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“Vamos investir 800 milhões de dólares para transição de veículos elétricos”, diz CEO global do Uber

No ano em que a Uber completa 10 anos no Brasil, o presidente Dara Khosrowshahi e seu time anunciam parceria com empresa de táxi, lançamento do serviço Uber Health, além de investimento bilionário em centro de tecnologia em São Paulo que deve chegar a 500 funcionários

Brasil é o segundo país que mais usa o serviço da Uber, ficando atrás apenas dos EUA (Uber /Divulgação)

Publicado em 23 de maio de 2024 às 18h26.

No ano em que a Uber completa 10 anos no Brasil, Dara Khosrowshahi, CEO global da Uber, vem ao país e junto com a sua equipe anuncia medidas que irão impactar o mercado nacional e global do aplicativo.

Uma das metas da companhia é ser uma plataforma tecnológica com 100% das viagens com zero emissões até 2040.

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“Considerando nosso compromisso com a sustentabilidade, vamos investir 800 milhões de dólares para transição de veículos elétricos até 2030 nos EUA, Canadá e Europa e até 2040 em todos os países em que atuamos”, afirma o CEO.

Em linha com essa meta, o executivo anunciou o lançamento do Uber Green no Brasil, opção que permitirá que o usuário solicite viagens por meio do app apenas com carros elétricos.

“Os desafios climáticos são como um esporte em equipe, nenhuma empresa ou instituição consegue colocar seus planos em prática sozinha. Precisamos nos unir com fabricantes de veículos, instituições financeiras e locadoras de carro, por exemplo, para enfrentar esse desafio, com a urgência que ele demanda”, diz o executivo que reforça a necessidade de apoio ao Rio Grande do Sul que enfrenta os impactos da pior enchente de sua história.

“Vamos liberar R$ 10 milhões para apoiar motoristas parceiros no Rio Grande do Sul em função da recente tragédia que vem impactando o estado, além de mais de R$ 1 milhão para apoiar a comunidade por meio da Central Única das Favelas (CUFA) e da doação de alimentos”.

Outro anúncio feito durante o evento é da expansão da oferta de viagens de táxis no aplicativo para todo o país, por meio de um contrato com a empresa Stuo. Agora, viagens com mais de 70 mil táxis cadastrados na Stuo poderão ser solicitadas pelo app da Uber em todo o Brasil.

“É verdade que não tivemos sempre a melhor relação com táxis, mas esses dias já ficaram para trás. Acreditamos que táxis e Uber funcionam melhor juntos”, disse Khosrowshahi.

O investimento que irá gerar mais empregos no Brasil

Pela representatividade nos negócios da companhia, o Brasil foi escolhido para receber o primeiro Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Uber na América Latina, que foi inaugurado em 2018. O Centro foi criado para desenvolver ferramentas de segurança da plataforma, e hoje além de segurança também desenvolve soluções como meios de pagamento, mobilidade e delivery.

“Vamos investir R$ 1 bilhão ao longo dos próximos cinco anos para a expansão do Tech Center instalado pela Uber em São Paulo, que deve chegar a 500 funcionários”, afirma Eduardo Donnelly, vice-presidente de Operações da Uber para a América Latina.

A aposta na saúde

Como uma das apostas para atender a área da saúde no Brasil, Cristina Alvarenga, head de Mercado e Varejo para a América Latina da Uber, anunciou durante o evento o lançamento da Uber Health no Brasil, como um produto disponibilizado com exclusividade via Uber para Empresas.

“Por meio do Uber Health empresas da área de saúde, como laboratórios e hospitais, terão a possibilidade de solicitar, por exemplo, viagens não-emergenciais para pacientes em tratamentos médicos, funcionários de laboratórios vão poder percorrer a cidade para fazer exames e até usar o serviço para aplicar vacinas domiciliares”, afirma a executiva.

Perguntada sobre faturamento e expectativas de crescimento para os próximos anos, a executiva não pode informar.

A Uber chegou no Brasil em 2014, ano da Copa do Mundo, e desde então o Brasil tem se destacado como um dos países que mais usam o aplicativo.

No primeiro mês em 2014 o aplicativo já contava com 500 motoristas e 25 mil usuários no Brasil. Hoje mais de 5 milhões de pessoas geram renda por meio do app no Brasil que já soma 11 bilhões de viagens - é o segundo país que mais usa o serviço, ficando atrás apenas dos EUA.

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