Maristone Gomes, CEO e cofundador da Salvus (Salvus/Divulgação)
Luísa Granato
Publicado em 25 de fevereiro de 2021 às 17h03.
Última atualização em 26 de fevereiro de 2021 às 12h29.
A saúde privada no Brasil convive com uma das inflações médicas mais elevadas do mundo — em média, quatro vezes acima da oficial.
Pensando em ajudar planos de saúde a ganhar eficiência e, de quebra, melhorar o serviço aos clientes, os pernambucanos Maristone Gomes, Caio Cesar e Rayanne Santana criaram em 2015 a Salvus, uma startup de Recife de sistemas para monitorar insumos hospitalares em leitos domiciliares.
“Sou da área de computação e comecei a ficar indignado ao consumir produtos da saúde e ver os problemas do setor“, diz Gomes. Numa plataforma, famílias e profissionais de saúde podem monitorar suprimentos, como o oxigênio, e acompanhar a evolução clínica do paciente.
Hoje, a Salvus gere 3.000 leitos domésticos em 18 estados. Para 2021, a meta é quintuplicar a receita. O CEO explica o processo como se um hospital fosse pulverizado e cada leito, com todo o equipamento e acesso a funcionários, fosse levado para as mais de 3 mil residências.
A startup de Recife criou produtos de IOT para monitorar suprimentos hospitalares, logística e o consumo de oxigênio para leitos na casa dos pacientes. Com uma plataforma integrada, as famílias e os profissionais de saúde conseguem acompanhar a evolução do paciente, com exames e histórico disponíveis no mesmo lugar.
No começo de 2021, a empresa tem mais de 10 mil profissionais de saúde na plataforma. O objetivo é chegar em todos os estados e crescer 400% nesse ano.
O sistema para monitoramento de consumo oxigênio foi aprovado e está pronto para a produção em larga escala. Em abril, serão 1.500 unidades que já estão com a demanda totalmente encaminhada. Depois da primeira leva, eles terão a capacidade de produzir cinco mil unidades por mês.