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Zona de livre comércio entre Mercosul e Pacto Andino sai em seis meses, diz Lula

O Brasil ampliará sua atuação comercial na América do Sul a partir do acordo firmado pelos países do Mercosul com os do Pacto Andino. O projeto de criar uma zona de livre comércio entre os dois blocos está previsto para começar a funcionar em seis meses. "Estamos com um plano de trabalhos acelerados", afirmou o […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h20.

O Brasil ampliará sua atuação comercial na América do Sul a partir do acordo firmado pelos países do Mercosul com os do Pacto Andino. O projeto de criar uma zona de livre comércio entre os dois blocos está previsto para começar a funcionar em seis meses. "Estamos com um plano de trabalhos acelerados", afirmou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de entrega do prêmio da "Melhor Empresa dos 30 anos de MELHORES E MAIORES" de EXAME, realizado em São Paulo. Lula entregou o prêmio para o empresário Antonio Ermírio de Moraes, presidente do conselho de administração do Grupo Votorantim. "A área de livre comércio estará implantada, no máximo, até 31 de dezembro."

No final de junho, o presidente havia dito, na abertura da 14ª reunião de cúpula da Comunidade Andina de Nações, que pretendia estabelecer uma zona de livre comércio entre os blocos. O Mercosul é formado por: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Enquanto o bloco andino reúne: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.

O presidente disse que os primeiros meses de ajuste na política econômica do país foram necessários para entrar no rumo e crescer de forma sustentada. "O significado desse trabalho criterioso torna possível criar um novo modelo rumo à retomada do crescimento." Segundo ele, não são só os indicadores de que a taxa básica de juros (Selic) entra em uma trajetória descendente, assim como a inflação convergindo para a meta, que construirão a "estrada para o desenvolvimento econômico sustentado". "Esse é um caminho que foi cuidadosamente construído", disse. "Nosso governo mudou a agenda do país."

O presidente garantiu que o governo não permitirá aumentos na carga tributária com a reforma sobre o tema que está em andamento. "Estamos assumindo as promessas de governo." Para o presidente, houve uma mudança na agenda de prioridades do país, e que as promessas serão cumpridas por meio do diálogo. "Esse é um governo que não abre mão dos compromissos assumidos durante a campanha e na carta aberta divulgada na posse", disse Lula.

Outro ponto importante abordado pelo presidente durante o discurso é que o governo está redefinindo os marcos regulatórios, "com o governo e com as agências". "Vamos criar novas regras para a energia elétrica, saneamento, transportes e outros setores", afirmou Lula. O presidente garantiu que o governo mudará as políticas de desenvolvimento e de política industrial. "Vamos construir o edifício do desenvolvimento."

Lula ressaltou que o governo está aberto a negociações soberanas e que está falando com as nações desenvolvidas. "Vamos superar as barreiras comerciais impostas ao Brasil, que na verdade são um veto ao país." O presidente afirmou que o país entrou em uma "espiral ascendente de crescimento.

Prêmio

O presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, afirmou que a premiação dada à Votorantim reflete a trajetória de uma empresa especialmente sólida, com focos de atuação extremamente bem definidos e com investimentos permanentes. "O Antonio Ermírio representa a identidade do Grupo Votorantim", afirmou Civita.

Para Lula, Ermírio de Moraes é um empresário preocupado com o desenvolvimento e com o crescimento do país. "Duvido que, no Brasil, qualquer brasileiro que possa ter qualquer discordância com o doutor Antonio Ermírio de Moraes não o reconheça como um brasileiro preocupado com o Brasil, preocupado com o desenvolvimento do Brasil e preocupado, sobretudo, em fazer com que o crescimento da economia signifique maior distribuição de riqueza no nosso país. Meus parabéns, doutor Antonio. O prêmio é mais do que merecido", afirmou o presidente.

Lula aproveitou para parabenizar o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, pelo trabalho que ele tem realizado à frente da pasta. "Encontrei o mascate que eu precisava para vender os produtos brasileiros no exterior", brincou Lula. O presidente comentou que, ao participar do encontro realizado por EXAME com mais de 40 empresários de grupos brasileiros, tinha a "impressão de estar em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social".

Antes do almoço com o presidente, os empresários participaram do Fórum EXAME Melhores e Maiores, cujo o tema é "Governança Corporativa A Preservação dos Valores da Empresa", em palestra dada por Alain Belda, presidente e CEO mundial da Alcoa.

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