa para quem deseja fugir das opções mais caras. “Tem centros de vizinhança crescendo muito. São complementares, geradores de tráfego conjunto”, afirma o consultor. Um dos grandes exemplos desse tipo de inciiativa compartilhada é o Conjunto Nacional, na Avenida Paulista.

2.Pontos revitalizados

Ruas de comércio antigo, que perderam a importância, mas têm recebido investimentos governamentais para retomar o fôlego, também são boas opções. O consultor Batista Gigliotti cita algumas regiões de São Paulo, antes abandonadas, mas que hoje tem apresentado um crescimento. “É o caso de locais do Centro, com a revitalização promovida pelo governo, bem como Diadema, antes considerada uma cidade com nível social baixo, mas cuja realidade está mudando”.

3.Regiões inexploradas

O consultor da Fran Systems destaca que todas as cidades com mais de 800 mil habitantes passam por transformações constantes no que diz respeito à valorização de pontos. A lógica vale na hora de investir em uma região até então nunca explorada, mas que pode vir a ser um polo, como Itaquera, com o estádio que deve receber jogos da Copa do Mundo.

“Terminais de ônibus e metrô são uma ótima opção, já que você não precisa gerar o fluxo, mas aproveita o que o local já disponibiliza”, diz. Um bom gerador de tráfego de pessoas do qual o empreendedor pode se aproveitar são as farmácias 24 h ou locais próximos a agências bancárias.


Segundo o professor de marketing do Insper, a decisão entre fazer um local virar um ponto comercial ou investir em algum sobre o qual já se tenha mais informações e menos risco depende da disponibilidade financeira e do tipo de negócio que se pretende abrir.

4.Internet

Usar o ponto comercial só como uma vitrine e utilizar a internet para vender é uma das opções que barateiam os custos com ponto comercial. “Para apostar nesse modelo, o ponto não precisa ser grande e reduz gastos”, diz o professor do Isper.
O consultor também acredita na ideia de que mais é menos. Segundo ele, é necessário introduzir tecnologias para melhorar o uso dos espaços. “Coisas estão cada vez mais compactas e todos terão que repensar seus negócios”.

5.Identifique negócios compatíveis com polos

Como destaca Laban, uma rua cujo comércio de materiais de construção predomina aceita alguns outros negócios. “O empreendedor poderia aproveitar o fluxo de pessoas naquela região e ver outras oportunidades”. Além de apostar em ruas com força em um tipo de mercado, o professor sugere aproveitar ou tentar atrair o movimento também para as transversais e paralelas.

6.Pontos mortos

Não são apenas as lojas prontas, em pontos já conhecidos ou dedicados a um negócio, que podem servir de ponto para o seu comércio. “Não é um ponto. Está em uma localização com certo fluxo e a pessoa foi lá e fez uma loja”, ressalta Silvio Laban. Entre os espaços que podem ser aproveitados, o especialista cita estacionamentos desativados ou em uso como o de supermercados e até terrenos baldios. “Um empreendedor pode limpar um terreno, montar uma estrutura e montar ali um ponto”. Outra possibilidade é a instalação dos pontos en conteiners, como a loja da Starbucks (foto). Vale lembrar que a regularização do ponto na prefeitura é essencial.

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