Como criticar o trabalho de alguém e, ao mesmo tempo, manter essa pessoa motivada?
Escrito por Maria Cristina Ortiz de Camargo, especialista em comportamento
“Não sei por que ele ficou tão chateado, afinal eu fiz uma crítica construtiva!” Nossa intenção pode ser muito positiva ao darmos um feedback negativo a alguém, mas se ele for percebido como uma crítica, com certeza, não surtirá o efeito que gostaríamos.
Importante lembrar que considerar a crítica como construtiva é prerrogativa de quem a recebe. Não basta ter uma boa intenção se a maneira de interagir com os outros não é condizente com o objetivo almejado na comunicação.
Culturalmente, e por diversas razões, a maioria das pessoas tende a receber qualquer feedback negativo como uma crítica pessoal, dificultando assim um fluxo de informações produtivas durante um diálogo. Então, como fazer uma crítica a alguém, mesmo que necessária, com relação a um trabalho que está em desacordo com os padrões previamente definidos?
Algumas regras básicas podem nos ajudar a ser mais bem-sucedidos nessa árdua e delicada tarefa.
Primeira regra básica: critique o trabalho, nunca a pessoa. Mesmo sendo difícil separar esses dois aspectos, é necessário estar muito atento no uso adequado das palavras. Busque sempre o fato ocorrido, seja um erro em um relatório ou um comportamento indevido. As pessoas respondem à intenção da comunicação e não necessariamente ao que está sendo dito. Portanto, seja o mais claro e sincero possível. Evite criar dúvidas sobre o seu objetivo ao criticar uma ação.
Segunda regra de extrema importância: comece sempre uma conversa difícil com uma pergunta como “você percebeu que”, “você notou que”. Outra sugestão é iniciar dizendo: “percebo que você tem tido dificuldades no entendimento desse assunto. Minha percepção está correta? Como posso ajudar a mudar isso?” Dessa forma, igualamos nosso entendimento ao fato. Só assim, a comunicação começa a fluir, eliminando a barreira tão comum da autodefesa, que pode inibir a possibilidade da mudança que queremos promover.
O foco mais importante ao avaliarmos alguém é que ele amplie a consciência sobre os fatos que geraram a crítica, caso contrário, não haverá aprendizado. Quando fazemos as perguntas certas, as pessoas sentem-se mais confiantes e seguras durante a conversa, e, assim, podemos ajudá-las a não cometer os mesmos erros novamente.
Onde há aprendizado há motivação . E onde há respeito há mudança de atitude e vontade de crescer a fim de desempenhar-se melhor. As avaliações de desempenho conduzidas pelos líderes nas organizações devem ser feitas de forma constante, com muita seriedade e empatia, com o nobre intuito de ajudar no desenvolvimento das carreiras dos liderados.
Não podemos controlar o comportamento do outro, mas podemos dominar o nosso por meio de escolhas mais conscientes, propiciando feedbacks produtivos e motivadores. É muito fácil cair na armadilha do emocional e usar a crítica ao outro para despejar as nossas frustrações e nossos desconfortos com relação ao seu desempenho. Esquecemo-nos, porém, que o foco não está em nós, mas no outro e o manteremos motivado se formos percebidos como pessoas genuinamente interessadas em seu crescimento intelectual, emocional e espiritual. Só assim, a crítica poderá ser “construtiva”.
Maria Cristina Ortiz de Camargo é docente da BSP – Business School São Paulo.
São Paulo – Começar uma
empresa é sempre um desafio, e quem se aventura por esse caminho está inevitavelmente sujeito a cometer erros – especialmente se é um empreendedor de primeira viagem. Uma forma de errar menos, no entanto, é tentar aprender com os erros dos outros. A rede social Quora é um bom lugar para isso. Ela funciona como um Yahoo! Respostas melhorado e tem perguntas de todos os tipos, dentre elas esta aqui: Quais são os erros mais comuns cometidos por empreendedores de primeira viagem? A questão teve mais de cem respostas (
veja aqui, em inglês ), algumas delas feitas por CEOs e empreendedores de sucesso. Os melhores comentários foram selecionados pelo site
Business Insider com o objetivo de ajudar quem está começando. Navegue pelas fotos acima e veja quais são os principais erros cometidos por empreendedores inexperientes.
2. Acreditar nas próprias desculpas 2 /13(Thinkstock)
“Se você não for totalmente honesto consigo mesmo, não conseguirá tomar boas decisões para de fato melhorar sua empresa. Você vai se esconder por trás de desculpas para si mesmo, explicando por que você precisa continuar fazendo o resto das coisas que estão na sua lista. Você não pode acreditar em todas as histórias que conta para si mesmo. É preciso ter uma dose saudável de ceticismo (o que não é o mesmo que duvidar de si mesmo) para conseguir de fato progredir.” Lucas Carlson, ex-executivo da CenturyLink.
3. Entrar no mundo do empreendedorismo pelos motivos errados 3 /13(Thinkstock)
“Você pode se tornar um empreendedor porque sente que é o que deve fazer. Mas, se você é um daqueles que entrou nesse jogo pelas razões erradas (por exemplo: ‘Meu amigo conseguiu, então eu consigo também’), então mais cedo ou mais tarde você terá problemas.” Rajesh Setty, co-fundador de diversas startups nos Estados Unidos e na Índia.
4. Não ficar ligado no balanço financeiro 4 /13(Rawpixel Ltd/Thinkstock)
"Isso acontece mais do que você imagina. Você pode ficar sem dinheiro mesmo se tiver receita e lucro. Fique atento.” Murli Ravi, investidor e empreendedor.
5. Não proteger sua propriedade intelectual 5 /13(Yuri Yu. Samoilov/Flickr)
“É de extrema importância para um novo negócio proteger sua propriedade intelectual, incluindo patentes, marcas e direitos autorais. Se a concorrência patentear seu produto ou serviço, o que pode acontecer, seu negócio pode ser obrigado a pagar taxas ou ainda ficar proibido de vender, o que pode ser fatal para uma empresa em fase inicial.” Jeff Nelson, criador do Chromebook (sistema do Google) e empreendedor.
6. Controlar demais 6 /13(Thinkstock)
“Acho que o maior erro de empreendedores de primeira viagem que tiveram sucesso é que eles controlam tudo por muito tempo. Deixe acontecer. Deixe sua equipe fazer o trabalho dela, ajude-a, mas deixe acontecer e confie nela para fazer o trabalho.” Jason M. Lemkin, empreendedor, criador do EchoSign.
7. Não dar atenção suficiente às vendas 7 /13(Pixland/Thinkstock)
“Nós somos, em primeiro lugar, uma empresa de tecnologia focada em produtos. Se eu consigo um minuto extra no meu dia, eu sempre tendo a usá-lo trabalhando pelo produto. Como resultado, no início da empresa nós gastamos muito tempo pensando no produto em vez de sair do escritório e vender. Minha lentidão em vender teve impactos sérios, nós deveríamos ter feito muito mais dinheiro antes do que de fato conseguimos.” Anand Sanwal, co-fundador da CB Insights.
8. Não perceber a importância do fluxo de caixa 8 /13(AndreyPopov/Thinkstock)
“Você precisa ter uma previsão de fluxo de caixa para sobreviver. Fique atento ao seu dinheiro e segure-o, porque ‘o fluxo de caixa é mais importante que a sua mãe.’” Peter Baskerville, já foi dono de mais de 30 pequenos negócios.
9. Não ter engajamento do cliente 9 /13(Thinkstock)
“Seu cliente deve amar seu produto, caso contrário você realmente tem um problema. Se ele não ama, você precisa descobrir por quê. O único jeito de fazer isso é realmente ouvir suas necessidades e responder a elas. Certifique-se de que você está conectado aos seus clientes diariamente.” Brian de Haaff, CEO do Aha!.
10. Confiar em seus relatórios otimistas 10 /13(Thinkstock)
“Nada está sempre bem. As coisas estão sempre dando errado. Isso não é necessariamente uma coisa ruim. Frustrante sim, mas não ruim. Em geral, quer dizer que você está crescendo. (Nós dizemos: ‘Fique feliz, as coisas estão dando errado. Estamos crescendo!’).” Greg Tapper, empreendedor do Vale do Silício.
11. Desenvolver demais 11 /13(Sergey Nivens/Thinkstock)
“A primeira visão que as pessoas têm de seu próprio produto é sempre a de uma Masserati. E em geral elas não têm ideia de como chegar lá e do que precisa ser feito. Eu sempre encorajo quem está começando a desenvolver um produto minimamente viável. Em muitos casos, desenvolver demais pode ser desastroso. Primeiro porque demora demais. Segundo porque custa muito caro, e em geral empreendedores de primeira viagem não têm nem o dinheiro nem a equipe para desenvolver algo assim. Terceiro, elas em geral desenvolvem o produto errado. Algo que não atende de fato a nenhuma necessidade e que leva algumas tentativas para funcionar.” Pek Pongpaet, criador do site Pictacular.co.
12. Quer abrir um negócio? Veja essas ideias 12 /13(Thinkstock)