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Vale do Rio Doce vende participação na CST para a Arcelor

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) anunciou, nesta segunda-feira (28/6), a venda das ações que possui da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) para o grupo luxemburguês Arcelor. Pelo acordo, a CVRD venderá 869,045 milhões de ações ordinárias e 9,381 bilhões de preferenciais da CST à Arcelor. Os papéis representam, respectivamente, 4,42% do capital votante […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) anunciou, nesta segunda-feira (28/6), a venda das ações que possui da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) para o grupo luxemburguês Arcelor. Pelo acordo, a CVRD venderá 869,045 milhões de ações ordinárias e 9,381 bilhões de preferenciais da CST à Arcelor. Os papéis representam, respectivamente, 4,42% do capital votante e 29,96% do capital sem direito a voto da CST. Com o negócio, a Arcelor assumirá o comando da siderúrgica capixaba. A CVRD receberá 415,1 milhões de dólares pelos papéis.

Também está acertada a venda de um outro lote de ações da CST, em poder da mineradora, à Arcelor. Trata-se de 4,034 bilhões de ações ordinárias (20,51% do capital votante) que integram o atual acordo de acionistas da CST. Segundo comunicado da CVRD, esta segunda transação ocorrerá se uma de três condições acontecerem: o fim do acordo de acionistas, previsto para maio de 2005; a renúncia ( waiver ) dos demais participantes do acordo de acionistas aos papéis da CVRD; a aquisição, pela Arcelor, de ações em poder de outros acionistas da CST.

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A CVRD receberá 163,4 milhões de dólares por este lote adicional de ações, corrigidos pela Libor mais 1,5% ao ano, até a data da efetiva transferência dos papéis. Desta forma, o valor total do acordo com a Arcelor atingirá 578,5 milhões de dólares. A CVRD detém 28,02% do capital total da CST. A mineradora afirmou que o negócio está alinhado à estratégia de se concentrar nos mercados de mineração e metais.

Controle acionário

Para a Arcelor, o cumprimento das duas fases do acordo assegurará o controle de 61,8% do capital total da CST, representado por 64,7% das ações ordinárias e por 59,9% das preferenciais. Atualmente, o grupo detém 28% do capital total da siderúrgica do Espírito Santo, composto por 24,9% de ações ordinárias e 30% das preferenciais.

Conforme comunicado da Arcelor, "o interesse no Brasil representa uma parte central da estratégia para permanecer mundialmente competitiva, empregando capital onde seja possível produzir materiais de alta qualidade com eficiência de custos, atender seus clientes globais e criar valor aos acionistas".

Criado a partir da fusão de três companhias a espanhola Aceralia, a belga Arbed e a francesa Usinor - em 2001, o grupo produziu 43 milhões de toneladas de aço no ano passado. Segundo a Arcelor, o controle da CST assegurará maior diversificação geográfica de suas fontes de receita. No ano passado, a União Européia respondeu por 76% do faturamento do grupo, que atingiu 25,9 bilhões de euros. A América do Sul representou apenas 5% deste total.

A Arcelor não informou quanto cresceria a participação sulamericana no grupo, a partir do controle da CST. Mas estimou que o negócio poderia elevar o faturamento mundial para 27,7 bilhões de euros, e o lucro bruto passaria para 2,8 bilhões de euros, contra 2,2 bilhões em 2003. A CST é a maior exportadora brasileira de aço e uma das líderes mundiais, detendo cerca de 20% do mercado global de aço carbono. No Brasil, a Arcelor também possui participações nas siderúrgicas Belgo-Mineira e Acesita.

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