Você compraria uma casa sem visitá-la?
Há muitas ferramentas, atualmente, para ajudar pessoas a comprar imóveis sem nem chegar perto deles
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2015 às 20h30.
Há muitas ferramentas, atualmente, para ajudar os investidores a comprar imóveis sem nem chegar perto deles.
Existem tours virtuais em edifícios de escritórios e algoritmos para compra de residências criados para proprietários de imóveis de Wall Street. Mais recentemente, construtoras de condomínios de luxo têm oferecido passeios virtuais para compradores estrangeiros.
Mas você não é um milionário estrangeiro ou um fundo bilionário de private equity? Mesmo assim, uma nova pesquisa da corretora Redfin, de Seattle, nos EUA, tem algo a dizer a você.
Um em cada cinco americanos que compraram uma residência nos últimos dois anos disseram ter apresentado oferta para um imóvel que nunca haviam visitado, com base em uma pesquisa com 2.100 compradores recentes, conduzida pela SurveyMonkey para a Redfin.
As pessoas que pagaram mais de US$ 750.000 por suas residências eram particularmente propensas a fazer uma oferta cega, sendo que 53 por cento delas apresentaram propostas sem visitá-las fisicamente.
O mesmo ocorreu com a chamada geração Y, grupo no qual 30 por cento das pessoas fizeram uma oferta desse tipo.
Não existe uma forma simples de comparar esses números com as normas históricas. As pessoas que se realocam por motivos de trabalho são os candidatos óbvios a essa manobra temerosa. Não surpreende que os compradores mais jovens se sintam mais confortáveis para utilizar ferramentas on-line que facilitam o processo de aquisição virtual de residências.
Não está claro por que razão os compradores mais ricos são mais propensos a apresentar ofertas por residências sem visitá-las antes, mas faz sentido que residências mais novas atraiam mais ofertas cegas do que uma casa que precisa de reforma.
O que também se sabe por meio da pesquisa é que alguns compradores estão se distanciando dos serviços imobiliários tradicionais e indo em direção -- veja só -- de empresas como a Redfin, que não se intimida em fazer publicidade de suas raízes de startup de tecnologia e de sua estrutura de comissões, que é geralmente mais barata que a praticada pelas corretoras tradicionais.
No ano passado, a empresa ofereceu passeios virtuais que dão uma “visão interativa de cada ângulo dentro de uma residência”.
Mas comprar uma casa sem visitá-la não precisa ser algo high-tech. Kevin Kwong, 31, que trabalha como engenheiro industrial na região de Seattle, estava em busca de uma casa de retiro para seus sogros em Orlando.
Ele usou o recurso do Street View no Google Maps para conhecer o bairro e pediu que seu agente imobiliário gravasse alguns vídeos com um iPhone das casas em que ele estava interessado. Kwong diz que resolveu fazer sua compra on-line porque era uma casa em uma comunidade planejada, que é mais fácil de pesquisar de longe do que uma casa antiga em um bairro residencial.
Além disso, ele já havia comprado uma casa da maneira antiga, depois de realmente estar nela fisicamente.
“Se eu já não conhecesse o processo de compra de residências”, diz ele, “eu provavelmente não teria feito isso”.
Há muitas ferramentas, atualmente, para ajudar os investidores a comprar imóveis sem nem chegar perto deles.
Existem tours virtuais em edifícios de escritórios e algoritmos para compra de residências criados para proprietários de imóveis de Wall Street. Mais recentemente, construtoras de condomínios de luxo têm oferecido passeios virtuais para compradores estrangeiros.
Mas você não é um milionário estrangeiro ou um fundo bilionário de private equity? Mesmo assim, uma nova pesquisa da corretora Redfin, de Seattle, nos EUA, tem algo a dizer a você.
Um em cada cinco americanos que compraram uma residência nos últimos dois anos disseram ter apresentado oferta para um imóvel que nunca haviam visitado, com base em uma pesquisa com 2.100 compradores recentes, conduzida pela SurveyMonkey para a Redfin.
As pessoas que pagaram mais de US$ 750.000 por suas residências eram particularmente propensas a fazer uma oferta cega, sendo que 53 por cento delas apresentaram propostas sem visitá-las fisicamente.
O mesmo ocorreu com a chamada geração Y, grupo no qual 30 por cento das pessoas fizeram uma oferta desse tipo.
Não existe uma forma simples de comparar esses números com as normas históricas. As pessoas que se realocam por motivos de trabalho são os candidatos óbvios a essa manobra temerosa. Não surpreende que os compradores mais jovens se sintam mais confortáveis para utilizar ferramentas on-line que facilitam o processo de aquisição virtual de residências.
Não está claro por que razão os compradores mais ricos são mais propensos a apresentar ofertas por residências sem visitá-las antes, mas faz sentido que residências mais novas atraiam mais ofertas cegas do que uma casa que precisa de reforma.
O que também se sabe por meio da pesquisa é que alguns compradores estão se distanciando dos serviços imobiliários tradicionais e indo em direção -- veja só -- de empresas como a Redfin, que não se intimida em fazer publicidade de suas raízes de startup de tecnologia e de sua estrutura de comissões, que é geralmente mais barata que a praticada pelas corretoras tradicionais.
No ano passado, a empresa ofereceu passeios virtuais que dão uma “visão interativa de cada ângulo dentro de uma residência”.
Mas comprar uma casa sem visitá-la não precisa ser algo high-tech. Kevin Kwong, 31, que trabalha como engenheiro industrial na região de Seattle, estava em busca de uma casa de retiro para seus sogros em Orlando.
Ele usou o recurso do Street View no Google Maps para conhecer o bairro e pediu que seu agente imobiliário gravasse alguns vídeos com um iPhone das casas em que ele estava interessado. Kwong diz que resolveu fazer sua compra on-line porque era uma casa em uma comunidade planejada, que é mais fácil de pesquisar de longe do que uma casa antiga em um bairro residencial.
Além disso, ele já havia comprado uma casa da maneira antiga, depois de realmente estar nela fisicamente.
“Se eu já não conhecesse o processo de compra de residências”, diz ele, “eu provavelmente não teria feito isso”.