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UE investigará fusão de US$54 bi de dona da marca Ray-Ban

A Comissão Europeia abriu uma investigação completa nesta terça-feira, afirmando que a fusão pode reduzir a competição

Luxottica: as companhias se recusaram a oferecer concessões para verem o negócio aprovado (Alessandro Bianchi/Reuters)
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Reuters

Publicado em 26 de setembro de 2017 às 17h48.

Última atualização em 26 de setembro de 2017 às 18h18.

Bruxelas - Autoridades de defesa da concorrência da União Europeia vão investigar se a proposta de fusão de 54 bilhões de dólares entre a fabricante italiana de óculos Luxottica e a fabricante francesa de lentes Essilor vai elevar preços e forçar rivais a saírem do mercado.

A Comissão Europeia abriu uma investigação completa nesta terça-feira, afirmando que a fusão envolvendo as duas companhias, ambas líderes em seus segmentos de atuação, poderá reduzir a competição.

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A opção da autoridade europeia ocorreu depois que as companhias se recusaram a oferecer concessões para verem o negócio aprovado.

A comissária europeia de defesa da competição, Margrethe Vestager, disse que o acordo poderá afetar um grande público.

"Metade dos europeus usam óculos e quase todos nós precisaremos de correção de visão um dia. Portanto, precisamos avaliar com cuidado se a fusão proposta levará a preços maiores ou opções reduzidas de escolha para oftalmologistas e consumidores", afirmou a comissária.

No Brasil, a Luxottica comprou a rede de lojas Óticas Carol em janeiro deste ano por 110 milhões de euros.

As preocupações da Comissão incluem a possibilidade de que a companhia combinada poderá persuadir oftalmologistas a comprarem óculos e lentes como um pacote, excluindo fornecedores rivais de lentes corretivas.

A Comissão decidirá em 12 fevereiro se vai liberar a fusão. As marcas da Luxottica incluem Ray-Ban e Persol, além de terem a licença de marcas como Chanel e Armani. A Essilor compete com Hoya, Carl Zeiss e Bausch & Lomb.

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