Twitter no fim da linha
Nesta quinta-feira os times de futebol americano Arizona Cardinals e San Francisco 49ers entram em campo em mais uma partida da NFL, a liga americana de futebol. No estádio, a ausência do principal jogador do Cardinals, o quaterback Carson Palmer, pode levar a uma vitória do 49ers. Fora de campo, o jogo pode ser decisivo […]
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2016 às 20h17.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h16.
Nesta quinta-feira os times de futebol americano Arizona Cardinals e San Francisco 49ers entram em campo em mais uma partida da NFL, a liga americana de futebol. No estádio, a ausência do principal jogador do Cardinals, o quaterback Carson Palmer, pode levar a uma vitória do 49ers. Fora de campo, o jogo pode ser decisivo para uma companhia em particular: a rede social Twitter.
O Twitter transmitirá ao vivo, pela terceira vez, uma partida da NFL. A transmissão de jogos, debates políticos e programas é a grande aposta do presidente da companhia Jack Dorsey para fazer a rede social acelerar seu crescimento em usuários e receita.
As duas partidas transmitidas até aqui tiveram um número de expectadores que foi descrito por analistas e pela mídia como modesto – 2,3 milhões na primeira e 2,4 milhões de expectadores na segunda partida. Na TV, a audiência média de uma partida da NFL é de 17,5 milhões de pessoas. “Nós não estamos competindo com a TV, nós queremos atrair um público novo, que não acompanha os jogos pela forma tradicional. Estamos satisfeitos com este número”, disse um porta-voz da companhia durante visita de EXAME Hoje a sede da empresa em San Francisco no fim de setembro, após a exibição da primeira partida.
Investidores parecem não acreditar muito na estratégia. Até meados de setembro as ações da companhia acumulavam perdas de 20% no ano. Tudo mudou há duas semanas – com a notícia de que a companhia considera uma venda. Em menos de um mês as ações saltaram dos 18,6 para os 24,8 dólares, uma alta de 33%. A partida desta quinta-feira pode ter um peso grande para o futuro da companhia. No próximo sábado 9 o conselho de administração do Twitter se reúne para discutir a possível venda. Na lista de interessados estão a companhia de entretenimento Walt Disney, a empresa de tecnologia Microsoft e até a Alphabet, controladora do Google.
Segundo a agência de notícias Bloomberg, o presidente da companhia, Jack Dorsey, não está disposto a vendê-la e quer continuar focado na transmissão de programas pela rede social. Se os números desta quinta-feira continuarem modestos, Dorsey pode não ter mais muito tempo para realizar sua jogada.