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5 passos para achar o investidor certo para o seu negócio

Encontrar o melhor investidor para sua empresa é desafiador. Para te ajudar, separamos algumas dicas do Guilherme Azevedo, empreendedor do Dr. Consulta.

Mulher pensando em dinheiro (SIphotography/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2016 às 06h01.

São Paulo - É bem possível que você tenha sócios ou pessoas muito especiais na sua empresa – principalmente se você que já começou seu negócio . Pessoas que entraram cedo na organização, e que, acreditando na sua ideia, ralaram e continuam ralando para colocar o sonho de pé.

Essa formatação inicial é crucial para tudo. Você deve saber, mas é sempre bom reforçar: uma escolha acertada aumenta muito as chances de êxito do negócio. Já o sócio errado…

Muito bem, sabendo disso, investidores são, antes de mais nada, sócios que não estarão direto no seu dia a dia, mas que gozarão de certos direitos e obrigações um pouco diferentes, como por exemplo:

1 - Direito formal de opinar e votar no curso do negócio – exercício do direito de voto em reuniões de conselho;
2 - Pode ter, sozinho, o direito de alterar o rumo estratégico da empresa – ex. vetos em certas decisões como investimentos relevantes, M&A, novas capitalizações, mudança do time de gestão;
3 - Em muitas situações, direito de retornar o capital em primeiro lugar em relação aos demais sócios – liquidation preference;
4 - Obrigação de aportar capital na forma combinada no acordo de investimentos.

O momento de escolher um investidor é a hora de colocar tudo isso na balança. Defina com clareza quais os critérios que são importantes para você, seus sócios, e para a saúde e sucesso do seu negócio. Seja muito racional e honesto com você mesmo. Abaixo, listo 5 dos critérios que costumo usar:

1 - Tamanho do cheque e quanto tempo deve durar

Dependendo do estágio em que sua empresa se encontra, o valor que você precisa levantar pode variar muito – de menos de R$ 1 milhão a mais de R$ 100 milhões. De acordo com o valor, há classes diferentes de investidores - seed, VC, growth, Private Equities – mas sobre esse tema há muito bom conteúdo disponível.

O que julgo crucial é que você tenha clareza de quanto dinheiro precisa levantar para que a sua empresa chegue onde você quer e, além disso, durante quanto tempo essa ação será necessária.

Uma captação tem que ser suficiente – com folga – para te levar até além da data estimada para seu próximo round. Tenha sempre um horizonte de mais de 1 ano de caixa. Idealmente mais de 1,5 ano, uma vez que um novo processo de captação pode facilmente durar mais de 6 meses – entre a decisão de começar a falar com investidores até o dinheiro estar disponível no caixa.

Seja muito cuidadoso aqui, não deixe seu enorme otimismo ofuscar o conservadorismo nesse tema e não queira viver a experiência de ficar sem fluxo de caixa no meio da jornada.

2 - Duração da jornada

Quanto tempo você definiu no seu plano de negócios para que sua empresa “decole” ou atinja a altitude de vôo que você julga a correta? 1 ano ? 3 anos ? 5 anos ? 10 anos ? Aqui é muito importante você estar alinhado com o tempo do seu investidor. Não seja permissivo e permita o desalinhamento dos tempos.

Se você perguntar a investidores em geral, muitos dirão que estão no negócio para o longo prazo.

O detalhe aqui é a referência do que é longo prazo.

Se o investidor for de fundo, seja diligente para entender o tempo de duração do fundo, a mecânica de remuneração dos gestores e o perfil dos investidores cotistas do fundo. Essas informações te dirão muito sobre o que, na prática, é o horizonte de tempo desse investidor. Busque também referências de empreendedores que já foram investidos por ele.

Tenho um certo interesse por investidores personificados por empreendedores – indivíduos ou grupos – mais experientes, que já realizaram muito: construíram grandes negócios, empregaram muitas pessoas, viveram ciclos e crises, caíram e levantaram-se.

Normalmente, apresentam-se na forma de suas pessoas físicas, fundos exclusivos (ex. seus family offices) ou fundos de investimento onde sua participação no capital, bem como sua filosofia de investimentos, é relevante ou predominante.

Na maioria das vezes, o compromisso de tempo deles é longo. Muitas vezes estão no jogo legitimamente pelo prazer de construir junto com você, e mirando o sucesso no longo prazo. Acho isso muito bacana.

3 - Simplicidade

No mundo de Venture Capital, uma regra que acho muito importante é: começou a complicar a conversa pelo lado do investidor, a burocracia começou a emergir e de repente surge uma névoa que impede de evoluir de forma rápida e objetiva na negociação, não perca mais seu tempo. De duas uma:

- O investidor não está convicto no investimento e está criando formas adicionais de proteção – e, nesse caso, não vale a pena nem pra você nem pra ele; ou
- Ele não sabe o que está fazendo e isso vai atrapalhar a sua vida e a da sua empresa no futuro.

Bote uma coisa na sua cabeça: Em VC, quem quer muito fazer um investimento faz e faz rápido. Goste de quem gosta de você.

4 - Complementariedade de competências

Nunca busque apenas o dinheiro, isso é um erro enorme. Falo isso sobre o primeiro seed, até uma Série C, D ou PE.

Entenda quais as competências estratégias que você não tem hoje na sociedade e busque-as num investidor.

Por exemplo, se você está num segmento onde a credibilidade de uma pessoa de “cabelo branco” com histórico de realizações é importante para atrair talentos e parceiros desse setor específico, não tenha dúvidas e vá atrás disso. Mas, ao mesmo tempo, tenha muita clareza do que você e não quer. E se você parar pra pensar, vai lembrar de muita coisa que não quer…

A melhor forma que achei para fazer isso é montar uma pequena matriz com linhas de competências ou características que você deseja e as que não deseja. Nas colunas você coloca os investidores. Preencha de forma muito honesta, e peça para o seu (ou seus) sócio atual fazer o mesmo.Com tudo isso em mãos é hora de confrontar as opiniões.

5 - Intuição

Por último, a mais importante. Em decisões complexas, onde a racionalização é parte do processo, mas não ele todo, confie na sua intuição. No final da história, você está trazendo abordo da sua empresa novos sócios que terão o papel de investidores.

Pare e pense: Se eu estivesse começando a empresa hoje, eu traria essa pessoa ou esse grupo de pessoas para serem meus sócios ? Eu terei prazer em conviver com essa turma pelos próximos anos ? Será divertido ? Será produtivo ? Vou me tornar uma pessoa melhor com eles ?

De novo, seja franco com você. É fácil criar muletas, tapa-olhos e névoa pra evitar ver e entender o que está lá escancarado e que deve ser visto ou percebido. Busque clareza absoluta em como você percebe o seu candidato a novo sócio – a decisão fica muito mais simples!
Por fim, uma pergunta que muitas vezes me fazem: Investidor brasileiro ou estrangeiro?

A minha resposta é simples: converse com os dois, pondere e faça sua escolha.

Aliás, não deixe de conversar com os estrangeiros. Pegue o avião e vá para os EUA ou talvez Europa, mas antes de tudo prepare-se. Faça muito bem feita a sua lição de casa:

- Identifique quem são os investidores mais importantes do seu segmento. Preferencialmente, procure quem investiu no seu benchmark;
- Treine, treine e treine. A forma de um pitch feito fora do Brasil tem diferenças importante, busque ajuda de quem teve essa experiência;
- Vá pra cima sem medo. Os investidores estão lá por sua causa: você é o protagonista.

Você pode até acabar não captando com o estrangeiro, mas vai aprender um monte e amadurecer. Eles são diretos e falarão o que é bom e o que não é no seu negócio. Melhore, mostre que você é fazedor e e volte lá no semestre seguinte. Persistência é uma das maiores qualidades que você pode mostrar.

*Guilherme Azevedo é cofundador da Dr. Consulta.

Texto originalmente publicado nosite da Endeavor.

São Paulo – Você acha que o Linkedin só é útil para quem está em busca de um novo emprego? Se sim, está muito enganado. Além de ajudar qualquer pessoa a manter sua rede de contatos ativa, a rede social tem um serviço de postagem de textos. Funciona como um blog atrelado ao perfil de cada um, especialmente focado em questões profissionais e negócios. Mas como isso pode ajudar empreendedores em busca de conteúdo de qualidade? Pois o Linkedin também tem o selo Influencers, que pode ajudá-lo a selecionar os melhores textos. O selo é oferecido pelo próprio Linkedin para pessoas de destaque em seu segmento. No Brasil, o selo chegou no ano passado, e desde então 36 pessoas entraram para o grupo. Dentre os nomes brasileiros estão Abilio Diniz , da BRF, e Chieko a Aoki, fundadora da rede Blue Tree Hotels. Eles escrevem sobre desafios do empreendedorismo, inovação e oportunidades para quem quer ter seu próprio negócio. Navegue pelos slides acima e veja quinze Influencers do Linkedin que vale a pena seguir.
  • 2. 1 - Abilio Diniz

    2 /17(Raul Junior/EXAME.com)

  • Veja também

    Abilio Diniz é um dos maiores empresários do país, presidente do conselho da BRF, e um dos donos do Carrefour. Com uma trajetória vencedora no empreendedorismo, o empresário tem muito a ensinar para quem está começando. Em seu perfil no Linkedin, ele escreve sobre questões fundamentais para qualquer um que esteja a frente de um negócio, como disciplina, determinação e sobre como lidar com períodos de crise econômica.
  • 3. 2 – Alexandre Hohagen

    3 /17(ANTONIO CARREIRO/Divulgacao)

  • Alexandre Hohagen é um investidor brasileiro. Foi vice-presidente do Facebook na América Latina e já passou por outras empresas de peso como Google, HBO e UOL. Agora, Hohagen se dedica a projetos pessoais, como uma holding de publicidade e tecnologia com foco na América Latina e nos Estados Unidos. Por enquanto, Hohagen tem apenas um texto em seu perfil no Linkedin, mas com um tema super pertinente para empreendedores: como sair da crise.
  • 4. 3 – Bel Pesce

    4 /17(EXAME.com)

    Jovem empreendedora de sucesso, Bel Pesce estudou no MIT e viveu no Vale do Silício, nos Estados Unidos, onde fundou algumas startups, dentre elas a Lemon Wallet. De volta ao Brasil, Bel criou a escola FazINOVA, com cursos sobre empreendedorismo. No Linkedin, a empreendedora fala sobre como tornar sonhos em realidade, um tema caro a qualquer empreendedor.
  • 5. 4 – Chieko Aoki

    5 /17(Divulgação)

    Uma das mais influentes empreendedoras do país, Chieko Aoki é fundadora da rede Blue Tree Hotels. Além disso, a senhora Aoki (como é chamada) tem uma forte atuação para o fortalecimento do empreendedorismo feminino, através do Grupo Mulheres do Brasil. No Linkedin, ela fala sobre mulheres empreendedoras e outros temas interessantes para quem tem seu próprio negócio.
  • 6. 5 – Érico Borgo

    6 /17(Divulgação)

    Érico Borgo é o fundador do site Omelete, considerado o maior portal de cultura pop do Brasil. Em seu perfil no Linkedin, o empreendedor fala sobre a indústria criativa e internet, temas importantes para quem quer empreender no setor.
  • 7. 6 – Gustavo Caetano

    7 /17(Divulgação)

    É o fundador da Samba Tech, considerada uma das empresas mais inovadoras do país e já foi chamado de Mark Zuckerberg brasileiro pela revista americana Business Insider. Em seu perfil no Linkedin, o empreendedor fala sobre seus aprendizados à frente da startup e dá dicas sobre diversos temas.
  • 8. 7 – Laércio Cosentino

    8 /17(Germano Lüders/EXAME)

    Laércio Cosentino é CEO da TOTVS, empresa na qual está há 32 anos. Em se perfil no Linkedin, o executivo fala sobre tecnologia e oportunidades para empreendedores.
  • 9. 8 – Leila Velez

    9 /17(Endeavor/Denis Ribeiro)

    Leila Velez é uma empreendedora brasileira, fundadora do Instituto Beleza Natural. Leila tem uma história que inspira qualquer um: ela começou a trabalhar como atendente do Mc Donald's e, junto com sua sócia, iniciou o Beleza Natural a partir de uma necessidade própria: ambas buscavam produtos para cabelos cacheados. Hoje, o negócio delas tem filiais em várias partes do país. No Linkedin, Leila fala sobre a importância da mentoria para empreendedores.
  • 10. 9 – Luiza Helena Trajano

    10 /17(Mário Miranda/Amcham)

    À frente da rede Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano é uma das mais influentes empresárias brasileiras. Assim como Chieko Aoki, ela faz parte do Grupo Mulheres do Brasil. Em seu perfil no Linkedin, ela fala sobre networking e mulheres no universo dos negócios.
  • 11. 10 – Luiz Seabra

    11 /17(.)

    Luiz Seabra é um dos fundadores da empresa de cosméticos Natura. O empreendedor tem larga experiência na gestão de sua empresa e é conhecido por sua preocupação em garantir resultados não apenas financeiros para a Natura, mas também sociais e ambientais. No Linkedin, Seabra escreve principalmente sobre propósito e valores empresariais.
  • 12. 11 – Rodrigo Galindo

    12 /17(Germano Lüders/EXAME)

    Rodrigo Galindo é CEO da Kroton, um gigante do mercado de educação do país. No Linkedin, o executivo fala sobre os desafios de ser um jovem empreendedor e também sobre o setor de educação, no qual atua hoje.
  • 13. 12 – Ruy Shiozawa

    13 /17(Divulgação/Great Place to Work)

    Ruy Shiozawa é CEO do instituto Great Place to Work no Brasil, um entidade que avalia o ambiente organizacional das empresas, e publica o ranking de melhores lugares para se trabalhar. Em seu perfil no Linkedin, Shiozawa fala bastante sobre liderança, como melhorar sua empresa e como gerir pessoas.
  • 14. 13 – Vicente Falconi

    14 /17(Germano Lüders/EXAME)

    Vicente Falconi é um dos mais respeitados consultores de gestão empresarial do país. Em seu perfil no Linkedin, fala sobre liderança e como melhorar resultados.
  • 15. 14 – Romero Rodrigues

    15 /17(Fabio Sarraf / EXAME)

    Fundador do Buscapé, um dos maiores sites de busca e comparação de preços da América Latina, Romero Rodrigues usa seu perfil no Linkedin para falar sobre e-commerce, empreendedorismo em tempos de crise e tendências no mercado brasileiro.
  • 16. 15 – Walter Longo

    16 /17(Divulgação)

    Presidente do Grupo Abril, Walter Longo já passou por empresas como Grupo Newcomm e TVA. Em seu perfil no Linkedin, o executivo fala sobre inovação, gestão de empresas, comunicação, dentre outros temas.
  • 17. Quer mais inspiração? Então veja esses conselhos

    17 /17(Reprodução)

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