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3 indicadores financeiros que o empreendedor precisa saber

Especialista afirma que o pequeno empresário deve acompanhar indicadores que o oriente nos desafios que a empresa está enfrentando naquele momento

Gerente de planejamento financeiro (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2015 às 11h23.

Os indicadores financeiros que empresários têm de saber sobre seus negócios
Respondido por Ana Paula Paulino da Costa
, especialista em finanças

Há uma infinidade de indicadores financeiros que, ao invés de ajudar, podem deixar o empresário confuso. Ele deve acompanhar apenas os indicadores que o oriente nos desafios que a empresa está enfrentando naquele momento. Assim, para cada empresa, um conjunto específico deverá ser mais adequado que outro.

Há balizadores importantes para qualquer tipo de negócio. A empresa usa recursos de terceiros e próprios para investir na operação e, com ela, gerar lucro o suficiente para crescer e remunerar os sócios. As questões pertinentes a essa lógica dizem respeito à: capacidade de gerar lucro, capacidade de gerar caixa e tamanho e tipo de endividamento com terceiros. Veja os principais indicadores que todo empreendedor precisa saber:

1. Capacidade de gerar lucro

Dentre as várias formas de se medir a capacidade de gerar lucro, pode-se medir a rentabilidade operacional (lucro operacional/receita líquida) ou a margem de contribuição (Receita líquida – Custos e Despesas Variáveis/Receita Líquida).

Cada uma delas medirá um nível diferente. A margem de contribuição ajudará na análise do mix de produtos a ser vendido, mostrando o quanto se ganha ou o que se perde com cada um deles. A margem operacional indica se, no conjunto de tudo o que se vende, deduzidas as despesas, ainda há sobra.

2. Capacidade de gerar caixa

A capacidade de gerar caixa ou liquidez pode ser medida por vários aspectos. A liquidez corrente (Ativo Circulante/Passivo Circulante) mostra se a empresa tem dinheiro para receber o suficiente para fazer frente aos compromissos no curto prazo. É bem genérico, pois considera todos os ativos (caixa, contas a receber e estoques) e todos os passivos (bancos, fornecedores, pessoal e impostos) sem distinção de prazos de cada item.

Se a empresa tiver um índice menor que 1, convém migrar para indicadores de prazos médios de recebimentos, de estocagem e de pagamentos a fornecedores. Isso ajudará muito nas decisões de como financiar os clientes e como administrar as compras e os estoques.

Outro indicador de liquidez é o tamanho da necessidade de investimento em giro comparado com suas reservas (caixas + aplicações - compromissos com bancos). As vendas a prazo estão comprometendo a gestão? Pode-se dar mais tempo de pagamento para o cliente obtendo prazo com fornecedores e com capital de giro. Assim, mede-se essa necessidade comparando todos os itens a receber no curto prazo com os itens a pagar (exceto bancos). Qualquer alteração nas políticas comerciais e de compras afeta essa proporção e ela deve ser acompanhada.

3. Tipo de endividamento

O tamanho e o tipo de endividamento dá uma ideia sobre o risco que a empresa está exposta. O endividamento com fornecedores, desde que não seja por atraso, mas por negociação, é um financiamento barato. O endividamento junto à instituições financeiras pelo qual se paga juros, deve ser acompanhado com mais cuidado.

Nesse caso, deve-se gerar lucro suficiente para devolver o dinheiro tomado emprestado mais o seu custo e os juros. Dentre as várias formas de medir, pode-se dividir o endividamento oneroso por todo o capital da empresa (passivo + patrimônio líquido) para acompanhar o tamanho e; comparar o lucro operacional ou fluxo de caixa operacional com os juros pagos, verificando se a empresa está conseguindo gerar lucro ou caixa para seu pagamento.

Ana Paula Paulino da Costa é especialista em finanças e docente da BSP - Business School São Paulo.

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Os indicadores financeiros que empresários têm de saber sobre seus negócios
Respondido por Ana Paula Paulino da Costa
, especialista em finanças

Há uma infinidade de indicadores financeiros que, ao invés de ajudar, podem deixar o empresário confuso. Ele deve acompanhar apenas os indicadores que o oriente nos desafios que a empresa está enfrentando naquele momento. Assim, para cada empresa, um conjunto específico deverá ser mais adequado que outro.

Há balizadores importantes para qualquer tipo de negócio. A empresa usa recursos de terceiros e próprios para investir na operação e, com ela, gerar lucro o suficiente para crescer e remunerar os sócios. As questões pertinentes a essa lógica dizem respeito à: capacidade de gerar lucro, capacidade de gerar caixa e tamanho e tipo de endividamento com terceiros. Veja os principais indicadores que todo empreendedor precisa saber:

1. Capacidade de gerar lucro

Dentre as várias formas de se medir a capacidade de gerar lucro, pode-se medir a rentabilidade operacional (lucro operacional/receita líquida) ou a margem de contribuição (Receita líquida – Custos e Despesas Variáveis/Receita Líquida).

Cada uma delas medirá um nível diferente. A margem de contribuição ajudará na análise do mix de produtos a ser vendido, mostrando o quanto se ganha ou o que se perde com cada um deles. A margem operacional indica se, no conjunto de tudo o que se vende, deduzidas as despesas, ainda há sobra.

2. Capacidade de gerar caixa

A capacidade de gerar caixa ou liquidez pode ser medida por vários aspectos. A liquidez corrente (Ativo Circulante/Passivo Circulante) mostra se a empresa tem dinheiro para receber o suficiente para fazer frente aos compromissos no curto prazo. É bem genérico, pois considera todos os ativos (caixa, contas a receber e estoques) e todos os passivos (bancos, fornecedores, pessoal e impostos) sem distinção de prazos de cada item.

Se a empresa tiver um índice menor que 1, convém migrar para indicadores de prazos médios de recebimentos, de estocagem e de pagamentos a fornecedores. Isso ajudará muito nas decisões de como financiar os clientes e como administrar as compras e os estoques.

Outro indicador de liquidez é o tamanho da necessidade de investimento em giro comparado com suas reservas (caixas + aplicações - compromissos com bancos). As vendas a prazo estão comprometendo a gestão? Pode-se dar mais tempo de pagamento para o cliente obtendo prazo com fornecedores e com capital de giro. Assim, mede-se essa necessidade comparando todos os itens a receber no curto prazo com os itens a pagar (exceto bancos). Qualquer alteração nas políticas comerciais e de compras afeta essa proporção e ela deve ser acompanhada.

3. Tipo de endividamento

O tamanho e o tipo de endividamento dá uma ideia sobre o risco que a empresa está exposta. O endividamento com fornecedores, desde que não seja por atraso, mas por negociação, é um financiamento barato. O endividamento junto à instituições financeiras pelo qual se paga juros, deve ser acompanhado com mais cuidado.

Nesse caso, deve-se gerar lucro suficiente para devolver o dinheiro tomado emprestado mais o seu custo e os juros. Dentre as várias formas de medir, pode-se dividir o endividamento oneroso por todo o capital da empresa (passivo + patrimônio líquido) para acompanhar o tamanho e; comparar o lucro operacional ou fluxo de caixa operacional com os juros pagos, verificando se a empresa está conseguindo gerar lucro ou caixa para seu pagamento.

Ana Paula Paulino da Costa é especialista em finanças e docente da BSP - Business School São Paulo.

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